Rondônia, 25 de novembro de 2024
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Candidatos precisam apresentar conteúdo

“Voto não tem preço. Tem consequência!” - OAB.

“O que destrói o ser humano? Política sem princípios, prazer sem compromisso, sabedoria sem caráter, negócios sem moral, riqueza sem trabalho, ciência sem humanidade e oração sem caridade” Mahatma Gandhi.

“Somente candidatos que não têm méritos pessoais para exibir buscam apontar deméritos alheios, que, em geral, não passam de reflexos da própria imagem” – Ulysses Guimarães.
“Não é a política que faz o candidato virar ladrão. É o seu voto que faz o ladrão virar político” – Elaine Aguiar.

As mesmas plataformas pelas quais circulam na internet uma quantidade insuportável de desinformação e veneno, capazes de amplificar o desalento e conduzir à desesperança, podem orientar políticos e eleitores na direção correta, da busca de propostas sérias e exequíveis. Um dos caminhos ali apontados, infelizmente adotado por muitos candidatos, é a ilusão de que substituir o bem estar da comunidade pelo enriquecimento pessoal poderá lhe garantir felicidade. Não funciona! Os exemplos estão aí, à vista de todos. E os resultados, além da possibilidade de prisão, passam pela degradação moral, pela vergonha, pela infelicidade que conquistam para si e para toda a família, aí incluídos filhos e netos.

Outro caminho, porém, também pode ser encontrada na web. O candidato pode encontrar ali planos, projetos e propostas viáveis para incorporar conteúdo à sua plataforma eleitoral e conduzir - a ele e aos que nele depositaram sua confiança e votos – ao círculo virtuoso de uma vida melhor para todos. Rondônia oferece, mais que a maioria dos estados, essa perspectiva de realização, pela gama de oportunidades que oferece. Basta buscar o caminho correto e seguir por ele. Os candidatos terão, nessa campanha atípica, a oportunidade de exibir conteúdo pessoal para convencer o eleitor do acerto na escolha de seu nome.

A diferença é que Rondônia, melhor que muitas outras unidades da Federação, oferece condições otimistas para um grande desempenho dos futuros administradores municipais, especialmente com a ansiedade generalizada pela retomada da normalidade possível pós-pandemia. É preciso considerar que as vacinas contra o vírus estão perto de acontecer, senão ainda em 2020, pelo menos no início do próximo ano. É claro que será fundamental a atenção prioritária à saúde pública, até para oferecer segurança suficiente para a reabertura e geração de postos de trabalho. E para que as famílias possam retomar as atividades produtivas em sua plenitude.
As perspectivas para a economia rondoniense contribuem para isso. A começar pela tão esperada retomada das obras de asfaltamento da BR-319 – Porto Velho-Manaus – e conclusão da ponte sobre o rio Madeira no distrito de Abunã. O que implica na concretização do acalantado sonho da saída para o Pacífico. Isso vai assegurar uma imensa abertura de mercados para a produção rondoniense, especialmente agropecuária. E a consolidação geopolítica de Porto Velho como principal entreposto distribuidor de riquezas da região norte. As duas obras, juntamente com a regularização fundiária poderão operar um verdadeiro boom de valorização das propriedades rurais em até 300%, segundo os especialistas, além de no mínimo duplicar a produção em poucos anos, a partir da garantia de financiamento.

Rondônia já ocupa lugar de destaque nacional com a produção de mais de um milhão de toneladas de soja na safra 2019-2020. Mas não é somente aí que o estado ostenta números robustos. Rondônia é o 5º maior produtor de café do país e o maior produtor de café da região Norte do Brasil. Encontra-se em 7º lugar no ranking nacional de produção de leite e em 1º lugar da região Norte. Ocupa o primeiro lugar na produção de peixes nativos, e a terceira posição em exportação de tambaqui. Já ultrapassa 6,4 mil toneladas de algodão, o que consolida a posição como 3º maior produtor da região norte. E ostenta a 6ª colocação, com cerca de 14 milhões de cabeças de gado. Livre de aftosa. No setor mineral, as potencialidades são excepcionalmente fortes.

Com área de 34.090,95 km², Porto Velho exibe números igualmente robustos no seu 106º aniversário de criação. É a mais extensa capital estadual do País. Supera, individualmente, as áreas dos estados de Alagoas e Sergipe, e da Bélgica e Israel. É também o mais populoso município fronteiriço do Brasil, com a extensa fronteira que possui com a Bolívia. Estrategicamente situada no coração da Amazônia, a capital de Rondônia caminha para a consolidação como fortíssimo entreposto comercial, com acesso rodoviário aos estados do sul, via BR-364, a Manaus e Caribe, pela BR-319 e aos países andinos e mercado asiático, com grande economia de frete, via saída para o Pacífico, pelo Acre. Vale destacar a hidrovia do Madeira e sua importância para o escoamento da produção a baixo custo. Temos, afinal, muito do que nos orgulhar das potencialidades de geração de riquezas em nosso estado. Caberá aos candidatos dizerem o que pretendem fazer com elas, para que possam resultar em benefícios para a mesa de cada família.

*Andrey Cavalcante. Advogado. Conselheiro Federal da OAB. Ex-Presidente da OAB/RO, 2013-2015, 2016/2018.

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