Rondônia, 23 de dezembro de 2024
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Mariana e Hildon, as vítimas...

As Fake News e as notícias com meias verdades continuam dominando as redes sociais. Uma delas atingiu em cheio a deputada federal Mariana Carvalho, uma das principais parceiras de Porto Velho, em termos de emendas que encaminhou por seu trabalho na Câmara Federal. A boataria a colocaria como extremamente magoada com a Capital, por não ter repetido sua votação. Algo absurdo, completamente fora de propósito, que qualquer pessoa com um mínimo de informação saberia que é uma grande bobagem. Outra, envolve o prefeito Hildon Chaves, que está na Espanha como convidado de uma entidade nacional de Prefeitos (e às custas dela, sem ônus, portanto para o município), onde foi conhecer projetos de transporte coletivo e de mobilização urbana. No caso do prefeito, não houve preocupação de se buscar informação correta. Houve ainda comentários inacreditáveis, como um que protestava contra a morte de um bebê numa UPA, “enquanto o Prefeito viaja para a Espanha”, como se ele estivesse aqui, poderia impedir o triste fato. Uma pena que esse tipo de coisa ainda se fique sabendo pelas Fake News e por comentários sem pé nem cabeça, mas que há ainda gente que acredita. Lamentável!

Há escravos e há escravos, dependendo apenas de quem os escraviza!

Os números são de julho passado: desde 2013, quando os primeiros profissionais chegaram ao Estado, o programa Mais Médicos atendeu 1 milhão de pessoas, através dos 301 profissionais. Os números são oficiais e divulgados pelo Ministério da Saúde. Em todo o país, o programa já tinha atendido 60 milhões de brasileiros em mais de quatro mil cidades. Segundo a Sesau, pelo menos 80 por cento das cidades rondonienses são atendidas por médicos cubanos, além de muitos profissionais brasileiros. Ou seja, em cinco anos atuando por aqui, o Mais Médicos cuidou da saúde de uma média de 200 mil pacientes/ano, principalmente nas regiões mais distantes, onde antes não havia qualquer tipo de assistência à população, ainda mais aquela mais pobre. Agora, tanto Rondônia quanto o Brasil vão ficar sem parte importante desse programa social, com o anúncio do governo de Cuba em retirar todos os milhares de médicos que aqui atuam, por não concordar com as exigências de Jair Bolsonaro, que quer que os profissionais revalidem seus diplomas; que exige que todos os salários sejam pagos diretamente aos médicos e não mais ao governo cubano e que os que atuam no Brasil tenham direito a trazer para cá suas famílias, se assim o quiserem. Como comunista adora dinheiro (do suor dos outros!), é claro que os cubanos não toparam! Acusam Bolsonaro de questionar a preparação dos mais de 8.400 médicos cubanos (o que é apenas conversa fiada), e de “ter dito que mudaria os termos do programa”. Aí sim é verdade, porque o governo comunista não receberia mais nenhum tostão do trabalho escravo a que submetem seus médicos, já que dos cerca de 10 mil reais que eles ganham pelo contrato, ficam com apenas 2 mil, enquanto os outros 8 mil restantes vão para os cofres da ditadura.

“Condicionamos à continuidade do Mais Médicos à aplicação do teste de capacidade; salário integral aos profissionais cubanos e liberdade para trazerem suas famílias. Essas condições, infelizmente, o governo cubano não aceitou”, escreveu Bolsonaro nas redes sociais. Tem que ser imediata a reposição dos médicos que vão embora, para serem explorados em outro país, aliado à Cuba. Por aqui, temos que contratar outros tantos, pagando a eles o mesmo salário que pagaríamos aos cubanos, para que o atendimento em regiões mais distantes não seja interrompido. É mais um desafio ao novo governo. De um lado, vamos perder muito. De outro, não vamos mais sermos cúmplices da escravidão humana, porque, para esses médicos que trabalham duro e são tratados a pão e água por seu governo, só restavam algumas migalhas. Estranho que nossa Justiça do Trabalho, que considera algo análogo à escravidão um trabalhador que durma num local insalubre, tenha fechado os olhos, todos esses anos, para essa vergonha que nossos governos, até aqui, aceitaram passivamente. Deduz-se, então, que para a Justiça Trabalhista, há escravos e há escravos, dependendo de quem os escraviza.

Daniel Pereira assume o Sebrae

Como a coluna publicou em primeira mão, nessa semana, o governador Daniel Pereira será o novo superintendente do Sebrae em Rondônia, a partir de janeiro do ano que vem e poucas semanas depois que ele deixar o comando do Estado. Ele é candidato único ao cargo, já que o atual gestor, o economista Waldemar Camata Júnior, não vai participar da disputa, segundo informações vindas dos bastidores e que envolvem a sucessão no órgão de apoio às pequenas empresas do Estado. A eleição envolve a votação para quatro cargos. Uma, do superintendente, que já está resolvida com a candidatura única do atual Governador rondoniense. A outra envolve a presidência do Conselho de Administração do Sebrae. Dois nomes estão na disputa: o do presidente da Fecomércio, Raniery Coelho e o do presidente da Fetagro, Hélio Dias. Também estão em disputa duas diretorias, a administrativa e a financeira. A eleição tem apenas 13 votos e será realizada nesta próxima terça-feira, dia 20.

