Na Boca do Povo, por Walmir Miranda
MADEIRA MAMORÉ (2)
Realmente louvável a intenção da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM) em realizar atividades motivadoras à proteção do meio ambiente. Desta feita o local escolhido foi a Estação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, que é considerada como o mais importante marco histórico de Rondônia, na cidade de Porto Velho. A iniciativa, portanto, é digna de elogios.
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Entretanto, isso é muito pouco para salvar do ostracismo, da omissão e do abandono, por parte do poder público, locais importantes como a ex-estação da lendária Madeira Mamoré, que em tempos idos interligava as cidades de Porto Velho à Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia. E dessa forma impulsionou o progresso, a habitabilidade e o desenvolvimento nas paragens inóspitas desta parte da região amazônica, quando também grassavam por aqui doenças terríveis como o impaludismo e a malária.
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Porém, o tempo passou, a ferrovia foi desativada e veio a decadência. Dezenas de Vilas que existiram antes, entre Porto Velho e Guajará Mirim tornaram-se locais desertos e seus habitantes deixados à própria sorte. Só uns poucos teimosos resolveram ficar com pouca ou nenhuma perspectiva de um bom futuro. Tais resquícios ainda podem ser encontrados ao longo dos mais de 360 quilômetros da linha do trem entre as duas cidades mencionadas.
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Depois que a Estrada de Ferro Madeira Mamoré encerrou suas atividades comerciais as duas estações existentes em Porto Velho e Guajará Mirim ficaram entregues às traças, as intempéries da natureza e desleixo do poder público. Isso durou décadas, até que ambas foram transformadas em museus.
Porém, mesmo assim, em Porto Velho, o que se viu foi o descaso e a omissão do poder público se tornarem retratos claríssimos de tremendo desrespeito aos traços históricos do próprio povo rondoniense.
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Estamos falando sobre o abandono e desprezo para com a referida estação na hoje Capital do Estado de Rondônia: Porto Velho.
A antiga estação de trem da Madeira Mamoré, galpões, vagões, máquinas, oficina e rotunda de manobras ficaram no mais completo abandono até que a sociedade começou a clamar por providências, principalmente, a Associação dos Amigos da Madeira Mamoré.
Aí, algumas coisas começaram a ser feitas para se tentar salvar e preservar o que restou da lendária ferrovia. Vieram então as promessas de investimentos para se fazer isso ou aquilo em prol da cognominada ferrovia do diabo.
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Porém há mais de 30 anos que as promessas só se materializaram no papel.
Quem for a Praça Madeira Mamoré, em Porto Velho, irá ver que a realidade existente no local contrasta com os milhões e milhões anunciados para a sua plena restauração, pelo menos até a Vila de Santo Antônio do Madeire situada a menos de 20 quilômetros da Capital pela orla do rio Madeira.
A Praça da Madeira Mamoré apesar de ser um ponto aprazível para o turismo urbano possui apenas uns botequins e uma sorveteria que funcionam os setes dias da semana, initerruptamente, além de uns poucos barquinhos que realizam passeios turísticos pelo rio Madeira a preços populares.
A higiene no local é precária, também. E parece que ninguém está muito preocupado com a situação.
O local embora freqüentado por famílias locais e por turistas que vêm de longe conhecer o que restou da ferrovia Madeira Mamoré, também se tornou ponto de prostituição em Porto Velho. Mulheres jovens e mocinhas de 13 a 16 anos de idade se oferecem para programas sexuais por até R$ 10,00... E muitas vezes até por um prato de comida.
Os vendedores, assim como os consumidores de drogas infestam o local. Daí as muitas brigas, os assaltos e mortes que ali já se registraram.
É que o policiamento ostensivo não atua de forma permanente no local.
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Atualmente, na Praça da Madeira Mamoré está em curso um projeto de restauração que está indo a passos de cágado. E concretamente o que se percebe é que, ao menos um dos galpões já estaria nas condições originais iguais as do tempo em que a Estrada de Ferro impulsionava o progresso da região.
Esse é o trabalho que está sendo comentado por transeuntes que freqüentam o local, que, diga-se de passagem, é um dos mais bonitos da Capital rondoniense.
Sobre o Projeto Beira-Rio pouco ou quase nada mais se sabe.
Parece que foram constatadas irregularidades na obra e a grana federal findou retida por imposições judiciais.
Autoridades municipais pouco ou nada falam sobre o assunto.
É uma pena, porque a população precisa ser bem informada sobre o que se passa com o projeto ou a idéia de se revitalizar a lendária Madeira Mamoré.
Aliás, perguntar não ofende: em que fase está esse trabalho, atualmente?
Qual é a empresa que o está realizando e quanto já recebeu pelo serviço até aqui efetuado?
Qual é mesmo o montante financeiro liberado para essa obra tão importante, mas que já está sendo apelidada de Babel pela população?
De onde é proveniente o dinheiro que está sendo empregado na obra?
O Estado ou a Prefeitura entraram com alguma contrapartida financeira nisso?
Com a resposta os setores competentes da administração municipal ou estadual.
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Mas um dia quem sabe, a população terá a Madeira Mamoré restaurada, com uma dinâmica turística a altura de sua importância e tradição. Quem sabe?
Um dia as promessas se tornarão realidade. Afinal de contas com as montanhas de dinheiro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que estão aportando em Rondônia tudo passará a ser diferente.
Afinal de contas sonhar não é proibido.
Sendo assim, então, continuemos sonhando... sonhando... sonhando...
