A montra para bilhões de olhos
Um dos princípios mais básicos dos negócios corporativos, familiares ou individuais, e olha que isso já precede os fenícios com seus revolucionários barquinhos navegando o colorido Mar Mediterrâneo, é a dificuldade em atrair o cliente para seduzi-lo, conquistá-lo e depois, vitoriosamente, vender o seu produto, seja ele qual for. Nesse processo civilizatório, fomentador de trocas e lucros, há um procedimento anterior ao da compra em si, cuja complexidade tem se multiplicado ao longo dos séculos. Trata-se de como mostrar seus serviços, paisagens ou produtos a serem negociados, afinal, quem não vê, não questiona, não interage, jamais manterá relações comerciais profícuas, por mais lindos e charmosos que sejamos ou pensemos ser.
A população terráquea já passou dos 7,17 bilhões de seres humanos (alguns nem tão humanos assim). A Copa do Mundo é um evento capaz de concentrar a atenção da maioria dessas almas apaixonadas pelo futebol, cuja explicação não possui lógica no mundo racional. O que estará à mostra em junho/julho não se restringirá apenas aos gramados... será muito mais. Não obstante, nesse quesito futebolístico, os tupiniquins prometem entrar para a história. Cada estádio terá, pela primeira vez, 35 câmeras de TV para a transmissão, em HD, dos jogos. Será um show de tecnologia e de eficiência. Teremos 500 emissoras de rádio e televisão, de todos os cantos do planeta, com transmissão, ao vivo, das partidas da Copa do Mundo. Mais de 200 países ficarão grudados na TV vendo e interagindo com o nosso país. A partir do mês de maio, bilhões de olhinhos estarão a receber imagens e informações de uma nação chamada Brasil por causa desse evento promovido por nós. Verão um país com paisagens a serem visitadas, curiosidades a serem descobertas, detalhes a serem estudados e oportunidades de negócios a serem realizados.
A população terráquea já passou dos 7,17 bilhões de seres humanos (alguns nem tão humanos assim). A Copa do Mundo é um evento capaz de concentrar a atenção da maioria dessas almas apaixonadas pelo futebol, cuja explicação não possui lógica no mundo racional. O que estará à mostra em junho/julho não se restringirá apenas aos gramados... será muito mais. Não obstante, nesse quesito futebolístico, os tupiniquins prometem entrar para a história. Cada estádio terá, pela primeira vez, 35 câmeras de TV para a transmissão, em HD, dos jogos. Será um show de tecnologia e de eficiência. Teremos 500 emissoras de rádio e televisão, de todos os cantos do planeta, com transmissão, ao vivo, das partidas da Copa do Mundo. Mais de 200 países ficarão grudados na TV vendo e interagindo com o nosso país. A partir do mês de maio, bilhões de olhinhos estarão a receber imagens e informações de uma nação chamada Brasil por causa desse evento promovido por nós. Verão um país com paisagens a serem visitadas, curiosidades a serem descobertas, detalhes a serem estudados e oportunidades de negócios a serem realizados.
3. Obras e números
Conforme os dados consolidados pela “Value Partners Brasil Ltda”, os números detalham o que vai além daqueles 22 atletas correndo atrás de uma única bola. Ao todo, tivemos 102 projetos em infraestrutura planejados, realizados ou em realização nas 12 cidades sedes: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Os 33 bilhões de reais previstos para a realização da Copa do Mundo estão distribuídos da seguinte forma:
R$5,5 bi em obras de Estádios e Complexos desportivos;
R$11,6 bi em obras de mobilidade urbana;
R$5,5 bi em obras de portos e aeroportos;
R$3,8 bi em obras de telecomunicações e energia;
R$4,6 bi em segurança e saúde;
R$1,6 bi em hotelaria.
A movimentação dessa bufunfa na economia gerou 700 mil empregos diretos e indiretos entre 2010/14.
O turismo interno e externo (só em função da Copa e naquele período) fará circular 3,7 milhões de pessoas dentro do Brasil, sendo 600 mil estrangeiros. Esse povo, viajando pelo país, vai enfiar a mão no bolso, abrir a carteira e deixar a bagatela de R$9,4 bilhões em nossa economia real. Entre 2010 e 2019, os reflexos da Copa terão gerado um incremento de 183 bilhões ao PIB nacional.
4. A montra
Neste momento, estamos na fase de prepararmos e iluminarmos a vitrine que será vista por todo o planeta. Tal qual uma grande loja, estamos caprichando para deixá-la bonita, atraente, convincente. Afinal, como vamos querer ser vistos pelo mundo? Devemos ser observados como um país que vale a pena vir até cá, gastar dindim e retornar para lazer e negócios ou uma republiqueta de bananas, “exótica”, folclórica e incapaz de se organizar para ocupar espaços num mundo globalizado? Ninguém vai defender erros, desvios ou abusos. Todos os descaminhos devem ser apurados e punidos (tais quais os órgãos de controle já estão fazendo). Independentemente de partidos, o que se vê hoje (por uma minoria) é uma falta de visão estratégica sobre a amplitude desse evento para o país e seus desdobramentos. Falsas dicotomias são criadas de forma insana e de cunho político da pior qualidade. Não existe a escolha entre Copa e Educação! Não existe escolha entre Copa e Saúde! Não existe a escolha entre Copa e infraestrutura! Somos um país que trabalha com orçamento e planejamento, onde tudo pode melhorar, onde tudo pode ser feito e onde tudo, com vontade e apoio político, vai acontecer de forma positiva.
5. O legado
A Copa do Mundo vai passar e terá sido a melhor de todos os tempos. Teremos dado um recado universal sobre o povo brasileiro e suas muitas virtudes. As cidades ficarão com um importante legado de uso permanente. Obras de acesso, viadutos, metrôs e trens permanecerão e haverão de facilitar a vida das pessoas. Aeroportos e portos terão passado por mudanças profundas e radicais. Em breve, todos eles estarão prontos para recepcionar milhões de novos passageiros, que, na atual conjuntura, já podem viajar de avião graças ao aumento da renda familiar e da massa salarial do país. Um país em sólido crescimento e na contramão do mundo, onde o desemprego é o menor da história. Estruturas de segurança e de melhoria da saúde aqui continuarão, e a rede hoteleira ficará à disposição para receber os futuros curiosos, os quais virão para cá com o intuito de conhecer este país chamado Brasil e deixar dólares, euros, rublos, ienes, iuans, coroas... Não somos os fenícios, mas herdamos o talento da navegação portuguesa entre outras dádivas culturais diversas. Independentemente de qualquer coisa, corrente política ou siglas partidárias, daqui até o dia 13 de julho, somos todos brasileiros e brasileiras em sublime estado de graça com a vida.
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