Marcos Rocha sonha com Marcos Rogério fora do páreo e Ieda Chaves como vice
Prócere do poderoso União Brasil, criado a partir da fusão do DEM e PSL, o governador Marcos Rocha está consolidando o projeto de reeleição ao trazer para o lado governista prefeitos, vereadores e lideranças. Seus emissários estão com acordo praticamente fechado com a família Cassol, cuja decisão final depende do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e algumas consultas jurídicas para saber qual a verdadeira situação do ex-senador Ivo Cassol. Na área administrativa, o Governo abriu licitação garantindo mais de R$ 100 milhões em asfaltamento nas principais cidades de Rondônia com ênfase a Porto Velho, formalizou parcerias com os municípios para arrumar as estradas vicinais, bateu martelo na construção do novo hospital de urgência e emergência, entre outras ações.
Tudo parece correr bem para o projeto de reeleição, mas o sonho do governador e seus aliados é ter a primeira-dama de Porto Velho, Ieda Chaves, como sua vice na futura chapa, e tirar fora da disputa o senador Marcos Rogério, filiado desde dezembro ao PL. Pelas conversas e a postura do parlamentar, a segunda parte do sonho de Rocha está se concretizando. Marcos Rogério deve ser nomeado líder do Governo Bolsonaro no Senado e, em abril, será convidado para uma vaga em um ministério. A aliados, o senador disse que não quer ser uma espécie de “Amir Lando”, mas um ministro com uma pasta recheada de recursos para fazer a diferença em Rondônia. Confirmado ministro, Marcos Rogério honra seu compromisso com o suplente, Samuel Araújo, apelidado pela “Veja” de “Rei dos Precatórios”, acumula ainda mais fama nacional e, caso Bolsonaro perca as eleições, volta ao Senado como líder da oposição.
Sonho distante…
Por outro lado, a primeira parte do sonho do governador é mais complexa. Ieda Chaves prioriza as questões humanitárias; é ativista do direito das minorias, luta pela igualdade das mulheres em todo contexto social, faz campanha para os carentes e ajuda na proteção dos animais domésticos. Já Marcos Rocha é fã do presidente Jair Bolsonaro, avesso a todas as lutas pelas quais a primeira-dama de Porto Velho tem empunhado sua bandeira. Ademais, em que pese alguns a subestimarem, inclusive do seu círculo mais próximo, Ieda, caso queira, está preparada para encabeçar uma campanha majoritária. Acumula conhecimento técnico, tem boas ideias, soma experiência em gestão e conhece os problemas de Porto Velho e do interior de Rondônia, onde iniciou sua carreira acadêmica e empresarial. Mas é preciso querer concorrer. Marcos Rocha quer; Marcos Rogério está indeciso; e Ieda depende de alguns fatores afetos a sua vida pública. Por enquanto, o leitor terá que aguardar o desfecho do imbróglio.
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