Nas redes sociais, internauta compara Covid com Aids, e critica decreto obrigando vacinação dos servidores
O decreto da Prefeitura de Porto Velho obrigando a imunização contra a Covid entre o funcionalismo público causou um misto de revolta e elogio à postura do prefeito Hildon Chaves. Óbvio que não estamos falando de pesquisa de cunho científico, mas meramente uma observação empírica dos arroubos dos internautas nas redes sociais, meio pulsante da vida cotidiana. Ficou clara a divisão de grupos. De um lado, os apoiadores da ciência e da imunização comunitária para debelar a pandemia, e de outro os negacionistas, influenciados pelas insidiosas declarações do presidente da República desqualificando as vacinas e as medidas restritivas de prefeitos e governadores.
No Twitter, o cidadão revoltado questionou o decreto, e perguntou se o prefeito vai exigir provas do uso de camisinhas na gestão tucana. Bolsonarista, ele comparou o Coronavírus com a Aids. Perdeu-se na imaginação, confundindo “alhos com bugalhos” para criticar quem está preocupado com a saúde pública de Porto Velho. Ademais, outros apoiadores da política negacionista do Palácio do Planalto também ruminaram palavras descontextualizadas, embora seja importante ressaltar o apoio incondicional da maioria a obrigatoriedade da vacinação dos servidores públicos.
Deixando de lado as platitudes dos bolsonaristas, é preocupante o grande número de pessoas nos grupos dos chamados vacináveis que não foram em busca da primeira dose. Segundo levantamento dos jornais Rondoniagora e G1, 100 mil pessoas não atenderam ao chamado da municipalidade, causando preocupação nas autoridades sanitárias em razão da disseminação da variante Delta, que já chegou em Manaus. O temor de uma nova explosão de casos é crível e já temos referências mundo afora. A Ciência provou que o único meio para estancar a pandemia é a vacina, não importa qual laboratório fabricante.Mais medidas restritivas
Apostaria uma nota de R$ 200,00 que nunca passou pela minha mão que vem por aí mais medidas restritivas para obrigar a galera da faixa de 20 a 24 anos, a turma com maior número de ausentes no processo de imunização, a buscar a primeira dose. Para esse público, parece não importar as campanhas nos meios de comunicação sobre a importância da vacina, as estatísticas de internados em UTIs acometidos com a forma mais grave da doença, o número de mortos e a quebradeira da economia com o fechamento do comércio para evitar as aglomerações. Será preciso tomar duras medidas como na França para obrigar a tomar a vacina? Lá, só quem tomou a primeira dose ou dose única pode ir para o bar. (https://revistamenu.com.br/2021/07/13/franca-exige-vacina-para-ir-a-bares-e-17-milhao-agendam-imunizacao/). Amigos, é importante pensar no próximo. Quantas cirurgias eletivas foram canceladas ou suspensas porque não há centro intensivo disponível? A imunização, como dito acima, não é individual, mas coletiva.
Por ora, resta-nos cumprir nosso papel. Chegou sua vez, não vacile, vacine-se.
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