Maurão deixa a vida pública
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Maurão de Carvalho, deu uma boa notícia para sua família, ontem à tarde, mas, certeza, ela não é tão boa para Rondônia. Durante evento realizado no auditório do Senac, em Porto Velho, em que o homenageado principal era o governador Daniel Pereira, o parlamentar anunciou sua aposentadoria da política, depois de 27 anos ininterruptos, dedicados à causa pública. A disputa pelo Governo do Estado, onde ficou fora do segundo turno por muito pouco, foi a última de Maurão, ao menos pelo que ele disse no encontro dessa segunda-feira. Ele garantiu que não aceitará qualquer missão política, seja no Executivo ou no Legislativo e afirmou que voltará a se dedicar muito à família e, profissionalmente, às atividades empresariais. Maurão deixa seu nome na história, como um personagem importante, sério, de propósitos elogiáveis, que dedicou muito da sua vida a melhorar a vida dos outros, principalmente dos que mais precisam. Foi um presidente exemplar da Assembleia e o único, até agora, eleito e reeleito por unanimidade dos seus pares, para comandar o parlamento estadual. Caso mantenha a decisão, fará muita falta para o Estado.
Por falar em Assembleia, duas questões ainda estão pendentes. A primeira delas depende ainda de detalhes. Não se sabe ainda se o presidente Maurão vai entregar, ele mesmo, o novo prédio do parlamento, cuja obra está praticamente pronta ou se a deixará para ser inaugurada por seu sucessor. Se depender da maioria dos seus pares, a inauguração será ainda na atual legislatura, que encerra em 31 de janeiro, como último ato de um presidente que deixará sua marca para sempre, na história rondoniense, ao entregar o novo e moderno prédio. A decisão deverá ser tomada no final de dezembro ou meados de janeiro. Maurão vai presidir também a solenidade de troca de comando do Estado, quando assumirá o Governo o Coronel Marcos Rocha, substituindo Daniel Pereira. A cerimônia está marcada para a manhã de 1º de janeiro, uma terça-feira, a partir das 8h30 da manhã, no Teatro Palácio das Artes. Isso se até lá o Teatro estiver liberado, já que ele funciona algum tempo e logo em seguida é interditado, como está agora. A outra é sobre a disputa da presidência da Casa para o próximo mandato. Da porta para fora, o assunto praticamente não existe. Mas nos bastidores, o assunto fervilha. E vai continuar fervendo até fevereiro. Afora a composição do novo governo rondoniense, com os nomes ainda longe de serem anunciados, são as notícias vindas da Assembleia, que tem se tornado muito importantes nesses dias de transição.
Novo Governo: quatro nomes certos
Os nomes da futura equipe de governo de Marcos Rocha ainda estão longe se serem oficialmente anunciados. Uma fonte muito próxima ao futuro governante já informou que ele deve comunicar os nomes do seu time no próximo dia 18 de dezembro, mesma data, aliás, da diplomação dos eleitos, num grande evento programado para o auditório da Unopar, na avenida Rio de Janeiro. Mas quem apostar em pelo menos quatro nomes, pode até ganhar uma graninha. Elias Resende de Oliveira é pule de dez, na linguagem do turfe. Ele estará no primeiro time do Coronel, embora ainda não se saiba em que posição. Para a Agricultura, só se não quiser, Evandro Padovani, que foi secretário de Confúcio Moura, era do MDB e concorreu a deputado federal pelo PSL (fez 26.856 votos), não assumirá o posto. O terceiro deste quarteto é o jovem empresário Júnior Gonçalves. Ele é hoje, na equipe de transição, o responsável pela agenda de Marcos Rocha. É publicitário, mas já anunciou, inclusive publicamente, que não aceitaria assumir a área de Comunicação do novo Governo. Nos quartéis e proibido falar em apostas, mas pode-se dizer que há uma torcida forte para que o comando da PM permaneça nas mãos do coronel Mauro Ronaldo Flôres Corrêa. O próprio futuro Governador já teria confirmado a nomeação, entre os mais próximos. Em duas áreas nevrálgicas, Rocha tem alguns nomes, mas ainda não decidiu. Para a Sefin, há pelo menos dois nomes na disputa, ambos técnicos e servidores estáveis do Estado. A dificuldade maior, contudo, é em relação à Sedam, envolvida em escândalos e com vários servidores presos ou afastados. Até agora, dos nomes sondados, nenhum deles teria o perfil perfeito que o novo Governador pretende na sua equipe.
O grande susto de Léo Moraes
Claro que é bom ser político, ainda mais cheio de votos. Claro que é bom ganhar eleição, seja para o que for. Até para síndico. Mas há o outro lado da moeda, que essa coluna já comentou em outras oportunidades. Político bom, esforçado, que anda para todos os lados, tanto antes quanto depois das eleições, corre também muitos ricos. Ainda mais os de Rondônia, que andam pela famosa Rodovia da Morte todos os dias, indo e vindo andando por todas as cidades, mantendo contatos com a população, ouvindo suas reivindicações e até agradecendo a votação que recebeu. Eduardo Valverde, atuante deputado federal e nome inesquecível foi um dos que perdeu a vida na BR 364, num acidente terrível, daqueles que se tem notícia todos os dias, em que vidas são levadas em colisões que sucedem. Nesse final de semana, por pouco o jovem deputado federal recém-eleito, Léo Moraes, não foi mais uma vítima fatal. Uma pessoa que se envolveu na colisão de três carros ficou gravemente ferida. Léo teve muita sorte. Certamente a experiência do grande risco de morte que ele correu, servirá para que, em seu mandato, a tenebrosa situação da 364 faça parte importante da pauta. Léo sobreviveu, felizmente. Mas há dezenas de outras vidas que se perderam para sempre. Quando a nossa principal BR será duplicada?
