Rondônia, 26 de dezembro de 2024
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Combate à dengue: uma derrota de tucanos e petistas



A campanha eleitoral de 2002, na disputa ao cargo de Presidente da República, foi marcada por fortes críticas do PT ao candidato presidencial do PSDB, o então Ministro da Saúde José Serra, pelo fato do candidato não ter conseguido combater de forma eficiente a proliferação de dengue no Brasil durante o governo Tucano (1995/2002).

A dengue, como é de conhecimento público, é transmitida por mosquitos, insetos que embora frágeis, tem causado fragorosas derrotas aos dois maiores partidos políticos que administram o Brasil nos últimos dezesseis anos.

A campanha eleitoral de 2002, na disputa ao cargo de Presidente da República, foi marcada por fortes críticas do PT ao candidato presidencial do PSDB, o então Ministro da Saúde José Serra, pelo fato do candidato não ter conseguido combater de forma eficiente a proliferação de dengue no Brasil durante o governo Tucano (1995/2002).

Os marqueteiros do PT colaram no candidato Serra a críticas de que ele não tinha competência para governar o Brasil, pois não conseguia sequer matar mosquitos. Serra foi derrotado nas urnas pelo PT, que contou com os mosquitos da dengue como cabos eleitorais.
Após sete anos de governo do PT o problema da dengue continua a existir, ganhando ainda maiores dimensões, matando pessoas de norte a sul do país.

Tanto o PSDB quanto o PT deram inestimável contribuição para a proliferação do mosquito da dengue.

O PSDB efetivou a descentralização da Funasa, órgão que agia em todo o país de forma coordenada, sob um só comando, passando a gestão do combate às endemias aos municípios. Cabe lembrar que existem mais de cinco mil municípios no Brasil, gerando uma verdadeira torre de babel, onde cada um faz o que bem entende, gerando os resultados catastróficos que todos conhecemos.

Com a chegada do PT ao governo federal esperava-se uma mudança radical na condução das medidas voltadas a todos os setores sociais, principalmente no que se diz respeito à saúde, revertendo-se a política de Estado mínimo preconizada pelos Tucanos, entretanto, o PT não só manteve as maléficas medidas descentralizadoras iniciadas pelo PSDB como ainda as aprofundou, estando em desenvolvimento um amplo projeto para a extinção da Funasa, alegando que existe muita corrupção naquele órgão federal.

O raciocínio da administração do PT para com a Funasa é equivocado, pois está adotando a velha história de combater os carrapatos matando a vaca. Se fossemos fechar todos os órgãos onde encontramos corrupção em solo nacional fecharíamos a maiorias dos órgãos da administração pública hoje existente.

Conforme se observa, o PSDB começou e o PT deu continuidade ao trabalho de desmonte do único aparelho estatal que produzia alguns resultados satisfatórios no combate às endemias no país.

Em 2.010 teremos novamente no Brasil eleições para Presidente da República. Se os eleitores adotarem o critério de escolha pela capacidade do partido político do candidato no combate ao mosquito da dengue teríamos de cara a exclusão dos representantes do PSDB (novamente o José Serra) e o do PT (Dilma), pois as duas agremiações políticas demonstraram que não conseguem sequer matar mosquitos.

* Advogado e dirigente do SINDSEF/RO

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