Rondônia, 27 de abril de 2024
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A TENTATIVA DE ENCOBRIR O SOL COM A PENEIRA - Por Ivonete Gomes

Por um erro de diagramação, o artigo da jornalista Ivonete Gomes, veiculado no final de semana da versão semanal impressa foi publicado indevidamente. Pedimos desculpas. Segue o correto:

Com a impetuosidade que lhe é peculiar, a deputada federal Marinha Raupp (PMDB), dizem futriqueiros, vociferou nos corredores do Congresso em busca frenética pelos responsáveis em informar a imprensa sobre o resultado de reunião com a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, acerca da sonhada transposição de servidores.


A atitude da parlamentar dá abertura a algumas suposições: ou não quer tornar pública a informação para, sem pressão, tentar mudar a decisão do governo federal ou teme que a decepção dos rondonienses tenha reflexo imediato nas urnas.

Deixar de divulgar a notícia não vai mudar os fatos. De acordo com a ministra Hoffmann, o governo vai seguir o parecer da Advocacia Geral da União (AGU), deixando de fora da transposição os aposentados e servidores a partir de 1987.

A atitude da parlamentar dá abertura a algumas suposições: ou não quer tornar pública a informação para, sem pressão, tentar mudar a decisão do governo federal ou teme que a decepção dos rondonienses tenha reflexo imediato nas urnas.

Deixar de divulgar a notícia não vai mudar os fatos. De acordo com a ministra Hoffmann, o governo vai seguir o parecer da Advocacia Geral da União (AGU), deixando de fora da transposição os aposentados e servidores a partir de 1987.

Para desestimular ainda mais os trabalhadores, está decidido que quem transpor vai com o mesmo salário pago atualmente pelo estado. Por último, a bancada foi alertada: a Força Nacional estará em Rondônia para evitar qualquer manifestação que prejudique as obras em Jirau e Santo Antônio. Um presente de grego aos servidores que esperavam ser verdadeiro o discurso de Dilma Rouseff quando da vinda a Porto Velho, oportunidade em que assinou documento “fictício” e disse que em sessenta dias a transposição seria realidade.

Aos que acompanham a novela, o capítulo apresentado agora não chega a ser surpresa. Definida como qualquer informação que envolva mudança drástica na perspectiva de futuro em sentido negativo, a má notícia sempre é de difícil assimilação ao contrariado.

Há muito tempo, dois parlamentares vêm tentando esclarecer a população da negativa do governo do PT em transpor os servidores de Rondônia. O deputado federal Moreira Mendes (PSD) e o senador Ivo Cassol (PP) divulgaram em algumas ocasiões a falsidade de assertivas que enchiam de discurso os palanques políticos em época de eleições. Tachados de agourentos a cada intervenção no assunto, provam agora que, a despeito do ônus de serem os portadores da má notícia, estavam falando a verdade.

Como mentira tem vida útil, os demais membros da bancada federal correm contra o tempo para arrumar uma saída honrosa. Anunciaram que vão continuar pressionando, desta vez com a ameaça de abandonar qualquer apoio a projetos do governo Dilma, caso não haja transposição para os servidores que a esperam.

Ocorre que a atual bancada já mostrou que não tem vez, nem voz. É também inimaginável ver em oposição o presidente do maior partido do Brasil e aliado de primeira hora do governo, Valdir Raupp (PMDB).

O servidor deve estar questionando de quem seria a culpa por tamanho insucesso. Portanto, façamos justiça. Foi árduo e sério o trabalho de todos os representantes sindicais. A bancada federal bateu na porta de ministros e procuradores. Cumpriu o papel que lhe cabia. Errou, somente agora, a deputada Marinha Raupp ao tentar tapar o sol com a peneira. O único culpado é o governo federal.

O golpe de misericórdia para levar a nocaute os servidores de Rondônia começou a ser aplicado pelo idolatrado ex-presidente Lula ao vetar a transposição dos aposentados na regulamentação da Emenda Constitucional 60, através da Lei 2.249/10.

Nem tudo está acabado. Ainda resta a Justiça e mais alguns anos de espera, para o desespero de quem tem o direito líquido e certo de transpor.

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