Rondônia, 17 de novembro de 2024
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A maravilhosa Rondônia dos programas eleitorais - Por Ivonete Gomes

"A saúde de Rondônia viveu quatro anos de manutenção. As poucas obras no setor foram realizadas pelos consórcios das usinas do Madeira. Vão da reforma e ampliação do Hospital de Base e construção do Cosme e Damião até a compra de materiais permanentes da UTI Neonatal ."

Os milhões de reais em marketing investidos na campanha de reeleição do governador Confúcio Moura vêm sendo utilizados para criar uma realidade que não existe em Rondônia. Justiça seja feita, o pessoal contratado a peso de ouro é bom. Tão bom que criou uma neblina espessa capaz de cegar até pacientes vítimas de uma saúde pública caótica. A competência dos marqueteiros de Confúcio vem fazendo muita gente acreditar que vive num estado melhor, com obras em pleno andamento comandadas por um homem honesto, responsável e competente.



Na Rondônia da propaganda política a violência quase nem existe mais. “Tá tudo muito bom”. E muita gente, iludida pelo poder do marketing já se recusa a ver a cruel realidade quando tranca as portas, coloca cadeados nos portões e solta os cachorros no quintal. Na educação? “Tá tudo muito bom”. O governador diz que criou a escola de tempo integral, quando na verdade somente alterou o horário das aulas deixando orientadores, inspetores e professores em situação vexatória para controlar o dobro de alunos num turno, metade deles atrapalhando a andamento das aulas programadas para aquele horário.

Confúcio Moura diz ser um ficha limpa. É verdade, quando se leva em consideração apenas o julgamento de colegiado e o prazo de cumprimento da sanção. Sendo assim, o adversário dele está no mesmo barco. Ocorre que o governador não é nenhum santo.

A saúde de Rondônia viveu quatro anos de manutenção. As poucas obras no setor foram realizadas pelos consórcios das usinas do Madeira. Vão da reforma e ampliação do Hospital de Base e construção do Cosme e Damião até a compra de materiais permanentes da UTI Neonatal . A Rua da Beira, em Porto Velho, não chegou nem perto de ser concluída; as obras do Espaço Alternativo (também na Capital) estão paradas por suspeita de superfaturamento; as casas entregues são do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida e o tal asfalto bom não passa do primeiro inverno.

Na Rondônia da propaganda política a violência quase nem existe mais. “Tá tudo muito bom”. E muita gente, iludida pelo poder do marketing já se recusa a ver a cruel realidade quando tranca as portas, coloca cadeados nos portões e solta os cachorros no quintal. Na educação? “Tá tudo muito bom”. O governador diz que criou a escola de tempo integral, quando na verdade somente alterou o horário das aulas deixando orientadores, inspetores e professores em situação vexatória para controlar o dobro de alunos num turno, metade deles atrapalhando a andamento das aulas programadas para aquele horário.

Confúcio Moura diz ser um ficha limpa. É verdade, quando se leva em consideração apenas o julgamento de colegiado e o prazo de cumprimento da sanção. Sendo assim, o adversário dele está no mesmo barco. Ocorre que o governador não é nenhum santo.

CONDENAÇÃO DE 3 MESES DE PRISÃO

Confúcio Moura foi condenado a três meses de prisão quando era prefeito de Ariquemes por desobediência judicial. Conseguiu, por meios jurídicos, uma manobra para não ver o sol nascer quadrado. Mas, o que interessa aqui é o motivo dessa condenação. Consta no processo que Confúcio burlou a ordem de pagamento dos precatórios, ou seja, furou a fila para beneficiar apadrinhados. Isso é ser honesto?

CONFÚCIO MOURA RECEBIA PROPINA, DIZ DELAÇÃO PREMIADA

De acordo com José Batista (que na campanha passada Confúcio disse que não faria parte do seu governo), o Chefe do Executivo estadual ordenava o pagamento em parcelas menores para algumas empresas que devolviam parte do dinheiro como propina. Até um servidor se submeteu ao propinoduto para conseguir receber o que lhe era de direito. Isso é ser honesto?

A grande verdade é que, independente de qualquer candidato, a população deve apurar com muita atenção o que o marketing lhe impõe como o melhor produto. Se a informação não chega como deveria, basta olhar para os lados e se perguntar: aquela Rondônia da televisão é a mesma Rondônia em que vivo? Tá tudo muito bom?

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