Forrageiras favorecem a produção de leite e a conservação do solo
A Embrapa e a Emater trabalham juntas em busca do desenvolvimento da pecuária leiteira no Rio Grande do Sul. Essa parceria visa levar ao produtor tecnologias de fornecimento de alimento em pasto o ano todo, com redução de custos e manutenção da quantidade e qualidade do leite. Estas tecnologias são opções de forrageiras dentro de um planejamento, denominado "planejamento forrageiro", que busca alternativas de cultivo de forragens no inverno e no verão.
A parceria entre Embrapa e a Emater funciona com a implantação, condução e avaliação de Unidades de Referências Tecnológicas (URTs), usando cultivares da Embrapa, conduzidas em áreas de produtores de leite e acompanhadas pelos assistentes técnicos da Emater. Ao final de cada ciclo (verão e inverno), são realizados dias de campo nessas áreas, para que outros produtores possam conhecer e discutir os resultados da URT da região. Em média, são realizados dois dias de campo por regional da Emater.
Em 26 de abril, foi realizado um Dia de Campo, no município de Rondinha-RS, noroeste do Rio Grande do Sul, na comunidade Santa Lúcia, com 115 participantes entre agricultores, representantes de agências de financiamento e prefeitura. O evento foi promovido pela Emater Ascar-RS - Regional de Frederico Westphalen e contou com a participação da pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo, Jane Rodrigues de Assis Machado.
Segundo Jane, a atividade leiteira no Rio Grande do Sul tem se desenvolvido muito, abrangendo a maioria dos municípios gaúchos e, por isso, as forrageiras de verão estão se consolidando como alternativa rentável para essa atividade. "As forrageiras de verão são uma excelente alternativa para períodos chamados de 'vazio outonal e vazio primaveril', quando o agricultor não tem pasto suficiente e a qualidade da forragem de inverno está caindo. As culturas mais indicadas são: o sorgo corte e pastejo, o milheto e o capim sudão e, como alternativa para silagem, o sorgo silageiro", afirma.
Nas palestras foram apresentadas as características de cada uma das forrageiras de verão, a implantação e o manejo correto de utilização: sorgo corte e pastejo BRS 802 e BRS 810, milhetoBRS 1503, capim sudão BRS Estribo e sorgo silageiro BRS 655.
A pesquisadora ressalta que além do uso como forrageiras, o sorgo e o milheto têm-se mostrado como opção importante na conservação do solo. "Em razão da grande diversidade dos solos gaúchos, há necessidade de intensificação do sistema de plantio. O sorgo e o milheto são importantes culturas para melhorar o solo e fornecer palha para o sistema, contribuindo para a proteção do solo, nos períodos em que não se cultivam grãos e cereais como a soja, o milho e o trigo", afirma Jane Machado.
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