Impactos que a mudança no regime hídrico ocasionou na produção agrícola do Grupo Rovema
A mudança no regime hídrico durante a Safra 23/24, influenciada pelas mudanças climáticas do último ano, teve impactos significativos na produção agrícola em todo o mundo. As consequências dos impactos variam conforme a região, o tipo de cultura, e as práticas de manejo adotadas. Porém, para a Rovema Agronegócios não foi diferente. De um lado, a ausência de uniformidade de chuvas para o plantio. E de outro, chuvas sequenciais durante o período de colheita.
As chuvas que estavam previstas para iniciar após a segunda quinzena de setembro, atrasaram substancialmente. Logo, o plantio da soja nas fazendas do grupo aconteceu mais tarde e de modo gradual. Se não há umidade no solo para deposição da semente, não se deve realizar o plantio. A falta de água para essa fase compromete os processos vitais que são necessários para a germinação das sementes, resultando em menor densidade de plantas por hectare. Com sorte, as plantas que germinaram, são extremamente sensíveis ao estresse hídrico, e a emergência em relação ao solo pode ser comprometida, resultando em plantas menores e menos vigorosas. Nas fazendas do grupo, foi necessário replantar cerca de 70 hectares, tendo em vista essas dificuldades.
Por outro lado, o excesso de chuvas durante a colheita gerou atraso. O solo enxarcado se torna lamacento, dificultando a movimentação dos equipamentos e aumentando o risco de atolamento das colheitadeiras. Além disso, as chuvas sequenciais fazem com que os grãos fiquem mais tempo no campo, aumentando a exposição a fatores adversos, principalmente a doenças causadas por fungos, uma vez que o ambiente se torna extremamente favorável a esses microrganismos. Em relação ao volume total colhido, cerca de 8.200 sacas foram perdidas por descontos de classificação quanto aos grãos avariados, que compreende a soma de grãos danificados por excesso de chuvas na lavoura.
Contudo, mesmo com todas as adversidades, a Safra 23/24 da Rovema Agronegócios foi um sucesso. Foram atingidos recordes de produtividade e de quantidade de área plantada em relação a Safra 18/19, onde tudo começou. É notório que as alterações no regime hídrico atrapalham e muito desde o plantio até a colheita da soja. Mas, graças a uma combinação de estratégias e resiliência, foi possível superar os alguns dos desafios impostos pelo clima. Dessa forma, a experiência da Safra 23/24 proporcionou valiosas lições. A necessidade de estar preparado para eventos climáticos, especialmente na Amazônia, tornou-se evidente. As estratégias adotadas no último ano servirão de base para melhorar ainda mais as operações agrícolas em safras futuras.
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