ESTADO BABÁ E O PESADELO DAS MÃES NO HB - Por Ivonete Gomes
1- Duro crítico de iniciativas governamentais que influenciam no comportamento dos indivíduos, o escritor americano David Harsanyi lançou recentemente no Brasil o livro Estado babá. A obra faz uma reflexão de ações de governos que nos determinam o que comer, o que beber, sobre o que pensar e expressar, os remédios que tomamos, os livros que nossos filhos lêem nas escolas, o que assistimos na televisão e onde podemos fumar. Para o escritor, não é função do estado proteger o cidadão dele mesmo.
Maravilhosas as regras, posto que sejam politicamente corretas, mas onde está esse governo que somente proíbe?
Pois bem, sob essa ótica, reflitamos sobre o ponto da influência do governo nas famílias e a falta de ações práticas para melhorar-lhes a vida. No Brasil de muitas leis, onde a hipocrisia política reina absoluta, dar uma palmada em um filho ou chamar a atenção de forma mais ríspida em público pode levar um pai e uma mãe para avaliação dos falidos Conselhos Tutelares. Regra válida também para o professor, que como diz o ditado popular, deve pisar em ovos ao chamar a atenção do aluno, evitando assim que qualquer palavra mal colocada ou interpretada de forma equivocada transforme-se em conflito. Também sofre com sanções e críticas, a mãe que para trabalhar é obrigada a deixar os filhos sozinhos em casa.
Maravilhosas as regras, posto que sejam politicamente corretas, mas onde está esse governo que somente proíbe?
Esse governo que dita uma vida quase surreal para a grande maioria das famílias brasileiras é o mesmo que trata a educação com desdém - sem remuneração digna e unidades escolares adequadas - não oferece creches públicas às mães trabalhadoras e não abaixa o preço dos alimentos saudáveis.
De fato, nosso governo manda muito e pouco faz.
Vem com atraso, mas agora repleta de indignação, a crítica ao setor de Obstetrícia do Hospital de Base. É lá que o momento mais aguardado e comemorado por uma família torna-se o mais cruel dos pesadelos de uma mãe.
Inúmeros relatos, um deles enviado por uma internauta ao Rondoniagora, indicam o caos nas salas de cirurgia e recuperação. “TÁ CHEIO DE MOSCA, MOSQUITO PRA TODO LADO, ATÉ NA SALA DE CIRURGIA, OS FUNCIONARIOS TEM QUE FICAR TENTANDO MATAR MOSCAS PRA TODO LADO. E O RISCO DE INFECÇÃO HOSPITALAR ONDE FICA? HÁ DESCASO DA DIREÇÃO” – informa a paciente.
Quem já necessitou do setor denuncia ainda inúmeras humilhações protagonizadas por enfermeiros, técnicos e médicos desmotivados. A gravidez, por vezes, é tratada como um crime e desmerecimento as menos favorecidas economicamente. É hora da direção do hospital mudar conceitos e arregaçar as mangas.
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