Café clonal reacende esperança de produtores
O café clonal, definitivamente, caiu nas graças dos produtores da Zona da Mata. As mudas reproduzidas com estacas de plantas selecionadas aumentam a produtividade para até 110 sacas por hectare e garantem maior resistência a pragas e doenças. Em um ciclo que varia entre um ano e meio a dois anos, a safra do clonal apresenta uma produtividade até 70% maior que o café de lavouras formadas com sementes.
Reconhecida no estado como uma região de terras altamente produtivas, a Zona da Mata vem abocanhando uma fatia importante da produção do grão no estado de Rondônia. O município de Alta Floresta do Oeste é famoso pelas mudas de café clonal que produz. “Elas são mais resistentes e produzem mais”, dizem os produtores. Cafeicultores de vários estados da federação procuram viveiros instalados no município.
Para garantir melhor posição de Rondônia no ranking de produção nacional, o governo do estado entregou 300 mil mudas de café clonal para atender produtores cadastrados na Emater. Do total distribuído, 45 mil mudas foram para substituição de lavouras em Rolim de Moura e devem assegurar um aumento nas próximas safras.
Alto Alegre dos Parecis é outro município da Zona da Mata com grande vocação para cafeicultura. Conhecido em Rondônia pela produção de tomates, Alto Alegre se rendeu ao café clonal, principalmente ao BRS Ouro Preto, clone recomendado pela Embrapa, garante maior produtividade em menor área plantada e, ainda, reduz o emprego de mão de obra.
Iracy Ramos de Oliveira, 52 anos, é morador de Alto Alegre desde 1984. Depois de arriscar variadas formas de cultura, o produtor rural resolveu também investir no café. Ele contou à equipe da VISÃO que separou um pedaço da propriedade, localizada na linha P–34, para a nova lavoura. Atualmente, Iracy tem 10 mil pés do café clonal e cerca de quatro mil estão em plena produção. O produtor destacou que ao longo do cultivo foi se adaptando a cultura. Para ele, as facilidades oportunizadas pelo clonal contribuem para que mais pessoas escolham esta forma de cultivar.
O produtor revela que o aumento da produção do café clonal é muito atrativo. “Percebi um aumento significativo na quantidade de sacas por hectare, em relação à lavoura antiga”, disse.
A procura pelo café clonal é tão grande no município que vários produtores se especializaram na produção de mudas. Hoje, há comercialização em Alto Alegre e toda a região. A lavoura do mais novo cafeicultor, Iracy Ramos de Oliveira, foi formada com mudas produzidas do próprio município de Alto Alegre dos Parecis.
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