Rondônia, 22 de novembro de 2024
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Fim do segredo: Marcos Rocha anuncia maioria dos nomes que vai compor sua equipe de Governo

A véspera de Natal não teve apenas encontro familiares, abraços, troca de presentes, peru assado, vinho, cerveja e muita festa. Teve também política. O governador eleito Marcos Rocha anunciou, no meio da tarde desta segunda-feira, 23 dos nomes que irão compor sua equipe de governo. Pelo menos um terço deles veio da Polícia Militar, entre companheiros seus de fardas. Nenhuma grande surpresa, daquelas que sacodem um anúncio de equipe de governo; muitos nomes desconhecidos da maioria da população; vários outros já na vida pública há algum tempo, mas outros que recém estão começando a criar suas histórias. Quantos rondonienses, da porta para fora de Secretaria da Fazenda, conhecem Luiz Fernando Pereira da Silva? Certamente muito poucos. Mas pelos lados da Sefin e nos meios financeiros do Estado, Luiz Fernando é extremamente respeitado como um técnico excepcional, um auditor fiscal de primeira grandeza. Foi a ele que Marcos Rocha escolheu para comandar essa área nevrálgica do Governo. E o jovem médico Fernando Máximo? Um dos profissionais mais respeitados em Rondônia, cirurgião de mão cheia, considerado por seus pares e seus amigos como uma pessoa decente, trabalhadora e amado por seus pacientes, ele chega com o desafio de comandar a saúde pública, um dos setores mais complexos e de difícil coordenação não só porque aqui, mas em qualquer recanto do Brasil. Há ainda o professor Suamy Vivecananda Lacerda de Abreu, um grande especialista em Educação, assumindo uma pasta nevrálgica no novo governo. Com especialidades em várias áreas, esse servidor público de longos anos chega ao poder para enfrentar seu maior desafio: colocar em prática, na Seduc, todas as suas ideias e práticas, que o tornaram um nome de sucesso no meio educacional. O último lado do quadrado vital em qualquer administração (saúde, educação, finanças) é o da segurança pública. Nessa área, Rocha buscou um militar linha dura, que saiu do Exército e está na PM há mais de duas décadas e meia. O coronel José Hélio Pachá, paraibano, chegou a ser cotado para comandar a PM. Mas Rocha preferiu manter no comando dela o coronel Ronaldo Flores, há oito meses no posto, guindando Pachá para o comando da Secretaria de Segurança. Vai ser dureza para os criminosos! Na mesma área, a chefia da polícia civil ficou com competente delegado Hélio Gomes Ferreira.

Para uma das áreas de maior complexidade, Marcos Rocha foi cirúrgico: buscou entre seus parceiros de primeira hora, um dos que tem maior proximidade e confiança, para comandar a Sedam. A Secretaria que hoje está na alça de mira de investigações sobre corrupção e malfeitos, será dirigida por Elias Rezende, escolha pessoal de Rocha, que quer ver a Sedam higienizada em curto espaço de tempo. Para a Sepog, hoje um setor prioritário do governo, de controle interno e acompanhamento de gastos e custos o Governador eleito, trouxe o auditor fiscal Jailson Viana Almeida, outro nome experiente, mas pouco conhecido da porta para fora da estrutura do Governo.

Militares também no Detran e DER

Dois órgãos de grande importância no Governo tiveram também seus titulares anunciados pelo novo governador. Ambos vieram do meio militar. Para o comando do órgão que mais fatura no Estado, o Detran, Rocha designou seu companheiro de PM, o coronel Luiz Gonzaga. Ele terá a missão de modificar as ações do órgão, trabalhar pela redução de taxas e na reestruturação da distribuição de recursos para melhorias no trânsito na Capital e em todo o Estado. Já um oficial do Exército, o coronel Erasmo Meireles e Sá, ficará com o comando do DER, o mais importante órgão estadual de obras públicas e que tem também sob sua responsabilidade, cuidar das obras do PAC, programadas para Rondônia. Erasmo tem grande experiência em abertura e construção de estradas e uma história de vida sempre ligada ao setor, em sua longa vida dedicada ao Exército brasileiro. Na Sejus, onde o próprio Marcos Rocha já foi secretário, ele teve uma equipe coesa, que se uniu em torno do chefe, ainda no governo Confúcio Moura. Foi entre seus assessores da época que o governador eleito foi buscar a secretária que escolheu como titular da pasta, a agente penitenciária Etelvina Rocha, que tem o sobrenome igual, mas nenhum parentesco com o Governador.

A turma bem próxima

Se Etelvina Rocha não é parente de Marcos Rocha, dona Luana Rocha é. Ela é a esposa do Governador e será também secretária de Estado. Vai comandar a SEAS, a secretaria de Ação Social. A intenção da primeira dama, que será também secretaria, é dar uma boa mexida nas ações da SEAS, que estão ainda devendo resultados melhores, principalmente em questões como os moradores de rua e o aumento significativo de drogados em Porto Velho, principalmente. Para a chefia de gabinete, Rocha convocou um dos personagens mais respeitados dentro da área de governo. Pedro Antônio Afonso Pimentel é um dos poucos nomes do atual governo, no primeiro escalão, que estarão com Rocha. Pimentel, conhecido por ser um servidor especializado, e fácil diálogo e, ainda, um profundo conhecedor da vida rondoniense e de seus personagens, será o novo chefe de gabinete, a partir de 1º de janeiro. A advogada Erika Gerhardt, personagem que foi importante na área jurídica de Rocha, durante a campanha, será a adjunta nessa área de grande importância, por onde passarão as negociações políticas. Ainda da turma palaciana, o coronel Valdemir Carlos Góes, muito próximo a Rocha, vai comandar a Casa Militar. E a Comunicação ficará nas mãos do experiente Lenilson Guedes, que há muitos anos assessora a área de imprensa da Polícia Militar e é muito respeitado no meio onde atua.

