Rondônia, 15 de novembro de 2024
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Na Boca do Povo - Por Walmir Miranda

CRIMINALIDADE (1)



Esta é uma realidade cruel e apavorante. Em algumas cidades os bandidos estão “mandando” e impondo “toques de recolher”. Tanto isso é verdade que, a partir de determinados horários em muitas partes do Brasil a polícia não entra. E quando o faz é sob enorme aparato bélico, além de grandes contingentes de policiais super armados. Ainda assim, são enfrentados à bala pelos marginais que pouco ou nada têm a perder, e que se acostumaram a viver à margem da Lei.

CRIMINALIDADE (2)

Esta é uma realidade cruel e apavorante. Em algumas cidades os bandidos estão “mandando” e impondo “toques de recolher”. Tanto isso é verdade que, a partir de determinados horários em muitas partes do Brasil a polícia não entra. E quando o faz é sob enorme aparato bélico, além de grandes contingentes de policiais super armados. Ainda assim, são enfrentados à bala pelos marginais que pouco ou nada têm a perder, e que se acostumaram a viver à margem da Lei.

CRIMINALIDADE (3)

Dessa forma está na “ordem do dia”: seqüestros, assassinatos, roubos, narcotráfico, estupros, prostituição, corrupção, pedofilia, roubalheira do dinheiro público e o “escambao”. As manchetes da imprensa trazem isso com dados simplesmente aterrorizantes para os cidadãos de bem.
É contra essa realidade escabrosa que os cidadãos honestos e trabalhadores têm de lutar, todos os dias, sob a proteção de Deus. E da sorte, também. Sobre modo, para não serem atingidos por balas perdidas nos confrontos entre bandidos e a própria polícia.

Por tudo isso, em que pese o enorme esforço das corporações de segurança pública, a que se admitir que a criminalidade longe de ser extirpada do seio da sociedade, está crescendo mais e mais, a cada dia que passa. Os estabelecimentos prisionais estão abarrotados de marginais de maior ou menor grau de periculosidade.

CRIMINALIDADE (4)

Assim, o inverso da ordem social está crescendo a olhos vistos.

De um lado a sociedade acuada pela sanha animalesca dos criminosos. Do outro, as polícias, com os seus “eternos” problemas (baixos salários, pequenos contingentes, falta de treinamentos especializados, melhores e mais modernos armamentos e equipamentos, número reduzido de viaturas adequadas às operações de combate aos marginais, aquartelamentos mais dignos (uns parecem verdadeiros pardieiros), melhor alimentação e também cursos que lhes possibilitem subir na escala hierárquica funcional), etc.

CRIMINALIDADE (5)

Portanto, o que os cidadãos de bem têm de fazer é rezar e ter muita fé em Deus, para que não venham a ser vítimas das bestialidades dos bandidos (maiores ou menores de idade).
E por falar nisso, desde a implantação do “ECA” – Estatuto da Criança e do Adolescente, a criminalidade entre os menores (masculinos e femininos) triplicou em todo o Brasil.
Os menores passaram a ser “utilizados” pelos “bandidos veteranos” com uma constância assustadora.

Dessa forma, meninos e meninas passaram a se transformar em verdadeiros monstros. Praticam atrocidades de toda ordem contra a população e, quando são detidos pela polícia, logo voltam às ruas para delinqüir de forma mais violenta ainda. Sobre modo contra suas famílias e no submundo do consumo de drogas alucinógenas. Muitos após se viciarem se tornam assassinos e seqüestradores frios e sanguinários, sob a “capa” de que são inexperientes e, portanto, suscetíveis às múltiplas práticas delituosas que o “próprio mundo” lhes oferece. Isso é uma deslavada mentira.

Porém, tem especialistas no assunto que dizem o contrário. São os apologistas de que “lugar de criança ou adolescente é na escola ou brincando”. E aí dá no que dá. As crianças e os adolescentes não estão mais respeitando nem pai e mãe, ou muito menos a terceiros. A contribuição maior para isso vem, sem sombra de dúvida, das “engenhocas” televisivas.
É só ver como meninas e meninos de 8 a 10 anos tratam seus pais, principalmente, como se trajam e se expressam (as gírias estão em primeiríssimo plano). Carinho, respeito aos mais velhos, religiosidade e sentimento de solidariedade humana vão para o cesto de lixo. Aí vem a prevalência da indisciplina para com tudo e para com todos, indistintamente.
Verdade ou não?

Mas ainda assim, tem gente os tratando como “anjinhos” e “santinhos do pau oco”.

