Avançada tecnologia para a piscicultura está presente na Rondônia Rural Show
A 6ª edição da Rondônia Rural Show aberta na quarta-feira (24) mostra as mais novas tecnologias para o agronegócio, em especial para a piscicultura.
“Pela primeira vez, ladeando os caminhos do leite, da carne e do café, encontramos o caminho do peixe”, comemorou Evandro Padovani, secretário da Agricultura.
São três salas interligadas que mostram as estações com as melhores práticas sobre criação de peixe em cativeiro, seja em tanques escavados ou lona, que levam o visitante a uma viagem pelos meandros e segredos da piscicultura.
Na primeira estação, o maior criador de alevinos de pirarucu do mundo, Megumi Yokoyama, conhecido como “Seu Pedrinho”, proprietário da Piscicultura Boa Esperança, em Pimenta Bueno, conta sobre seu amor e dedicação à criação deste peixe exótico e em extinção, desde a desova das fêmeas (todas batizadas com nomes próprios) até atingirem a idade e tamanho para ser comercializados aos bilhões de unidades.
O amor que Seu Pedrinho tem por cada um dos ‘pequeninos’ é tanto que confidencia suas ‘conversas’ com os peixinhos enquanto os trata. Uma das frases mais emblemáticas é esta: “Já que te tirei da sua mãe, agora tenho a responsabilidade de cuidar de você”.
Na segunda estação do Caminho do Peixe, os técnicos da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO), Vinícius Pedroti, Maria Mirtes, Hélio Cazara e Gilmar Delecrode apresentam as Boas Práticas de Manejo na Piscicultura. Também detalham suas experiências, os piscicultores Antônio de Urupá e Paco Hidalgo, de Ariquemes, que viram a oportunidade de aproveitamento de suas áreas ociosas a fim de agregar maior rentabilidade aos seus empreendimentos.
Ao final, na terceira estação, que trata das Políticas Públicas Voltadas à Aquicultura, o extensionista da Emater-RO, Vinícius Pedroti, aborda os cuidados com a sanidade animal; e o médico veterinário Carlindo Filho, o Maranhão, da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), explica a função do Grupo de Trabalho da Piscicultura, traça um diagnóstico das agroindústrias e a inserção do peixe na merenda escolar da rede pública de ensino.
Os produtores rurais Édson Sápiras e Theodomiro de Farias são outros que relatam suas experiências e as conquistas alcançadas com o uso de novas tecnologias na piscicultura de alto rendimento.
O Estado de Rondônia está inserido no centro da América do Sul, na região amazônica, e desfruta de um dos climas mais propícios para a criação de peixes. A temperatura da água é perfeita para a criação em larga escala, porque tem poucas variações durante o ano, principalmente por existir apenas duas estações na região, a das chuvas e a da seca, e como o solo é generoso, pouca correção precisa ser feita para se ter um criadouro de primeira qualidade.
Após os pouco mais de 20 minutos de imersão no mundo da piscicultura, o interessado em criar peixes comercialmente ou mesmo o piscicultor profissional, “saíra com uma bagagem invejável de conhecimentos e práticas exitosas que fazem de Rondônia o maior produtor de peixe nativo de água doce em cativeiro do Brasil”, estimula Padovani.
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