Só 656 milhões para investimentos

Oito por cento. Esse é o percentual do orçamento aprovado para o Estado em 2019, de 8 bilhões e 200 milhões de reais, que o novo Governador terá para investimentos. Todos os demais 92 por cento (7 bilhões 544 milhões) já estão comprometidos com o pagamento do funcionalismo, com as leis sociais, com empréstimos e dívidas que ainda estão sendo pagas, como a do extinto Beron e novas com os precatórios, que até 2024, pelos cálculos atuais, podem atingir nada menos do que 1 bilhão e 400 milhões de reais. São apenas 656 milhões para investir em todas as dezenas de obras, projetos e iniciativas necessárias para melhorar a vida do rondoniense. O governador eleito Marcos Rocha terá não só que apertar os cintos, como ainda diminuir significativamente os gastos, para que consiga fazer o milagre de realizar muito com o pouco. Ele já anunciou sua intenção de diminuir o tamanho do Estado, incluindo a redução de secretarias e outros organismos, além de cortar também outros gastos com comissionados e uma série de medidas que visam fazer sobrar um pouco mais de dinheiro para poder investir. O quebra cabeças é imenso e o Coronel Rocha já avisou que vai mexer em muita coisa. Não disse ainda nem onde e nem como vai fazer. Mas se cortar ao menos um pouco a gordura que ainda existe o Estado, já será meio caminho andado.

PSL continua com seus eleitos

Não muda nada...Decisões do TSE não acataram recursos que poderiam modificar a composição da Assembleia Legislativa e da bancada federal de Rondônia, já que havia processos contra o PSL, por exemplo, que teria composto sua nominata sem a participação do percentual de 30 por cento exigido de mulheres. Portanto, tanto o deputado federal Coronel Crisóstomo quanto o estadual, o Sargento Eyder Brasil, eleitos pelo partido do novo governador Marcos Rocha, tiveram suas eleições confirmadas. De fato e de Direito. No caso da falta do número de mulheres exigido pela lei, o TSE considerou que, quando do registro das chapas, o PSL tinha cumprido todas as exigências legais. Não há mais o que questionar. Já as candidaturas a deputado federal do Padre Ton (PT) e de Melki Donadon (PDT), que haviam sido impugnadas pelo TRE rondoniense, foram mantidas pelo órgão superior, ou seja, os votos que ambos conquistaram não foram validados. O caso da ex senadora Fátima Cleide (PT) ainda não foi julgado. Ela teve sua candidatura impugnada em Rondônia por causa de problemas legais com um dos seus suplentes.
Os marajás das estatais

Não são 14 reais. São 14 bilhões de reais. Supondo-se a construção de um hospital na faixa de 40 milhões de reais e outros 40 milhões de custo por dez anos, 440 milhões de reais numa década. Com essa fortuna, daria para se construir 32 hospitais de pronto socorro, obviamente sem todos os equipamentos, mas semelhante ao projeto do Heuro de Porto Velho mantendo-os a todos por uma década inteira e ainda sobraria dinheiro. Pois 14 bi é o que custa aos cofres públicos brasileiros a manutenção de centenas de empresas estatais, mistas ou bancos estatizados, com milhares de cargos de apaniguados, alguns deles com salários que superam os 50 mil reais, afora outros benefícios, ou seja, salários muito acima do máximo permitido pela legislação para um servidor, que é de pouco mais de 33 mil reais. No Banco do Brasil, por exemplo, o número de cargos de direção, de gerências, de especialistas nisso e naquilo, o salário médio pode chegar a bem mais que isso, já que na maioria dos casos, há pelo menos 17 salários ao ano (o 13º e mais três premiações equivalentes a um mês de vencimentos). Por isso é que há uma grita contra as privatizações. Todos os brasileiros que não têm acesso a essa moleza são obrigados a pagar mordomias e salários absurdos, enquanto o país vive uma das suas maiores crises. Para quem vive nesse mundo dos apaniguados, é claro que não há crise, eles não querem que nada mude...

Petista: porta voz dos governadores

O Coronel Marcos Rocha foi um dos 20 governadores que se reuniram ontem com o presidente eleito Jair Bolsonaro. Ele e outros dois companheiros de partido do Presidente, do PSL (Comandante Moisés, de Santa Catarina e Antônio Denarium, do Amapá), não tomaram a dianteira das conversas. Para surpresa geral, o porta voz do grupo foi um petista, o governador eleito Wellington Dias, do Piauí, quem claro, levou uma pauta do PT para o encontro. Numa carta encaminhada a Bolsonaro, Wellington, falando em nome dos governadores do Nordeste, que não estavam presentes, afirmou que a região concentra 40,5 por cento dos casos de homicídios no Brasil, “a maioria é causada por armas de fogo”, embora não tenha citado as fontes de referência dos dados. Ora, a liberação do porte de arma é uma das principais questões defendidas pelo Presidente eleito. Surpreenda-se, então, que os demais governadores (incluindo-se aí os aliados muito próximos a Bolsonaro), não tenham protestado. Se os porta vozes das grandes questões nacionais continuarem sendo os do PT, sem contestação de parte dos aliados do novo Presidente, estamos mesmo ferrados. O governador do Piauí era o único petista no encontro.

Primeiro neto

Em meio à correria de final de governo, entre os compromissos que aumentam todos os dias, o governador Daniel Pereira deu uma parada para comemorar a chegada do primeiro neto, Enrico Pereira Martins. Ele e dona Ester são avós de primeira viagem. Enrico é filho de Shirlei Cristina Pereira e de Samuel Martins. O bebê, com menos de uma semana, já se tornou o centro das atenções da família.

Perguntinha

Você concorda com o presidente eleito Jair Bolsonaro, que não aceita mais pagar 8 mil reais por cada um dos 8.400 médicos cubanos que estão atuando no Brasil ao governo de Cuba ou acha que o contrato original deve ser mantido?



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