O correto seria que essas “bestas feras” ficassem enjauladas por grandes temporadas. E mais: que os mais velhos, quando nas cadeias/prisões, tivessem de produzir a própria comia que consumissem. Mais: tivessem de estudar e aprender atividades profissionalizantes. Deveriam ser mantidos ocupados por pelo menos 12 horas, todos os dias.

Talvez assim, quando saíssem das “detenções ou setores considerados ressocializantes” voltassem a ter respeito por suas próprias vidas e pelas de seus semelhantes.

CRIMINALIDADE (6)

Porém, o que a sociedade vê é exatamente o contrário. Nem os marginais maiores, ou muito menos os de menor idade querem se recuperar de suas práticas criminosas. Noventa por cento deles não querem mais se tornar gente honesta, decente, trabalhadora. Prefere ter a criminalidade como bandeira.

É que passaram a encontrar prazer somente nas práticas criminosas, na “forma” aparentemente fácil de ganhar dinheiro, de sonhar com uma vida regalada e confortável desrespeitando as regras da sociedade onde vivem. Como se ganhar muito dinheiro fosse coisa fácil, e ao alcance de qualquer um. Não é bem assim. Quem estuda e trabalha decentemente, sabe disso com todas as letras.

CRIMINALIDADE (7)

Diante de tamanho impasse a sociedade produtiva se pergunta: o que fazer?

A resposta é difícil. Muito difícil. Embora se possa apontar caminhos para que a criminalidade ao menos seja reduzida a níveis suportáveis.

Um deles seria o Governo reavaliar sua política de investimentos sociais para o setor penitenciário.
Investir mais em educação e profissionalização de detentos (adultos e jovens).

Acabar com certas regalias hoje oferecidas a maiores e menores de idade recolhidos às prisões.
E, também, remunerar melhor as polícias, assim como, equipa-las e dar-lhes melhor preparo profissional, vez que, não basta apenas uma farda, uma carteira de policial e uma arma na cintura para o bom exercício das atividades inerentes a essa que é uma das profissões mais sacrificadas dentre as demais.

CRIMINALIDADE (8)

Uma coisa é certa: a sociedade está vendo o que está acontecendo. E está prestes a dizer não para esse estado de “anomia” quase total que aí se encontra.
Alguém tem de fazer alguma coisa enquanto é tempo.
A sociedade não mais tolera que a polícia esteja sendo “acuada” pelos criminosos de toda laia.

Até porque, essa mesma sociedade sabe que é do seu trabalho produtivo que saem os recursos para pagamento de corporações que existem para protegê-la, e não apenas para ficar “tapando o sol com uma peneira”, passando ridículo diante do público e, por vezes, sendo acusada de não saber executar bem o papel que lhe cabe. Vide situações de seqüestros e cárceres privados que têm se multiplicado nos últimos dias por todo o País, com os marginais quase se transformando em heróis. Para ao final de seus tresloucados atos matarem suas vítimas, e depois darem uma de “arrependidos” querendo que suas bestialidades sejam perdoadas, jogando a culpa de seus desatinos no “modelo de governo” que temos.

Porém, todos sabemos que não existe melhor forma de governo do que aquela onde exista liberdade de expressão e, de ir e vir. Sobre modo, onde a democracia seja respeitada. Essas coisas estão em pleno vigor no Brasil.

CRIMINALIDADE (9)

Pior nessa história toda, onde a criminalidade está campeando de Norte a Sul e de Leste a Oeste do Brasil, é ver as corporações de segurança (Polícia Civil e Polícia Militar) se confrontando nas vias públicas, com direito a transmissões televisivas e radiofônicas ao vivo.

Esse triste exemplo deixa a população ainda mais apavorada, insegura, porque se as próprias polícias “brigam” entre si, quem é que irá defendê-la da sanha animalesca dos marginais?

É preciso considerar que, a “briga” por melhorias salariais é um direito que os policiais têm.

Mais: os governos estaduais precisam encontrar possibilidades para resolver a questão salarial das polícias.

Caso contrário os bandidos poderão se tornar “senhores absolutos” de tudo, inclusive, continuar mandando matar quem eles bem entenderem. Isso já está acontecendo em diversas partes do País, particularmente, no Rio de Janeiro, onde os bandidos continuam “deitando e rolando”. Prova disso foi o assassinato do Diretor Geral da Penitenciária de Bangu, um oficial da Polícia Militar, cuja família agora chora sua ausência. E o pessoal dos Direitos Humanos não apareceu nem no velório daquele trabalhador honesto, competente e dedicado como atesta sua vasta folha de serviços.

