Rondônia, 22 de novembro de 2024
Artigos

AGORA NÓIS PODE FALAR ERRADO - Por Ivonete Gomes

Nóis brasileiro temos que aprender a escrever e falar errado, porque quando nóis fala certo perto de quem fala errado nóis é preconceituoso. Quando nóis estuda e aprende português, nóis fere a burrice de quem tem preguiça e falta de interesse em aprender. Essa é nova visão criada no seio da cúpula de “educadores” do MEC (Ministério da Educação) que ditam as regras para o ensino brasileiro.



Foi preciso viver para ver a política inserida diretamente na educação, não para melhorar, mas para obter vantagens nos discursos de palanques que serão formados em 2014. Explico. O governo do PT precisa desconstruir as pesquisas da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) que coloca o Brasil na 88ª posição do ranking na análise educacional feita em 127 países. Estamos comendo poeira atrás do Uruguai, Argentina, Chile, Equador e até Bolívia. O documento da Unesco mostra que mais de 14 milhões de brasileiros são analfabetos, muitas crianças estão fora das salas de aula e orienta para um programa de aceleração de inclusão. O discurso do PT, no comando do País há quase uma década, é de que o Brasil nunca investiu tanto em educação. As pesquisas provam que não investiu o suficiente e agora é preciso correr contra o tempo em um setor que só apresenta resultados a longo prazo.

A edição foi distribuída pelo Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) a quase meio milhão de alunos de 4.236 escolas, depois que o Governo Federal entendeu o quanto é importante falar errado para evitar o que prontamente o PT chamou de preconceito lingüístico. O programa que se notabilizou como um dos melhores do mundo no governo Itamar Franco acaba de ir pras cucuias, graças à visão unilateral adotada dentro de um Ministério que jamais deveria primar pelo populismo de uma linha político partidária.

Foi preciso viver para ver a política inserida diretamente na educação, não para melhorar, mas para obter vantagens nos discursos de palanques que serão formados em 2014. Explico. O governo do PT precisa desconstruir as pesquisas da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) que coloca o Brasil na 88ª posição do ranking na análise educacional feita em 127 países. Estamos comendo poeira atrás do Uruguai, Argentina, Chile, Equador e até Bolívia. O documento da Unesco mostra que mais de 14 milhões de brasileiros são analfabetos, muitas crianças estão fora das salas de aula e orienta para um programa de aceleração de inclusão. O discurso do PT, no comando do País há quase uma década, é de que o Brasil nunca investiu tanto em educação. As pesquisas provam que não investiu o suficiente e agora é preciso correr contra o tempo em um setor que só apresenta resultados a longo prazo.

Seguimos, nós brasileiros, nessa política do tapar o sol com a peneira. Quando o governo, por incompetência, não consegue resolver um problema cria subterfúgios. Neste caso, já que os professores são mal remunerados, desmotivados, as escolas capengas, a didática obsoleta e, por isso os alunos não aprendem corretamente a matéria, basta transformar o errado em certo e dizer que não se trata do Português certo ou errado, mas do adequado e inadequado que visa coibir o preconceito lingüístico. Ou, sejamos burros, mas que nossa burrice esteja oficializada e politicamente correta.

Há conseqüências para esse (agora se pode dizer este) assassinato da Língua Portuguesa. Se por um lado pode evitar a evasão escolar – no rol de justificativas do MEC – por outro aumenta a estatística de analfabetos funcionais, que hoje ultrapassa a casa dos 17 milhões de brasileiros com idade superior a 15 anos, e, principalmente, diminui sobremaneira as oportunidades do pobre no ingresso em boas universidades, já que nos vestibulares e ENEN´s da vida “nós pega o peixe” não será considerado correto.

Disse Arnaldo Jabor, em uma de suas crônicas, que o PT quer oficializar a língua do ex-presidente Lula. E não seria tão absurdo chegar à conclusão de que o Partido dos Trabalhadores quer mesmo criar ninhos e seguidores. Para quem não sabe os atuais livros de história, aprovados e distribuídos pelo MEC, criticam veementemente Fernando Henrique Cardoso e colocam Lula como salvador do Brasil. É a dita lavagem cerebral, que se não coibida, vai levar esse País a uma oligarquia sem precedentes.

SIGA-NOS NO

Veja Também

O conflito entre homofobia e liberdade de pensamento - Por Ivonete Gomes

A CAPITAL DO CAOS E ARRECADAÇÃO CRESCENTES - Por Ivonete Gomes

A DISPARIDADE E A RELATIVIDADE DA TRANSPARÊNCIA DO PT E A LIBERDADE DE CONFÚCIO AOS POLICIAIS - Por Ivonete Gomes

O PARADOXO DA IMPRENSA E DAS MÍDIAS OFICIAIS - Por Ivonete Gomes

Liderança emergente descaracteriza luta da PM - Por Ivonete Gomes

NOSSOS CONTOS E A HISTÓRIA DA CAROCHINHA - Por Ivonete Gomes

A POLÍCIA, A MORAL, A ÉTICA E OS POLÍTICOS - Por Ivonete Gomes

ESTADO BABÁ E O PESADELO DAS MÃES NO HB - Por Ivonete Gomes

POLÍTICO TEM QUE TER PRENOME E SOBRENOME, NÃO APELIDO - Por Ivonete Gomes

Criança é Criança, Chico Caçula é Chico Caçula - Por Ivonete Gomes

Pelo PT, o povo não deve saber de denúncias de corrupção - Por Ivonete Gomes

Confúcio, Sobrinho e Valter: reis do rodeio com dinheiro público - Por Ivonete Gomes

Brasileiro encerra o debate quando as lágrimas secam - Por Ivonete Gomes

Separando o joio do trigo, o povo dos vereadores - Por Ivonete Gomes

Castração química como cura da doença chamada pedofilia - Por Ivonete Gomes

PORTO VELHO: A CAPITAL PORCARIA DA CORRUPÇÃO - Por Ivonete Gomes

Cada povo tem o governo que merece, disse um francês no século XIX - Por Ivonete Gomes