Melki esquenta os bastidores da política com provável filiação ao PSB
Clã Donadon
Ex-prefeito Melki Donadon deixou as fileiras do PMDB e estava acertando na tarde desta segunda-feira a filiação no PSB do deputado federal Mauro Nazif. Melki enfrenta resistências porque estaria pressionando os socialistas a garantir uma vaga nas eleições majoritárias em 2010. E não seria de candidato a vice, mas uma possível candidatura ao Senado. “Se for para ser soldado do partido nós aceitamos perfeitamente, mas do contrário...”, disse uma importante liderança do PSB, o que reflete o sentimento dos membros da legenda sobre o passe de Donadon.
Casa da mãe Joana
Sobre o PMDB, o clã Donadon sempre considerou a legenda como a verdadeira casa da mãe Joana. Na época do ex-senador Amir Lando, Melki trocou o partido pelo PSC para ser candidato a governador. Novamente, ele deixa os peemedebistas porque diz que não há espaço para seu projeto político. Na realidade, segundo explica José Luiz Lenzi, eterno secretário-geral do PMDB, Melki busca sobrevivência para o clã, já que Marcos e Natan saem para a reeleição à Assembléia Legislativa e Câmara dos Deputados.
Fúria
Nos bastidores, Melki tratou de espalhar a notícia de que estaria sendo sondado pelo senador Expedito Junior (PSDB) para fazer dobradinha na futura candidatura ao Governo de Rondônia. A informação deixou o governador Ivo Cassol (PP) muito irritado porque o chefe do Executivo também tinha planos para Melki dentro da legenda pepista.
Barrados no baile
Na semana passada, Natan Donadon e o ex-senador Amir Lando tentaram tomar o PR e o PSDB. O primeiro falou com o presidente nacional do PR, Waldemar da Costa Neto, pedindo para ficar com o controle da legenda, após a saída do senador Expedito Junior, mas foi barrado porque o parlamentar acertou a presidência para o prefeito Laerte Gomes. O ex-senador Amir Lando foi “apresentado” pelo senador Valdir Raupp ao presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), como “homem honesto e bom de voto” que estava disposto a levar os tucanos a vitória em Rondônia. Recebeu um sonoro não como resposta. “Já fomos uma vez com o Amir e perdemos. O homem é ruim de voto”, teria dito Sérgio Guerra jogando um balde de água fria nos planos de Raupp.
Guilhotina do PV
É certa a representação do Partido Verde pedindo o mandato do deputado estadual Miguel Sena recém filiado ao PSDB. O presidente regional dos verdes, Antenor da Citathi, teve uma arranca-rabo com Miguel e jurou que ele não seria candidato a reeleição pelo PV. A troca de “afagos” gerou um descontentamento no parlamentar que tentou tirar Antenor da superintendência do IPEM, plano frustrado pelo governador Cassol, que assegurou o PV no arco de aliança da futura candidatura do vice-governador João Cahulla (PPS).
Fica no PPS
O vice-governador João Cahulla permanece no PPS. A informação é do deputado federal e presidente regional da legenda, Moreira Mendes, que vê com bons olhos a pré-candidatura de Cahulla ao Governo de Rondônia. Mas como Moreira busca sobrevivência política através de uma boa aliança para concorrer novamente ao cargo, o PPS está aberto ao diálogo, inclusive com PSDB e DEM, que apostam as fichas no senador Expedito Junior.
Novas filiações
Presidente da Aspro, João do Vale Neto (Porto Velho), trocou o PMDB pelo PSDB. O ex-prefeito Adão Ninke (Theobroma) reforçou os quadros do PR, a exemplo da ex-secretária Sandra Melo (Vilhena); o ex-prefeito Carlinhos Camurça também deixou o PMDB pelo PP a convite do governador Ivo Cassol (PP); Beto Moura (Rolim de Moura) estuda seriamente ingresso no PR. E o empresário Miranda da Mirandex assinou ficha no PP. Outras novas definições devem ser divulgadas nas próximas semanas.
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