Outros nomes

Na equipe anunciada por Marcos Rocha, tem ainda o Coronel Demargli da Costa Farias, mantido no comando do Corpo de Bombeiros do Estado. Já o Coronel Valdemir Carlos Góes, vai comandar uma tal Superintendência de Estado para Resultados e Leandra Ferreira Dal Bello, num órgão chamado de Sibra, que é da representação rondoniense em Brasília. Domingos Sávio Oliveira da Silva vai comandar a Polícia Técnica. Há já vários adjuntos anunciados, com os titulares e muitos cargos de primeiro, segundo e terceiros escalões ainda longe de serem preenchidos. A relação anunciada neste sábado é parcial, já que existem áreas importantes onde os titulares não foram convocados, ao menos nesse primeiro momento. Claro que o serão, provavelmente ainda nessa semana, porque o Governador eleito não quer iniciar sua administração sem que todas as funções que ele pretende manter em sua administração estejam com seus titulares escolhidos. Há secretarias, superintendências e assessorias cujos chefes não serão nomeados, porque tais áreas serão extintas no governo de Marcos Rocha.

Dúvidas na agricultura e Caerd

Rocha ainda não definiu nomes para áreas de grande importância. Uma delas é a Agricultura, onde se apostava que o nome do empresário e candidato a deputado federal pelo PSL (não eleito), Evandro Padovani, seria o escolhido. Não havia, nos meios políticos, quem não apostasse todas as suas fichas em Padovani, não só porque ele teve um mandato destacado à frente da Seagri, no governo Confúcio Moura, como, mais que isso, é nome indicado pelo empresário e ex candidato ao Senado pelo PSL, Jaime Bagatolli, o homem dos 212 mil votos. Nas últimas semanas, contudo, uma série de boatos de que Bagattoli teria se afastado do governador e do seu grupo, se somou a declarações por escrito, dadas pelo empresário de Vilhena, afirmando que teria oferecido apoio para ajudar a formar o novo governo, mas que sequer fora ouvido. Ou seja, não se sabe, a essas alturas, o que vai acontecer, na medida em que o comando da Agricultura é vital para o setor que coordena o agronegócio, principal setor responsável pelo crescimento do Estado. Também ficou de fora do primeiro grupo anunciado, quem comandará a Caerd, a empresa mista do Estado que tem uma dívida de 1 bilhão e 600 milhões de reais. A empresa se manterá estatal ou será vendida para a iniciativa privada? Aí também há muito mais dúvidas do que certezas.

Faltam nomes do interior?

Faltaram ainda outras nomeações. Como o titular da Procuradoria Geral do Estado; Controladoria Geral; Sugespe e secretaria executiva do Gabinete do Governador, entre vários outros. O segundo escalão começa a ser definido nos próximos dias, pelos titulares. Muita gente quer saber se Marcos Rocha determinou que não sejam mantidos servidores comissionados que serviram ao governo anterior, como se chegou a ouvir nos bastidores ou isso não é real. O governador eleito não deu detalhes sobre sua escolha e deixou claro que não está preocupado com eventuais críticas aos nomes que escolheu, porque, garante, todos estão imbuídos com a missão de melhorar o Estado. Avisou também, no vídeo pelas redes sociais, quando anunciou sua equipe – não convocou coletiva à imprensa e manteve-se apenas ativo nas suas páginas pela internet – que qualquer ato praticado por qualquer assessor, que esteja fora dos parâmetros de combate rígido à corrupção, corte de pessoal e custos; deslizes funcionais ou que causem prejuízos ao Estado, significarão o afastamento imediato do assessor, seja ele quem for. Por enquanto, nas redes sociais, poucas críticas se viram à equipe Rocha. A maior delas veio de gente ligada a ele e ao PSL, por não ter escolhido nenhum nome do interior. Mas isso, é claro, ainda pode ser mudado.

Transforme a esperança em realidade!

A uma semana da posse, Marcos Rocha começa realmente, a partir de agora, a fazer História. Eleito com recorde de votos, mais de meio milhão, este coronel da Polícia militar, chega trazendo consigo a esperança de mais de 1 milhão e 700 rondonienses, que apostaram nele suas chances de terem uma vida melhor. Quem é o novo Governador? Afora seus muitos amigos, seus familiares, muitos dos seus companheiros de caserna, seus antigos subordinados e parceiros nos cargos que ocupou, pouco se sabe. Mas quem já conviveu com ele depois da eleição, mesmo sem conhecê-lo, soube logo que Marcos Rocha é um homem decente, de boa índole, até um pouco ingênuo em algumas coisas, mas com uma força de vontade de vencer incrível. Sua história, aliás, se parece muito com a história do nosso Estado. Surgiu quase como um milagre, essa Rondônia incrustrada no meio da selva, assim como Marcos Rocha surgiu quase do nada para, com dedicação, trabalho e muita sorte (porque foi, claro, muito beneficiado pelo fenômeno Jair Bolsonaro, seu companheiro), para se tornar o comandante de um povo muito batalhador. Que ele faça jus a tudo o que recebeu, nos dando - ele e sua equipe – um governo probo, decente, criativo, cheio de conquistas e avanços. Estamos com muita esperança, Coronel! Transforme essa esperança toda em muitas coisas boas para todos nós, rondonienses! (Sérgio Pires).

Perguntinha

Você considera que com a equipe que já anunciou, Marcos Rocha pode realizar um governo e melhorar a vida de todos nós, rondonienses?

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