Rondônia terá mais uma etapa de imunização contra febre aftosa antes da retirar obrigatoriedade da vacina
O Estado de Rondônia vai retirar a vacina contra a febre aftosa nos 52 municípios do Estado a partir de 2019, segundo informou a Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril de Rondônia (Idaron). O Estado está há mais de 15 anos sem casos da doença. Em todo o país, Rondônia será o primeiro a suspender a vacina de seus mais de 14 milhões de gados.
A penúltima etapa da vacina aconteceu entre os meses de abril e novembro deste ano onde foram vacinados aproximadamente 6 milhões cabeças de gado. Já a próxima e última etapa da vacina prevista para acontecer do dia 15 de abril a 15 de maio de 2019 e tem como objetivo vacinar todo o rebanho de bois e búfalos. Todos ainda terão que ser obrigatoriamente vacinados.
O coordenador do programa de educação sanitária, Walter Oliveira Cartaxo, explica que após vacinar todo o rebanho do Estado, Rondônia suspende a vacinação. “Com isso, a gente finaliza uma etapa muito importante do programa de erradicação da doença que começou ainda em 1999 com a implantação da agência Idaron. Em 2003, tivemos o reconhecimento a nível nacional como área livre de febre aftosa vacinando rebanho, o que possibilitou para Rondônia a exportação de sua carne”, explicou o coordenador.
Após finalizar a última etapa da vacinação, o Estado receberá uma notificação do Ministério da Agricultura oficializando a suspensão da vacina em Rondônia. “A partir daí nenhum produtor poderá mais vacinar seu rebanho. A vacina será retirada gradativamente por regiões até o país ficar livre da vacina contra a febre aftosa”, disse Walter.
De acordo com o coordenador, a retirada da vacina contra a febre aftosa representa um ganho no agronegócio, valores arrecadados pelo estado e para o produtor rural em termos de exportação. “Uma questão muito clara que explica essa situação é que os grandes países que não têm febre aftosa não compram produtos de países que, mesmo sem ter a doença, continuam vacinando seu rebanho. Nós temos o produto, temos quem compre, mas existe essa barreira sanitária que é a vacina”, enfatizou destacando que Rondônia passa a ter o selo de livre de febre aftosa sem vacina e fiscalização será intensificada.
Sobre a confiança da carne de Rondônia, Walter Oliveira Cartaxo garante que o produto é 100% confiável. Todo o trabalho realizado é efetivamente comprovado através de metodologias científicas que são determinadas pelo Ministério da Agricultura e Organização Mundial de Saúde Animal. “Nós comparecemos nas propriedades rurais, periodicamente, coletando sangue dos animais para exames. Os sangues são enviados para os laboratórios do Ministério da Agricultura, onde efetivamente a gente comprova a vacinação do rebanho a campo e dentro desse aspecto a gente destaca que Rondônia sempre demonstra uma grande participação dos agricultores na vacinação”, garantiu.
Veja Também
Curso on-line para produção de castanheira-da-amazônia em miniestufa tem inscrições abertas