Inovações tecnológicas da bacia leiteira atraem nova geração de produtores rurais a 6 ª Rondônia Rural Show
Rondônia tem a maior produção de leite da região Norte e a 7ª maior do país, segundo o responsável técnico de produção animal da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), José Renato Alves. Cabe a ele a missão de conduzir os visitantes da 6ª Rondônia Rural Show no Caminho do Leite com visitação aberta ao público pela manhã e tarde.
A movimentação é grande e o público diverso, mas é perceptível o interesse de acadêmicos e da nova geração de produtores rurais pelas inovações tecnológicas apresentadas durante a feira que se estenderá até sábado (27). É o caso do acadêmico de agronegócio Jeferson Ramos Monteiro, 20 anos, que pertence uma família de pecuaristas do município de Ministro Andreazza.
‘‘É muito importante esse trabalho da Emater na feira porque abre a visão do produtor e traz novas oportunidades de melhorar a produção no campo. Essas novas tecnologias é que vão garantir as nossa continuidade no campo porque o campo envelheceu e precisamos levar novidades’’, avalia.
Qualidade
No caminho do leite, o público percorre quatro ambientes. No primeiro é apresentada a história e evolução da produção de leite. Na sala seguinte, o público conhece métodos de inseminação artificial. Na sequência são apresentados os benefícios da nutrição animal e por último o público pode degustar dos produtos produzidos pelas agroindústrias locais com o queijo mussarela do laticínio Joia.
A empresa foi criada há 12 anos no município de Ministro Andreazza. ‘‘É o primeiro laticínio que paga pela qualidade do leite’’, anuncia o coordenador de controle de qualidade da agroindústria, Fernando Dutra de Oliveira ao grupo de estudantes dos cursos de administração, contabilidade e agronegócio.
A política de pagar conforme a qualidade do leite começou a funcionar no segundo semestre de 2015. ‘‘É uma forma de incentivar os produtores de Rondônia a oferecerem um produto de qualidade’’, afirma o coordenador.
Ele ainda destacou que a agroindústria evolui com os incentivos do governo através de parcerias para levar ao produtor pesquisas e assistências para melhorar a cadeia produtiva do leite e hoje 90% da produção da agroindústria segue para o estado de São Paulo.
Evolução
De acordo com o responsável técnico de produção animal da Emater, José Renato Alves, Rondônia evolui não só na quantidade de leite produzido, mas também nas técnicas voltadas para a pecuária leiteira.
‘‘Quando se começou em 1999 o programa de desenvolvimento da pecuária leiteira no estado de Rondônia através do Proleite se dava a média 2,4 litro de leite por vaca ao dia, hoje nós estamos com 4,8. O que representa um crescimento de 200 vezes mais’’
E a forma de ordenha também acompanha a modernidade. ‘‘Aquela questão de tirar o leite em balde também é uma realizada cada vez mais distante, atualmente 70% do leite é canalizado e retirados através de ordenhas mecânicas’’, conta.
Os benefícios da evolução da pecuária leiteira também se aplicam a nutrição animal. ‘‘Antes a nutrição era só por braquiária, agora nós temos oito espécies de capim o que proporciona uma melhoria na alimentação dos animais’’, aponta. Melhoramento genético, transferência de embrião e manejo de pastagem também são incentivados pelos programas do governo de Rondônia.
‘‘As vacas que nascem seguindo todos esses incentivos do governo conseguem produzir até 60% mais do que a genética anterior’’, conta.
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