Rondônia, 23 de dezembro de 2024
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Ninguém do Governo anterior na gestão de Marcos Rocha

O governador eleito, Marcos Rocha, não vai chamar, para sua futura equipe, ninguém que tenha participado do governo anterior, de Confúcio Moura. Talvez haja uma exceção: o ex secretário da Agricultura, Evandro Padovani, que além de ter trocado o MDB pelo PSL, partido de Rocha, ainda é indicado pelo candidato ao Senado e parceiro de primeira hora do novo comandante do poder rondoniense, o empresário Jaime Bagattoli, de Vilhena, também cidade de Padovani. Ouve-se nos bastidores que Bagattoli poderá ter bastante influência no futuro Governo, não só pelos 212 mil votos que fez na disputa ao Senado, quase tirando a cadeira de Confúcio Moura, mas também porque foi o principal investidor financeiro na campanha vencedora. Com sua votação imensa, Bagattoli se credencia a novos voos. Há quem diga até que ele pode pensar na disputa pela Prefeitura de Vilhena. Com relação à sua equipe, Rocha deve anunciar ainda esta semana, se não houver mudança de planos, a equipe de transição. E não fala nada sobre o futuro secretariado. A não ser que qualquer nome do antigo governo está fora dos seus planos...

Não temos direito às nossas riquezas, que estão sendo levadas embora e nos deixando de bolsos vazios 

É um país rico, que poderia nadar em dinheiro, não fosse a corrupção desenfreada e a burrice, incompetência e decisões ideológicas de muitas das suas autoridades e governantes. Nossas riquezas esvaem-se entre nossos dedos, sem que o povo brasileiro, verdadeiro proprietário delas, tenha qualquer benefício. Desde Serra Pelada, um fenômeno do início dos anos 80, no Pará, que em três anos retirou da terra mais de 45 toneladas de ouro puro, com parte transformada em impostos, nada mais foi feito para que toda a Nação fosse beneficiada por tantas riquezas que nos levam, sem que tenhamos delas qualquer proveito. No rio Madeira, centenas de garimpeiros trabalham, a maioria à noite, escondida, mas muitos em plena luz do dia, com dragas e balsas, retirando uma média de 200 quilos de ouro por mês, faturando aos valores de hoje algo em torno de 29 milhões de reais (ou perto de 353 milhões de reais/ano), sem que um só centavo fique para os cofres do Estado e da União. Os boçais preferem manter seus discursos e ficar com a destruição ambiental, do que criar uma estrutura legal, controlada, com os sofres públicos sendo preenchidos com milhões e milhões em impostos, que resolveriam praticamente todos os nossos problemas. Agora, surge mais uma espécie de “Serra Pelada” no Mato Grosso, a quase 900 quilômetros de Cuiabá, com dezenas de garimpeiros (que logo serão centenas e até milhares) acorrendo para lá, já que a descoberta é de pepitas enormes, com pureza de quase 99 por cento. Muita gente vai ficar rica, mas quando for embora, depois de tirar todo o ouro que puder, restará apenas destruição e nada mais. Enquanto permanecerem as leis atuais, criadas a partir do aparelhamento ideológico do Estado, os contrabandistas e aventureiros ficarão ricos, enquanto nosso país e seu povo, donos de tudo, ficaremos de bolsos vazios.

Há um pequeno fio de esperança de que essa situação absurda e doentia acabe, a partir do governo de Jair Bolsonaro. Quem sabe ele não modificará essa besteira ideológica e passará a pensar no Brasil, permitindo a garimpagem controlada pelo Estado, para proteção do meio ambiente, com pagamento de impostos e, no caso dos índios, donos da terra onde existe a maior mina de diamantes do país (na Reserva Roosevelt, em Espigão do Oeste), com justo royalties, para permitir que eles tenham uma vida digna? Há quem afirme que só o resultado da exploração legalizada dos diamantes de Roosevelt, totalmente controlada, com rígida fiscalização, com rigoroso comando estatal, Rondônia se transformaria numa terra com um dos melhores IDH do Planeta. Mas para os ideólogos, amigos de ONGs internacionais, que apenas defendem os interesses dos seus países; para as Marinas da Silva e as instituições aparelhadas, isso não é importante. Para eles, o que interessa é manter o discurso preservacionista, enquanto os malandros levam tudo o que temos, nos deixando sem nada. Que venha o novo Brasil, também nessa questão vital para nossa economia e para nossas vidas!

Garimpeiros querem legalização

Por uma questão de Justiça, há que se dizer que os garimpeiros rondonienses querem trabalhar dentro da legalidade. Eles querem cumprir rigorosamente uma legislação de proteção ambiental e pagamento correto de todos os impostos, tributos e taxas. É bom que se diga – embora as fontes que comentam o assunto não aceitam falar publicamente – que há sim corrupção no meio. Há os que têm que pagar “por fora”, para poderem continuar trabalhando. Aliás, seria muito bom que o novo governador rondoniense, Marcos Rocha, determinasse uma investigação sobre o assunto, já que ele garantiu que, em sua administração, haverá espaço zero para a corrupção. Em vários pontos do rio Madeira, tendo que se esconder principalmente durante o dia e correndo grandes riscos ao trabalhar apenas à noite, um grande contingente de garimpeiros e seus companheiros de busca do ouro, esperam ansiosamente a legalização da sua atividade. Só em Porto Velho, se o dinheiro fosse investido aqui, pelo menos metade dos 29 milhões mensais circularia em nossa região e nas proximidades. Claro que mudar essa situação não é fácil e nem sem um alto custo. Mas não está na hora de começar a pensar diferente do que tem sido feito até agora?

