Deus plagiado, fé e igreja ferida
Estava eu na tranquilidade de minha ociosidade de final de ano, quando de repente, não mais que de repente, recebo um bom texto do nosso professor Marcos Teixeira versando sobre angustiantes questões de religião. Os escritos começavam assim: “Ele nasceu em 25 de Dezembro, filho de uma virgem. O seu nascimento foi acompanhado por uma estrela no Leste, que por sua vez, foi seguida por 3 reis em busca do salvador recém nascido. Aos 12 anos, era uma criança prodígio nos ensinamentos, e aos 30 anos, ele foi batizado, e assim começou seu ministério.
Na verdade, trata-se de Hórus, Deus Sol do Egito, cuja vida aconteceu nas proximidades do ano de 3.000 A.C. Entretanto, o que mais me chamou a atenção no texto foi descobrir que essa não era uma história isolada e única. Na verdade, toda essa mitologia envolvendo o nascimento em 25 de dezembro, estrela no Leste, virgindade, sabedoria, batizado, pregação, milagres, sacrifícios, morte e renascimento (ao terceiro dia), é algo presente em outros contextos religiosos distintos e distantes entre si. Por exemplo, Mithra, na antiga Pérsia, nasceu de uma senhorita virgem no dia 25 de dezembro... além dos tradicionais milagres, guardava o domingo como dia sagrado e teve doze discípulos... após sua morte, ressuscitou ao terceiro dia... Mas não é só, meu caro pecador-leitor. Dionísio, divindade na antiga Grécia, nasceu de uma virgem (ainda não entendi direito o que havia de errado com a concepção via método tradicional)... no dia 25 de dezembro. Naquele tempo, já transformava a água em vinho... era peregrino e ressuscitou após a morte.
2. Outro Deus ou não?
Na verdade, trata-se de Hórus, Deus Sol do Egito, cuja vida aconteceu nas proximidades do ano de 3.000 A.C. Entretanto, o que mais me chamou a atenção no texto foi descobrir que essa não era uma história isolada e única. Na verdade, toda essa mitologia envolvendo o nascimento em 25 de dezembro, estrela no Leste, virgindade, sabedoria, batizado, pregação, milagres, sacrifícios, morte e renascimento (ao terceiro dia), é algo presente em outros contextos religiosos distintos e distantes entre si. Por exemplo, Mithra, na antiga Pérsia, nasceu de uma senhorita virgem no dia 25 de dezembro... além dos tradicionais milagres, guardava o domingo como dia sagrado e teve doze discípulos... após sua morte, ressuscitou ao terceiro dia... Mas não é só, meu caro pecador-leitor. Dionísio, divindade na antiga Grécia, nasceu de uma virgem (ainda não entendi direito o que havia de errado com a concepção via método tradicional)... no dia 25 de dezembro. Naquele tempo, já transformava a água em vinho... era peregrino e ressuscitou após a morte.
3. Mito e ciência
Não obstante tudo isso, meu estupefato Cara Pálida, as revelações não param. Segundo o texto, há uma estreita ligação entre a Astronomia, Astrologia e os mitos milenares entre si. Esse encadeamento de fatos não são coisas do acaso pura e simplesmente. Por exemplo, o dia 25 de dezembro é exatamente o terceiro dia após o solstício de inverno (no norte), o seja, o exato momento em que o sol, depois de atingir o seu ponto mais distante e de menor visibilidade, inicia seu retorno ao hemisfério norte trazendo calor, flores, vida e fartura a tudo. Outro detalhe intrigante, ainda referente ao Sol, nesse ponto final de ida ao extremo sul, é o fato de acontecer um alinhamento com a constelação do Cruzeiro do Sul. Após “morrer na Cruz” (constelação), o Sol retorna para a vida em direção ao Norte.
4. Outros simbolismos
Nesse emaranhado de interpretações sobre a posição das estrelas e os movimentos planetários, conhecimento muito bem dominado pelos nossos antepassados, nem entrando na discussão estéril de sua veracidade, vale ressalvar outro simbolismo vivo na religião cristã, mas a origem é bem pagã. O número 12 tão presente nos mitos antigos, é visto nos apóstolos (12), nas tribos de Israel (12), nos juízes de Judá (12), nos irmãos de José (12), nos Reis de Israel (12), etc. Ao mesmo tempo, 12 é o número de constelações existentes no céu por onde o Deus Sol viaja a cada doze meses... Tá bom para ti???!!!... Outro conceito instigante nesse babado todo é o de “Era ou Eon”. Trata-se de um ciclo cuja duração de 2.150 anos provocaria grandes transformações, etc, etc, etc...
5. Em busca de respostas...
Confesso estar abalado com algumas leituras sobre esse assunto. Preciso conversar com meu amigo Padre Eduardo, um estudioso de mente aberta e com paciência suficiente para ouvir bobagens e angústias de um ignorante assumido do assunto. Aos que quiserem pesquisar mais sobre o assunto, vale as dicas do professor Marcos Teixeira:
Fontes: Vi em joaodefreitas.com.br, que viu em willians.spaceblog.com.br
E para quem pediu mais fontes de tudo isso, segue:
- Textos das pirâmides, 2. RITUAL OF BODILY
RESTORATION OF THE DECEASED, AND OFFERINGS,
UTTERANCES 12-203, 44a, na tradução de Samuel A. B. Mercer
- Castello Branco, Marisa. Do Egito Milenar à Eternidade
(ISBN: 85-901413-1-4)
- A Religião do Egito de 4400 a.C. e semelhanças com o
Cristianismo. HistoriaNet
- Gregório, Sérgio Biagi. Os Mitos e as suas Simbologias.
Centro Espírita Ismael.
- Pires, José Herculano. Revisão do Cristianismo
- Osíris e Hórus: protótipos do Jesus da fé? Kerigma-Unasp.
Estudo comparativo entre Osíris/Hórus e Jesus Cristo
- Horus and Jesus: mythological plagiarism?, programa da BBC sobre esta hipótese.
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