Rondônia, 25 de novembro de 2024
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Grupo prepara “cama de gato” para o PP de Jaqueline Cassol, mas “italiana” põe faca no pescoço de Ciro Nogueira

Preocupada com uma possível cilada política, a deputada federal Jaqueline Cassol não mandou recado e foi direto ao ministro Ciro Nogueira, o mandachuva do Partido Progressista, logo após uma cerimônia no Palácio do Planalto, e perguntou se havia alguma gestão alheia para empurrar algum “figurão” goela abaixo em Rondônia, dando o comando e poderes para as eleições de 2022. O ministro foi lacônico:

“Sim. Mas expliquei que a situação do PP em Rondônia é delicada e é necessária uma composição”.

Aliviada, a parlamentar garantiu ao ministro que o presidente Jair Bolsonaro terá palanque em Rondônia e que seu irmão, Ivo Cassol, disputa o Governo no próximo ano.

De fato, um grupo político com nomes de peso para Câmara Federal esteve sondado o PP, agremiação que deve abrigar o presidente Bolsonaro. A ideia do “fura olho” era apresentar de três a quatro nomes de pré-candidatos a deputado federal com boa densidade de votos na região do Vale do Jamari, região de Ji-Paraná e na Zona da Mata, além de um nome de peso ao Palácio Rio Madeira. Mas como a política é igual a nuvem, como dizia Magalhães Pinto, o PP de Jaqueline precisa ficar atento, pois as forças que estão movendo as peças do xadrez em Brasília são poderosas e mantém estreitos laços com gente graúda do Palácio do Planalto.

Jaqueline Cassol anunciou sua pré-candidatura ao Senado ao lado irmão, Ivo Cassol, como futuro candidato a governador. Entretanto, o cenário pode mudar, dependendo da situação jurídica do ex-senador Cassol. Uma corrente política tenta amarrar um acordo entre Cassol e o deputado federal Léo Moraes (Podemos). Nesse caso, o ex-senador sairia do contexto, abrindo a vaga para o parlamentar, que não esconde o desejo de liderar uma chapa competitiva, carregando Jaqueline ao Senado. Nessa contabilidade, é importante os líderes partidários levarem em consideração a possível candidatura do ex-juiz Sérgio Moro pelo Podemos, inviabilizando qualquer projeto com o PP, cuja legenda deve abrigar Bolsonaro, hoje ao lado de Lula, outro rival do líder “lavajatista”. Por enquanto, as conversas estão sendo travadas a portas fechadas em Brasília. Mas brevemente saberemos o resultado.

Twitter: @_gersoncosta

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