Rondônia, 23 de novembro de 2024
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Ensino híbrido e remoto, presente e futuro

Em tempos de educação na pandemia, o que muito se ouve falar é em “ensino híbrido” e “educação remota”, uma possibilidade de ensino praticada há tempos em muitos países e também aqui no Brasil, talvez não com esse nome, mas certamente muitos professores já praticaram EDUCAÇÃO HÍBRIDA.

Uma das principais medidas para conter o avanço do novo Corona vírus foi a suspensão de aulas em escolas e universidades. No Brasil, antes da pandemia, a educação a distância só estava autorizada para o ensino superior (de maneira completa ou até 40% dos cursos presenciais) e uma parte do ensino médio (até 30% da carga horária do período noturno e 20% do diurno). A legislação brasileira atual não permite que a educação infantil e o ensino fundamental sejam feitos por EAD. Porém, diante da emergência de saúde pública e da situação atípica na educação, diversas flexibilizações foram adotadas para que os alunos pudessem dar prosseguimento às aulas de maneira remota.

Na prática, o ensino remoto é feito por um professor que ministra aulas, sejam elas ao vivo ou gravadas, por meio de videoconferência ou recurso similar. A carga horária é a mesma das aulas presenciais, mantendo a frequência. Os educadores e estudantes têm enfrentado grandes desafios com as aulas remotas, afinal, as mudanças foram abruptas. Adaptar toda a dinâmica da sala de aula presencial para os ambientes virtuais demanda investimento de tempo e em tecnologia.

O ensino remoto preconiza a transmissão em tempo real das aulas. A ideia é que professor e alunos de uma turma tenham interações nos mesmos horários em que as aulas da disciplina ocorreriam no modelo presencial.

O ensino híbrido, é uma das maiores tendências da Educação do século 21, seja pela necessidade ou pelas facilidades no processo de ensino e aprendizagem que ele proporciona, promove uma mistura entre o ensino presencial e propostas de ensino online – ou seja, integrando a Educação à tecnologia, que já permeia tantos aspectos da vida do estudante. A adoção do ensino híbrido em um nível mais profundo exige que sejam repensadas a organização da sala de aula, a elaboração do plano pedagógico e a gestão do tempo na escola.

Para uma utilização eficiente do ensino híbrido no ambiente escolar, é necessário pensar mudanças em vários níveis: infraestrutura educacional, formação continuada de professores, currículo, práticas de sala de aula; modos de avaliação, entre outros.

Verifica-se, assim, a importância da formação do professor para que ele utilize as tecnologias da informação e comunicação em sala de aula de forma integrada ao ensino, não apenas como uma maneira de substituir recursos. Se as tecnologias digitais puderem ser utilizadas para auxiliar na personalização das ações de ensino e aprendizagem, o ganho, por parte dos estudantes e do professor, será extraordinário.

Como a educação muda o mundo. A educação é uma arma poderosa. Através dela, um cidadão se torna mais crítico, tem mais oportunidades de emprego e melhoria na sua própria qualidade de vida. A importância de aprender para si mesmo é compartilhar os conhecimentos com os outros. A utilização de equipamentos como computadores conectados à internet e as diversas ferramentas disponíveis, como textos, vídeos e imagens, tudo hiperconectado em único lugar, é uma ótima opção para prender a atenção dos alunos.
Nossos jovens, mais do que nunca, estão convivendo muito com as tecnologias e cabe a nós (professores e família) compreendermos e direcionarmos a melhor utilização dessas tecnologias para uma aprendizagem mais eficiente.

* Célio Leandro é mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul e doutorando em História pela Universidade Federal do Paraná,, escritor e membro da Academia Rondoniense de Letras

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