AMEAÇA DE BLOQUEIO DO ACESSO ÀS USINAS FEZ TRANSPOSIÇÃO ANDAR EM BRASÍLIA

O peso de uma pressão. Pode-se avaliar dessa forma os resultados obtidos nesta terça-feira pelas lideranças sindicais em Brasília, onde vieram, juntamente com centenas de servidores, viabilizar de uma vez por todas o processo da Transposição. Registre-se que foi grande o apoio de toda a bancada federal para que as reuniões com as autoridades acontecessem. A avaliação geral é que a mobilização está sendo um sucesso.

Fechar as usinas

Antes dos encontros, pela manhã, os jornalistas que acompanham a mobilização dos servidores, foram convidados a participar de reunião prévia, quando os assuntos a serem tratados com as autoridades federais seriam definidos. Nas conversações, a forma como os parlamentares entendiam que os sindicalistas deveriam agir: o senador Valdir Raupp afirmou que não adiantariam pressões e que o melhor negócio seria o diálogo. Houve a primeira intervenção do presidente do Sintero, Manoel Rodrigues, já afirmando que achava que sem pressão, nada seria resolvido. Todos saíram no entanto, considerando que os encontros seriam amenos...

Fechar as usinas

Já no primeiro encontro, a ministra Miriam Belchior tentava acalmar os ânimos. Disse que ela própria era uma das que sempre cobravam resultados de seus burocratas. Citou os deputados Marinha Raupp e Mauro Nazif como os que mais pediam agilidade. Miriam afirmou que fazia cobranças por dois motivos: porque a Lei estava aprovada para que a Transposição saísse e também porque não gostava de ver processos parados. As lideranças sindicais ouviram, ouviram, ouviram e o presidente do SIntero não se conteve: garantiu que se nada for resolvido até o próximo dia 28, os servidores rondonienses bloqueiam nas primeiras horas os acessos às usinas do Madeira. Miriam ficou assustada e Manoel Rodrigues pediu a ela que abrisse um cartaz que os manifestantes haviam levado: o fechamento da rodovia federal já está sendo idealizado há tempos. Miriam apressou-se em buscar soluções e deu prazos: dois dias a partir da data em que a AGU apresentar o parecer final. A coisa começou a andar. Lideranças sindicais e parlamentares perceberam o vacilo e cresceram...

Mais ou menos

Já na sede da AGU, órgão técnico, a imprensa teve apenas 30 segundos para registrar a reunião. Não queriam testemunhas. Mas os parlamentares vazaram o que de pouco ficou definido: pela Lei não há nada que assegurem os servidores até 1.991. Mas há uma chance: a comprovação de que era a União que bancava os servidores até esse período. O chefe da AGU balançou...

Invasão

Entre boatos pequenos e mentiras grandes que chegaram a Rondônia nesta terça-feira sobre as movimentações dos servidores em Brasília a maior foi sem dúvida a suposta invasão ao prédio da AGU. Na verdade os funcionários chegavam para saber dos detalhes do encontro com o ministro chefe. Chegaram questionando e saíram comemorando.

Sempre a imprensa

Por incrível que pareça, há setores da bancada federal querendo dominar os jornalistas que acompanham a movimentação em Brasília. Pensaram, ousaram em sugerir que a imprensa use o mesmo discurso para falar sobre o caso e obviamente, muito bem deles.

PT no sábado

Os petistas realizam convenção neste sábado em Porto Velho para homologar a ex-senadora Fátima Cleide e 21 candidatos a vereador. O PDT se reúne no próximo dia 29, fechando o nome em Dalton di Franco.

Pesquisas

Dalton aliás, é a novidade de uma pesquisa realizada pelo PMDB na Capital de Rondônia. Mauro Nazif, do PSB não irá gostar ao saber dos números.  A sondagem abordou também a performance do governador Confúcio Moura: mais de 65% de rejeição.

Folha de Rondônia

Com apoio de oficiais de Justiça, o empresário Pedro André de Souza reassumiu nesta terça-feira o comando do Jornal Folha de Rondônia, que estava nas mãos do empresário Ayres do Amaral. O veículo será remodelado editorialmente e não circula até a sexta-feira, quando retoma com novo propósito.