RONDÔNIA: REALIDADE E PERSPECTIVAS (1)
O Estado de Rondônia possui uma população estimada em um milhão e meio de habitantes. Possui um contingente eleitoral superior a um milhão de eleitores, sendo que a cidade de Porto Velho mantém o maior colégio eleitoral com mais de 250 mil eleitores, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral. Isso equivale a quase 25% do colegiado eleitoral rondoniense, enquanto o interior com mais de 750 mil eleitores, provavelmente dará as cartas, novamente, nas eleições majoritárias de 2010, elegendo a maior parte dos deputados estaduais e federais, enquanto à eleição para senadores e, também para o governo estadual ainda permanecem como uma incógnita, face questões que estão em curso na área do Poder Judiciário, inclusive, nas altas cortes de Justiça do País.
Por enquanto, apenas o PMDB acena com a candidatura de Confúcio Moura à sucessão de Ivo Cassol (que ainda não disse abertamente que apoiará em 2010. Talvez por uma questão de estratégia, como dizem alguns especialistas em política tupiniquim).
O PT também não anunciou ainda qual será o nome que lançará ao governo estadual. Por enquanto os nomes mais cotados seriam os de Fátima Cleide (senadora) e Eduardo Valverde (deputado federal).
Já o partido Democrata, de José Bianco (prefeito de Ji-Paraná) permanece em silencio sepulcral sobre o assunto.
RONDÔNIA: REALIDADE E PERSPECTIVAS (2)
Nesse contexto não é por demais lembrar que, o advento das Hidrelétricas do Madeira, no município de Porto Velho, deverá fazer a Capital superar a casa dos 500 mil habitantes nos próximos cinco anos. Isso, inclusive, poderia fazer com que a Capital de Rondônia superasse a casa dos 300 mil eleitores brevemente. Se essa perspectiva se confirmar, Porto Velho, em termos de contingente eleitoral também poderá superar capitais tradicionais como Vitória (ES) e Florianópolis (SC).
RONDÔNIA: REALIDADE E PERSPECTIVAS (3)
Essas coisas por si só mostram o quanto o Estado de Rondônia está evoluindo.
Mais: a Capital já vive um fluxo de progresso e desenvolvimento inusitados com a chegada de grandes grupos empresariais que nela se instalaram gerando milhares de empregos e riquezas, tanto para os cofres públicos, quanto para a população em geral, com claros sinais de melhoria para a qualidade de vida de seus munícipes.
Isso se espelha através de grandes shoppings; planejamento para a construção do novo porto fluvial; Centro Político e Administrativo; incremento do Corredor de Exportação de Grãos através da Bacia Hidrográfica do Madeira; grandes pontes sobre os rios Madeira e Mamoré (na fronteira com a Bolívia); recuperação de todo o trecho da BR-319, entre Porto Velho e Manaus.
RONDÔNIA: REALIDADE E PERSPECTIVAS (4)
A que se considerar, também, o fato da Capital rondoniense ter se tornando um grande pólo universitário, com mais de dez importantes instituições de ensino superior formando milhares de novos profissionais, nas mais diferentes áreas do saber. Profissionais estes, que já disputam às vagas existentes no mercado de trabalho rondoniense, que a cada ano que passa, se torna mais competitivo.
É ante essa nova realidade que o Poder Público precisa se debruçar, para se antecipar às coisas desagradáveis que o progresso finda por trazer consigo também.
Como por exemplo: o aumento da criminalidade; a problema habitacional; o aumento da frota de veículos automotores; a prostituição; o comércio de armas e de drogas alucinógenas (face à região de fronteira com a Bolívia); os danos ambientais de toda natureza; a corrupção na seara política; a ganância de poder de alguns setores da economia estadual; além do confronto ideológico-religioso, que já existe, embora alguns tentem negá-lo.
Entretanto, todo esse contexto e as suas variáveis são fatores indispensáveis à consolidação do Estado de Rondônia nos aspectos: social, econômico e político.
CADÊ A VIGILÂNCIA SANITÁRIA ?
O problema continua e precisa ser combatido com rigor pelos canais compoetentes (municipais e estaduais).
Diversas casas noturnas (clubes, boates, dacings, pagodões, forrozões e casas de shows) continuam sem mostrar zelo para com à saúde de seus freqüentadores.
Em algumas dessas casas, setores como: banheiros, sanitários e cozinhas, estão em precárias condições de higiene, colocando em risco a saúde de seus freqüentadores que para acessá-las ainda têm de pagar preços que variam de R$ 5,00 a R$ 40,00.
Em algumas casas noturnas a urina proveniente dos banheiros chega a transbordar para dentro das áreas de circulação do público, causando um odor insuportável e nauseante.
Mas até agora a Defesa Sanitária está fingindo que nada disso está acontecendo.
Isso é uma vergonha.
MEIO AMBIENTE
Já o pessoal que atua nos órgãos de Defesa do Meio Ambiente está merecendo NOTA DEZ, por não permitir que as aparelhagens de som instaladas nas casas de diversões noturnas extrapolem na altura do som, como determina à Lei.
É que existe limite para isso, sim.
Um aparelho denominado DECIBELÍMETRO - (medidor de decibéis) -, em se tratando de emissão de sons (barulho), está sendo utilizado pelo pessoal do Meio Ambiente para multar os infratores. E, se ocorrer reincidência, o local pode até ser interditado ou fechado de vez pela Justiça.
ATÉ A PRÓXIMA, PREZADOS LEITORES !!!
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