Blairo Maggi quer ampliar comércio agrícola com o Egito
Em reunião em Brasília, embaixador egípcio disse que missão virá ao Brasil para habilitação de novos frigoríficos de carne
A ampliação do comércio entre Brasil e Egito foi o tema do encontro entre o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o embaixador Alaaeldin Mohamed. O Brasil possui ampla vantagem comercial sobre o país africano em relação às exportações agropecuárias, que somaram US$ 2,3 bilhões em 2015.
A carne bovina in natura é o principal produto vendido aos egípcios, com US$ 624 milhões no ano passado. Este valor poderá aumentar ainda mais. Mohamed disse que uma missão egípcia deverá ser enviada ao Brasil para a habilitação de novos frigoríficos. A data ainda será marcada. Atualmente, 106 estabelecimentos vendem carne bovina ao Egito.
Além do comércio, o embaixador manifestou interesse na troca de tecnologia entre os dois países. Mohamed revelou que os egípcios enviaram uma missão no início do ano e ficaram muito impressionados com a tecnologia desenvolvida no país em relação aos biocombustíveis, especificamente o etanol. O Brasil, por sua vez, tem interesse na tecnologia do algodão egípcio.
Blairo Maggi destacou a importância da ampliação do comércio entre os dois países e disse que há ainda espaço a ser explorado. Ele determinou que fossem analisadas as demandas do Egito junto ao Brasil, inclusive com relação a Embrapa, que possui um acordo de transferência de tecnologia para o país africano.
O ministro Blairo Maggi aproveitou para formalizar um convite ao ministro da Agricultura do Egito, Essam Fayed, para uma visita ao Brasil. De acordo com o embaixador, essa visita poderá ocorrer ainda este ano. Em 2013, o Brasil enviou uma missão ao país africano para estreitar as relações comerciais.
O embaixador destacou ainda que existe um acordo entre o Egito e o Mercosul, que está aguardando apenas a homologação por parte de Argentina. Mohamed ressaltou que, além do mercado egípcio ser grande (o país tem mais de 90 milhões de habitantes), ao vender para lá, o Brasil consegue atingir ainda o norte da África e alguns países árabes.
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