Estrutura metálica para a ponte
Indignado com o anúncio de que a ponte sobre o Riozinho, na BR 364, em Pimenta Bueno levara até meses para ser consertada e que, durante todo esse tempo, o trânsito pesado será desviado, o empresário César Cassol, um dos maiores empreendedores do Estado, foi pedir apoio ao vice governador eleito, Zé Jodan, que é da sua cidade, Rolim de Moura. César, Jodan e uma comitiva de convidados foi até o local da obra, quando o empresário pediu ao futuro vice que interceda junto às autoridades federais para que o problema seja resolvido de imediato. Durante a visita, Cassol explicou que há soluções técnicas relativamente fáceis e rápidas de serem utilizadas, para que a ponte seja logo liberada ao tráfego, normalizada a ligação do extremo sul com o restante do Estado, através da sua principal rodovia. César Cassol afirmou, do alto da sua experiência como construtor de pontes e pequenas hidrelétricas, entre outras Obras, é que uma forma rápida e fácil de resolver o problema, seria a utilização e uma estrutura metálica, hoje utilizada no mundo inteiro, Jodan lembrou que o assunto já foi tratado em Brasília, com o Dnit e que há necessidade de solução urgente, porque as estradas estaduais, utilizadas no desvio do trânsito, não suportarão o trânsito pesado, nesse período de chuvas. O assunto da ponte do Riozinho já está na pauta do novo Governo do Estado, que assume daqui a 36 dias.
Jesualdo e as contas aprovadas
“Minhas contas referentes a 2017 foram aprovadas por unanimidade, sem ressalvas e com elogios pelo Tribunal de Contas do Estado. Fico feliz em ver todas minhas contas aprovadas no período que fui prefeito municipal de Ji-Paraná!” Jesualdo Pires, ex comandante da segunda maior cidade de Rondônia, que deixou o cargo para disputar uma cadeira ao Senado neste ano (ficou em quarto lugar, numa campanha solitária e sem dinheiro, conseguindo mais de 195 mil votos), comemorou a decisão do TCE, que durante todo o seu mandato e meio, considerou todas as contas dele como totalmente regulares. Um dos nomes mais respeitados da política rondoniense, esse engenheiro que fez sua carreira profissional e política em nosso Estado, onde está há décadas, ainda não decidiu seu futuro. O que tem se ouvido na cidade é que a família Pires estará representada na disputa pela Prefeitura em 2020, porque a esposa de Jesualdo, dona Lilian Pires, tem sido constantemente sondada por várias lideranças para que aceite o desafio. Jesualdo não pode disputar a Prefeitura, porque foi eleito e reeleito. Mas sua esposa estaria disposta a aceitar o desafio.
As auditorias e o pânico generalizado
Auditoria no BNDES. Auditoria no programa Bolsa Família. Auditoria na Petrobras e todas as suas subsidiárias. Ampla auditoria nos investimentos autorizados a dezenas de artistas que encheram os bolsos recebendo recursos da Lei Roaunet e, ao mesmo tempo, cobrando ingressos por seus shows. Auditoria total e detalhada em relação programa Mais Médicos, envolvendo os cubanos que viveram em cativeiro no Brasil, enquanto a ditadura cubana levava bilhões de reais para seus cofres e, na senzala, seus médicos recebiam migalhas. Profunda investigação no dinheiro público distribuído fartamente para entidades criminosas e sob suspeita de atos terroristas, como o MST e o MTST. Auditoria nas verbas públicas gastas com entidades a serviço do PT, como a Central Única dos Trabalhadores, que sem a grana oficial está, hoje, literalmente quebrada e prestes a fechar suas portas. E isso é apenas um começo. E é por isso e muito mais que tem gente desesperada, apavorada, em estado de pânico com a aproximação do 1º de janeiro, Jair Bolsonaro e sua gestão higienizadora, pronta para limpar a podridão implantada nesse país, estão chegando.
Garçon de olho em 2022
Tem político que está de olho em cargos, disputas de toda a ordem, projetos de curto prazo. São poucos os políticos que decidem se aposentar da vida pública, como anunciou que vai fazer o deputado Maurão de Carvalho. Há aqueles que adoram a política e dela não conseguem sair, fazendo projetos de longo prazo, de forma a não se afastar da vida e da paixão que encontraram pelo caminho. Um desses personagens é o deputado Lindomar Garçon, duas vezes prefeito de Candeias do Jamari e duas vezes deputado federal. Ele não conseguiu nova reeleição, mas já tem projeto preparado: daqui a quatro anos, vai novamente disputar uma cadeira na Câmara Federal. Claro que nesses quatro anos que virão, sem mandato, Garçon terá outras missões. Mas seu alvo principal já está desenhado desde agora. Dia 31 de dezembro ele encerra um mandato bastante produtivo e no dia seguinte começa a trabalhar para a eleição de 2022. O cara tem talento, votos e gosta mesmo da política!!
Perguntinha
Com mais uma denúncia de que recebeu 1 milhão de reais em propina do governo da Guiné Equatorial, você conseguiu decorar em quantos processos o ex presidente Lula está se transformando em réu?
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