Rondônia, 06 de maio de 2024
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Como anda a sua recolhida Misoginia???

Muitos de nós, entre os quais, de forma modesta, este semeador de letras se inclui, está longe de ser agraciado com o título de “ícone dourado do bom comportamento político”. Quantas vezes já radicalizamos na luta sindical ou política? Quantas vezes produzimos charges e caricaturas fortes sobre personalidades representativas daquilo antagônico ao que reivindicávamos bravamente nos diferentes espaços? Quantas vezes escrevemos e publicamos coisas inimagináveis a partir da seiva de uma grande frustração? Quantas vezes deixamos a ira da emoção superar a inabalável força da razão?... onde diabos andavas tu nesta vida, caso a resposta a tais indagações seja algo do tipo: “não... jamais participei de algo assim”??!!!



Misoginia* patética... O que pensam as Mulheres?

A distribuição de adesivos da Senhora Dilma Rousseff com escancarada mensagem de violência sexual contra ela ultrapassou, de longe, os limites do tolerável. Entender como natural a propagação desse tipo de mensagem é referendar a violência contra as mulheres como algo normal, trivial, aceitável dentro dos padrões de nossa cultura. É colocar combustível em comportamentos como os que ocorreram no Piauí envolvendo jovens meninas humildes (todas violentadas, humilhadas e mortas em grotesca agressão sexual). Este tipo de comportamento, que se vê como “gracinha” em alguns locais, entrou no perigoso campo da ilegalidade jurídica (a ser questionada no espaço adequado) e entrou no da delinquência política.

Ainda somos humanos... ou não?

Este papo furado surge da observação daquilo que se tem visto recentemente em relação à figura da Presidenta da República do Brasil. Aqui não cabe juízo de valor se ela é boa ou ruim enquanto política. Se concordo ou não com suas atitudes e decisões. Ou se suas cores partidárias são simpáticas ou odiosas para mim. Cada um pense o que quiser. No entanto, essa liberdade de pensamento e ação têm limites civilizatórios a serem preservados. O respeito ao sexo feminino e a dignidade da mulher como pessoa humana não podem ser objeto de “relativa” condescendência. Penso, pelo menos alguns, já evoluíram mais do que isso.

Misoginia* patética... O que pensam as Mulheres?

A distribuição de adesivos da Senhora Dilma Rousseff com escancarada mensagem de violência sexual contra ela ultrapassou, de longe, os limites do tolerável. Entender como natural a propagação desse tipo de mensagem é referendar a violência contra as mulheres como algo normal, trivial, aceitável dentro dos padrões de nossa cultura. É colocar combustível em comportamentos como os que ocorreram no Piauí envolvendo jovens meninas humildes (todas violentadas, humilhadas e mortas em grotesca agressão sexual). Este tipo de comportamento, que se vê como “gracinha” em alguns locais, entrou no perigoso campo da ilegalidade jurídica (a ser questionada no espaço adequado) e entrou no da delinquência política.

A democracia tem limites ou não???

Não consigo imaginar esses delinquentes promovendo, com sua coragem inusitada, um material bizarro e grotesco como esse na Alemanha, com a Chanceler Ângela Merkel! Ou no Chile, com Michelle Bachelet. O respeito à instituição “Presidência do Brasil” deve ser mantido (inclusive por meios judiciais), pois, bem ou mal, representa a todos nós como nação. Por outro lado, esse material incentivador do ódio e repulsa contra as mulheres, mostra a deplorável covardia sexista de uma direita cada vez mais selvagem. Alguém imaginaria um belo carrão americano, com um adesivo do Barack Obama, em “posição de cavalinho”... bumbum para o ar... com uma banana de dinamite no “furico pessoal”, desfilando pelas ruas de Washington???? O mesmo pelas ruas de Paris com a imagem do presidente francês François Hollande??? A democracia impõe limites para sua própria convivência, respeito e sobrevivência. Será que esse ódio alimentado por conta de frustrações políticas eleitorais momentâneas ajuda na consolidação da democracia permanente???

*Misoginia – Substantivo feminino. Ódio ou aversão à mulher.

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