Outro detalhe a ser observado: se o Gabinete de um parlamentar federal tem disponibilizado R$ 95.000,00 por mês, para suas despesas, como explicar ou justificar que um Delegado de Polícia ou um Oficial da PM ganhe menos de R$ 6.000,00 de salário mensal?

Pior: como aceitar que um Soldado-PM ou um Agente de Polícia Civil ou mesmo um Agente Penitenciário ganhem menos de R$ 1.800,00 (mensais)? E que, um Cabo-PM receba menos de R$ 2.000,00 e um Sargento-PM tenha salário inferior a R$ 3.000,00?

Enquanto isso, muitos e muitos “aspones” (assessores de porra nenhuma) do serviço público recebem pelo exercício de funções gratificadas mais de R$ 2.500,00 (mensais), para não produzirem coisa alguma de bom para a população. Isso é uma vergonha.

PARADOXO IMORAL

Enquanto isso, um cidadão ou cidadã de bem tem de sobreviver com um salário mínimo mensal (miserável) de R$ 415,00 (quatrocentos e quinze reais).

Já um marginal sentenciado pela Justiça consome mais de R$ 1.000,00 (mil reais).

Detalhe paradoxalmente vergonhoso: o criminoso recebe de graça moradia, água, luz, roupas, alimentação, assistência médica, odontológica, psicológica, educacional, visita íntima, dentre outras. E quando os criminosos não são atendidos em suas exigências praticam “quebra-quebra” das dependências onde estão recolhidos. E depois, quem paga tudo é o contribuinte.

RESTA A ESPERANÇA

Apesar dessa realidade cruel é preciso acreditar no ordenamento jurídico do País.

É preciso acreditar que nem tudo está perdido.
É preciso acreditar que nos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo ainda existe gente honrada, séria, honesta, eficaz e competente. Gente que quer o bem e o melhor para a população, sobre modo, para o País.

É preciso acreditar, portanto, que nem todos os governantes são safados e ladrões do dinheiro público. Quem nem todos os magistrados se deixaram corromper. Que nem todos os políticos são “sanguessugas” do erário público.

É preciso acreditar, ainda que ao peso de lágrimas, que as nossas polícias têm jeito e podem, sim, vencer a luta contra a criminalidade, principalmente, se a população e as forças vivas da sociedade colaborarem com as suas atividades, denunciando e ajudando a localizar os criminosos onde quer que eles estejam.

É preciso acreditar que, a pior vida é melhor que a morte. É o que diz o adágio popular.

É preciso acreditar, também, que é melhor “escapar fedorento” do que “morrer cheiroso”. (Meditem sobre esse trocadilho).
Porém, que as nossas autoridades revejam conceitos. Sobre modo reanalisem as políticas públicas de inclusão social que aí estão.

Que se pare com esse “besteirol” de ficar dando dinheiro, gratuitamente, para quem não produz nada, a não ser um monte de filhos sem muitas perspectivas de vida, e depois passam o resto do dia tomando cachaça esperando a noite chegar, para ir delinqüir contra as pessoas de bem. E por que disso?

Porque é uma grande mentira se querer admitir que, com menos de um salário mínimo, por mês, alguém possa se sustentar ou sustentar uma família de forma séria e digna.
Cremos que a “mensagem” está fácil de ser assimilada.
Mas para os que preferirem ignora-la, paciência. Ninguém é perfeito.

E Jesus Cristo por ter sido perfeito ganhou uma imensa e pesada cruz de madeira nas costas, uma coroa de espinho na cabeça, cravos nas mãos e nos pés, além de uma perfuração de lança à altura do peito. Não foi só isso, não. Os vilões daquela fase triste da história da humanidade ainda praticaram “jogo de azar” sobre sua túnica (Manto Sagrado), enquanto em sua agonia o Cristo Deus via sua vida física se esvair, ladeado por dois malfeitores. Apenas um dele mostrou arrependimento. O outro preferiu a blasfêmia.
Jesus Cristo passou todo aquele sofrimento, segundo dizem as Sagradas Escrituras, para salvar a humanidade. Na eterna luta do Bem contra o mal.

Concluímos nosso trabalho pedindo sinceras desculpas por essas mal traçadas linhas, vez que, nos consideramos um modesto “aprendiz” da literatura, sempre objetivando traduzir as coisas do mundo (principalmente aquelas que ainda são muito difíceis de entender e decifrar).

Porém, estamos tentando despertar os “canais competentes” para as responsabilidades que lhes são inerentes. Afinal de contas, cremos ser esta uma das responsabilidades da imprensa, dentro das sociedades democráticas.
Apenas e tão somente isso.

ATÉ A PRÓXIMA, PREZADOS LEITORES !!!
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