PM agora tem a grana

Candidatos aprovados no concurso da Polícia Militar do Estado, andam protestando e cheios de críticas à forma como estão sendo tratados. Deveriam começar o curso de treinamento de seis meses neste mês de novembro. Muitos vieram do interior, mudaram-se para Porto Velho até com suas famílias, mas quando foram se apresentar, souberam que não tinha dinheiro para o curso, que devem cumprir antes de irem para as ruas, proteger a população. Foi um Deus nos acuda! Na terça, a Assembleia Legislativa, enfim, resolveu a questão, autorizando o Governo do Estado a fazer remanejamento orçamentário para que os mais de 2 milhões e 500 mil reais necessários para o curso de preparação, possam ser liberados. Um dos líderes do movimento na ALE foi o deputado Maurão de Carvalho, que deu duro para que a situação fosse resolvida. Destaque ainda para a atuação, no episódio, do deputado Hermínio Coelho, que, mesmo não reeleito, trabalhou muito para que a situação fosse resolvida. Agora, com a situação financeira resolvida, a preparação dos novos PMs deve começar em 10 de dezembro. Até meados de maio, eles estarão preparados e aptos para darem início ao policiamento na Capital e interior.
Rodoviária: sem planos?

O assunto foi raramente abordado durante a campanha eleitoral. O governador eleito Marcos Rocha ainda não se pronunciou sobre o assunto, depois da eleição que o colocou como o novo Governador de Rondônia. A nova Rodoviária de Porto Velho, é daquelas obras entre as mais prometidas há pelo menos duas décadas. Nunca saiu do papel. O último grande projeto foi apresentado pelo ex governador e senador eleito Confúcio Moura. Em forma de barco, o projeto da nova rodoviária é espetacular. Mas, outra vez, não passou de desenho. Quando se descobriu que a área onde se pretendia construir a rodoviária, houve não só um aumento considerável no preço, já que era um terreno particular como uma série de restrições legais, inclusive relacionadas com falta de estacionamento, no local onde o novo prédio seria construído. A partir daí, muita promessa, muita conversa fiada, muito papo jogado fora e...nada! O Governo teria repassado a obra à Prefeitura; a Prefeitura teria devolvido o pepino e, no final das contas, ninguém sabe o que vai acontecer. Espera-se que em breve o futuro Governador trate desse assunto e diga o que pretende fazer.

Laerte quer rodovias recuperadas

Reeleito com mais de 16 mil votos, a quarta maior votação em todo o Estado, o deputado tucano Laerte Gomes também está pensando na Presidência da Assembleia Legislativa. Numa longa entrevista ao programa Papo de Redação, dos Dinossauros (Rádio Parecis FM, de segunda a sexta, do meio dia às duas da tarde), Laerte agradeceu sua expressiva votação, falou sobre seus panos futuros e afirmou que, em seu segundo mandato, vai se dedicar muito ao apoio à produção rural. Laerte também destacou a péssima condição de muitas estradas estaduais, as RO, protestando contra a falta de cuidado e preservação. “Desse jeito, vamos acabar tendo alguma rodovia do nosso Estado que, mesmo com asfalto, acabe se tornando intransitável”. Ele fez um apelo ao governador eleito Marcos Rocha (que certamente o receberá através dessa coluna, da qual diz ser leitor e para onde enviou mensagem, nessa quarta, destacando o que chamou de “excelentes matérias publicadas”), para que dê atenção especial às estradas do Estado e principalmente às ROs, que estão em estado lamentável, segundo acentuou. Laerte Gomes também afirmou que há necessidade premente da diminuição do tamanho do Estado e destacou sua preocupação com as grandes dívidas de Rondônia para o ano que vem, como as do Beron e a dos precatórios.

Os efeitos colaterais das obras

Se faz, é criticado. Se não faz, mais críticas. Não é fácil agradar a população, não só em Porto Velho como na maioria das cidades brasileiras. Mas aqui ainda é pior, porque há muito o que fazer e, principalmente as grandes obras, sempre trazem efeitos colaterais, atrapalhando até o ir e vir das comunidades. É o que está acontecendo, por exemplo, na maior obra de saneamento e infra estrutura que a zona leste da Capital há recebeu, na avenida Mamoré. Interrompida há dois meses, com uma vala de grande largura e profundidade, para acabar com as alagações naquela região, o trabalho interrompeu por várias semanas o tráfego por ali. Os moradores e usuários tiveram que fazer grandes voltas para chegarem ao seu destino. O pau cantou em cima da Prefeitura, porque estava fazendo a obra. Se não estivesse, o pau cantaria do mesmo jeito. Finalmente, ao que tudo indica, ao menos parte da avenida será reaberta. Quando tudo estiver pronto, certamente toda a população vai esquecer o pouco tempo em que sofreu, porque obra enterrada não é lembrada. Nem quando acabar a alagação no local. A vida é assim mesmo. E ser administrador público não é nada mole!

PERGUNTINHA

Você concorda com a decisão do presidente eleito Jair Bolsonaro de unificar os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, que têm tido posições extremamente diferentes dentro do próprio Governo?

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