Fiasco Político
E como nada verdadeiramente importante acontece na política rondoniense, o espetáculo mal escrito, mal dirigido e com atores de terceira linha vai seguindo sua sina de desaguar novamente num final infeliz com urnas marcadas para produzir os piores frutos.
SEM CREDIBILIDADE
Até o último mês havia praticamente uma certeza: Confúcio não queria mais disputar a reeleição. Passou praticamente todo seu governo sucateando a máquina estatal, quando não permitindo que ela se transformasse num brinquedo para figuras típicas do crime organizado, façanha que começou com o Batista na Saúde, aquele mesmo Batista que montou no rosário de suas mutretas o negócio do crédito consignado, um esquema para ficar rico do dia para a noite.
SEM CREDIBILIDADE
Até o último mês havia praticamente uma certeza: Confúcio não queria mais disputar a reeleição. Passou praticamente todo seu governo sucateando a máquina estatal, quando não permitindo que ela se transformasse num brinquedo para figuras típicas do crime organizado, façanha que começou com o Batista na Saúde, aquele mesmo Batista que montou no rosário de suas mutretas o negócio do crédito consignado, um esquema para ficar rico do dia para a noite.
Nos últimos dias o contemplativo filósofo ariquemense jurava não estar disposto a correr o risco de um fiasco eleitoral e erodir toda sua biografia política, construída dentro do PMDB, o mesmo partido que passou praticamente todo o seu mandato olvidando sua militância.Pode ser que tenham “inventado” algum índice de rejeição popular menos cavernoso do que o imaginado por Confúcio.
GRANDEZA DA FILOSOFIA
Não adianta: como comandante do tal “governo da cooperação”, Confúcio Moura se desmoralizou completamente.
Com a confissão da hora (segunda feira, dia 24) aos dirigentes do Sintero, reconhecendo a quebradeira do estado e a impossibilidade de dar melhorias salariais aos professores (e por tabela aos demais servidores) enquanto não se desenrolar a novela da transposição, Confúcio deu mais um passo decisivo na pulverização do restinho da credibilidade que lhe restava.
Se Confúcio Moura tivesse um pouco da grandeza do filósofo de quem pegou o nome, certamente não disputaria novamente o voto popular, para o bem de Rondônia. Ele, mais do que ninguém, chega ao final de seu primeiro mandato sem credibilidade até de seus parceiros partidários. Eles apenas insistem na confirmação da candidatura de Confúcio por não ter outro nome a ser escalado.
QUEDA POSSÍVEL
Com a reputação política pulverizada o futuro não é colorido para Confúcio. É certo que a Oposição no estado está desarticulada e só age de forma pontual e individualista. E mesmo assim as coisas não serão fáceis para o (ainda) governador rondoniense que criou a consolidou a imagem de que não consegue fazer nada certo.
Um dos principais exemplos está no suposto modelo da Segurança Pública e seu aparelhamento político. A violência deixou de ser privilégio das maiores cidades do estado para agir (inclusive matando pessoas) nas mais ínfimas cidades rondonienses.
Há um quadro de má-vontade em solucionar problemas históricos, como o saneamento básico, a saúde e a industrialização de Rondônia.
Num hipotético novo mandato de Confúcio, a tendência é de mais um fiasco que contribuirá para aprofundar o retrocesso no estado, enquanto o governo ficará na mesma prática de enxugar gelo, favorecendo empreiteiras de amigos e permitindo a outros parasitas se agarrarem às tetas do tesouro rondoniense.
RISO DA HIENA
E como não poderia deixar de ser, muitos personagens presos ao cordão dos puxa-sacos do Dinho, o prefeito do Candeias cassado por decisão judicial e reassentado na cadeira do chefe do Executivo por uma decisão liminar do próprio judiciário riam à bandeiras despregas no dia de ontem, como se esse retorno fosse uma grande vitória do parente de Lindomar Garçom.
Ora, a decisão “levandovsquiniana” permitindo o retorno do Dinho à prefeitura de Candeias não é, como pensam alguns, um atestado de idoneidade e muito menos de inocência. Não deveria ser motivo de comemoração. Naturalmente, com o correr dessa e possíveis outras ações, poderão vir surpresas desagradáveis para no tio de Lindomar Garçom. Ao contrário do riso fácil de agora, o melhor é colocar a “barba de molho”.
Tenho cá comigo que Dinho corre sérios perigos de sofrer novas condenações e até danos patrimoniais. Às vezes, rir primeiro não significa absolutamente nada.
DESEMPENHO
A presença de Amir Lando na Câmara dos Deputados deveria servir à reflexão do eleitorado de como é possível afundar um estado como Rondônia votando nesses pés rapados que se aventuram na política para arrumar o seu lado e de seus pequenos grupinhos.
Amir Lando entrou na Câmara substituindo Natan Donadon, aquele camarada preso na Papuda, em Brasília, por ter participado ativamente da quadrilha que desviou milhões de reais da Assembleia Legislativa. Pois é, o tal sujeito ficou lá anos e anos somente cuidando de seu lado e contribuindo para denegrir o nome de Rondônia.
Amir está na Câmara por pouco tempo e mesmo assim tem tido um bom desempenho na defesa dos interesses da população, especialmente dos servidores públicos.
Não sei se ele vai conseguir algum resultado real nessa novela da “transposição” ou, também, na responsabilização de Santo Antonio ou Jirau pelos prejuízos causados a milhares de pessoas afetadas pela cheia. Pelo menos uma coisa ficou clara: Nesse pouco tempo na Câmara, o deputado Amir Lando comprova que teria sido melhor para Rondônia se ele e não Natan tivesse sido eleito.
ESPERANÇA
Ainda tem muita gente apostando que Ivo Cassol conseguirá driblar os bloqueios judiciais para sair candidato de ultima hora ao governo do estado. Tem advogado cobra no assunto garantindo que essa mágica é possível. Enquanto isso, o prefeito de Rolim de Moura (irmão de Ivo), Cesar Cassol – hoje um dos homens mais ricos do estado – passará os próximos dias estudando prós e contras de desincompatibilizar-se até o dia 4 para encarar a disputa governamental. E, como se sabe, Rolim de Moura é o grande ninho de governantes rondonienses.