Rondônia vai discutir fim da vacinação contra febre aftosa em audiência pública
A possibilidade de a vacinação contra febre aftosa deixar de ser obrigatória para os agropecuaristas de Rondônia será tema de uma audiência pública no próximo dia 23 de março, em Ji-Paraná. Lideranças do seguimento privado da pecuária de corte do Brasil, Bolívia e Paraguai entendem que esta seria uma alternativa, frente tempo em que não se registra casos da doença nesses países.
Para os pecuaristas, seria uma desobrigação gradual a partir de novembro de 2018, iniciando pelo Rio de Janeiro, Espírito Santo até o Maranhão; no Pará Tocantins, Goiás, São Paulo e Minas Gerais em 2018; e em 2019/2020 nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.
No encontro em Ji-Paraná, no próximo dia 23, além de pecuaristas haverá a presença de Sebastião Costa Guedes, presidente do Grupo Interamericano para Erradicação da Febre Aftosa (Giefa), presidente da Academia Brasileira de Medicina Veterinária (Abramvet), vice-presidente de Relações Internacionais do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), além de membros da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril de Rondônia (Idaron).
O último encontro de lideranças do setor privado ocorreu no dia 24 de janeiro em Campo Grande (MS), ocasião em que ficou determinado que o fim da vacinação contra febre aftosa é questão de tempo. Também foi destacado que a situação da zoonose na América do Sul é tranquila, sendo que em todo o continente americano, apenas o Amazonas, Roraima, Amapá e a Venezuela não tem certificação de área livre de febre aftosa com vacinação. “A audiência pública de Ji-Paraná ficou acertada em uma reunião ocorrida na Assembleia Legislativa na última terça-feira. A decisão de parar gradativamente é da iniciativa privada porque hoje no Brasil a febre aftosa já não existe mais, e abriu-se um debate se devemos parar a vacinação”, posiciona-se Anselmo de Jesus, presidente da Idaron.
Conforme a agência, o órgão segue todas as diretrizes do Ministério da Agricultura. Para o presidente Anselmo de Jesus, a audiência pública é um ótimo espaço para o debate entre o setor público e o privado. "Mas tem que ser uma discussão madura, analisando os prós e contras da retirada da vacina".
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