Rondônia, 23 de dezembro de 2024
Artigos

E os namoradinhos?

As festas de fim de ano estão se aproximando e junto com elas as confraternizações e reencontros com familiares e amigos. É difícil escapar de algumas perguntas nessa época do ano, e na hora de atualizar os assuntos da vida pessoal sempre surgem as máximas “e os namoradinhos?” ou “e aí, já casou? Tá na hora já, hein!”. Esses questionamentos podem ser encarados de forma inocente, porém incomodam muita gente e dizem algo sobre a nossa formação social.

Somos criados com a ideia de que precisamos encontrar a metade da nossa laranja, alguém pra nos fazer felizes, como se fossemos incompletos. E a sociedade entende o “estar só” como um defeito, marcado pela solidão e tristeza. Os filmes, novelas, livros e desenhos contam, com frequência, histórias de busca pelo amor do outro e terminam com a união de algum casal e a velha frase “viveram felizes para sempre.” Isso nos leva a crer que é necessário e imprescindível encontrar um par para alcançar a felicidade eterna.

Porém, o mundo moderno trouxe novas formas de se compreender os relacionamentos e novos objetivos a serem alcançados por cada um. Uma pessoa pode estar feliz sem estar em um relacionamento. Estando rodeada por amigos, pela família, fazendo atividades que goste e buscando seus objetivos. Essa pessoa tem a oportunidade de se conhecer e cultivar a própria qualidade de vida. E aquela máxima que diz que só amamos o outro verdadeiramente quando nos amamos em primeiro lugar faz, então, todo sentido.

Conhecer-se e amar-se influencia diretamente na qualidade dos relacionamentos que vivemos. Isso pode parecer difícil, mas existem muitas maneiras de fazê-lo, por exemplo, conversando com amigos, familiares, revendo conceitos próprios e até mesmo com a ajuda de um profissional de psicologia. É a partir disso que sabemos que tipo de relacionamento queremos, quando desejaremos viver um relacionamento, que pessoa escolheremos para dividir a vida, o que é aceitável na convivência do dia a dia e o que não é.

Sendo assim, quando você estiver naquela reunião de fim de ano e te perguntarem se você está em um relacionamento, estando ou não, tente mostrar para o outro que isso não é termômetro de sucesso e felicidade. Olhe ao seu redor, veja suas conquistas, seus vínculos, onde está e o que está buscando. Cuide primeiro de si, para então poder construir bons vínculos com quem vier a caminhar do seu lado. Boas festas e Feliz 2019 a todos!

*Juliana Maria de Oliveira – Psicóloga CRP 20/04976. Formada pela Universidade Federal de Rondônia – UNIR. Especialista em Gestão Organizacional e de Pessoas pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar. Atende atualmente na clínica Fábrica de Competências em Porto Velho

SIGA-NOS NO

Veja Também

O prejuízo do acordo com deságio em precatórios

O valor da independência da OAB para a Justiça e para a Sociedade

Liderança que acolhe e fortalece: O compromisso de Márcio Nogueira com a Advocacia e com as Mulheres

Não existe democracia sem a participação feminina