Rondônia, 22 de dezembro de 2024
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O PRIMEIRO TRIMESTRE DE BLOG E SONHOS QUE TAMBÉM PODE SER CHAMADO DE “OS 3 MESES DE CONFÚCIO, O GOVERNADOR DE RONDÔNIA - Por Ivonete Gomes

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Três meses de desgoverno


Três meses de desgoverno

O governo Confúcio Moura caminha para o terceiro mês e Rondônia segue numa trágica rota rumo ao maior estelionato político que se tem notícia na história do Estado. O comandante do navio prestes a afundar, não consegue controlar os marinheiros, demonstra que nunca soube por onde navegar e finge ser o rei da chibata. Deixa mais do que claro em linhas do blog pessoal que o plano de governo apresentado para convencer eleitores no último pleito não passava de um plágio da Utopia de Thomas More.

Confúcio Moura não honrou, até agora, nenhum compromisso de campanha e completa o primeiro trimestre, como chefe do Executivo, colecionando fracassos. O choque de gestão na saúde pública foi de aproximadamente 10 minutos, tempo de duração da reportagem global exibida no Jornal Nacional. Tudo como dantes pelas bandas do João Paulo II, pacientes no chão e falta de profissionais na traumatologia. Era pública e notória a tentativa de intervenção fajuta junto ao Governo Federal com a decretação de estado de calamidade pública para uma justificativa posterior, se não, era burrice mesmo regada de oba-oba para manter a popularidade em alta.

Vão-se 90 dias de atraso no pagamento de fornecedores, inchaço da folha de pagamento com criação de mais cargos comissionados, paralisação de 10 dias nos serviços de cardiologia do Hospital de Base, instalação de novas secretarias e Núcleo de Imaginação Permanente, contratos milionários com dispensa de licitação e demasiadas falácias on line.

O homem de resultados é um poço de dúvidas. Finge que governa e espera que o povo engula a espinha do peixe trocando farinha por poesia.

No mundo dos sonhos de Confúcio Moura, a democracia se estende a hostes internas do poder que ele deveria comandar. Comporta-se tal qual petista na tomada de decisões das plenárias. A diferença é que o PT o faz em período pré-eleitoral e Confúcio consulta os secretários sobre questões que ele deveria por obrigação do ofício dominar e mandar executar. Quem sabe não temos secretarias demais? Quem sabe não temos gerências demais e cargos inúteis? - dá para reduzir secretarias? Dá para conceber um estado mais leve e eficiente? Dá para mudar o jeito de governar, por exemplo, pesca, turismo, tecnologia, esporte, cultura e assim outras, serem diferentes, terem autonomia e funcionarem com programas? Enfim, dá para fazer diferente ou tem que ser assim mesmo? -  foram algumas das perguntas que o chefe maior do Estado fez através de e-mail a seu secretariado.

Em outra postagem, Confúcio pergunta quem pode prever um governo e conclui que “o que se pode é dizer e sonhar”. Faz analogia com o Japão e a Líbia para justificar o caos que começa a se instalar no seu pífio governo e afirma majestosamente que com governo só se deve falar de generalidades e sonhos.

E assim, caro internauta, Rondônia segue nesse sonho que os mais otimistas apostam virar pesadelo em seis meses.

Justiça do trabalho em Jirau

Há certo temor na decisão da Justiça do Trabalho de Rondônia que garante todos os direitos a todos os operários da Usina de Jirau. Abonar a culpa de quem patrocinou a arruaça no canteiro de obras é tão errado quanto generalizar a índole das mais de 7 mil pessoas que ali trabalham. É necessário um acompanhamento eficaz dos órgãos competentes para que a liminar não se torne diploma de impunidade. Caso contrário, é grande o risco de assimilação da teoria do vandalismo como solução dos problemas. Melhor que na decisão constasse o direito do consórcio em demitir por justa causa aqueles que causaram prejuízos. Abrir precedentes é sempre um grande risco.

Querendo ser juiz

No sábado, a Procuradoria Geral da República em Rondônia decidiu sair da toca para falar do episódio de Jirau. O órgão, aparentemente voltado somente para questões indígenas, fez vistas grossas a uma série de denúncias que iam de violência sexual a falta de isonomia salarial. Disse que tinha um TAC no forno, mas... Infelizmente, procurador em Rondônia acha que é juiz, regido constitucionalmente pelo princípio da inércia.

Falando em impunidade...29 mortos e nenhum preso

Entramos no próximo mês, Abril, para o sétimo ano do massacre de 29 garimpeiros na Reserva Indígena Roosevelt. Até hoje não existe processo na Justiça contra nenhum dos índios indiciados pela Polícia Federal porque não há denúncia, peça inicial de ação penal pública incondicionada que deveria ser apresentada pelo Ministério Público Federal. O procurador Reginaldo Pereira da Trindade permanece com a teoria de que os Cintas-Larga são inimputáveis, ou seja, incapazes de responder pelos próprios atos. Nesta terça-feira, o procurador-chefe voltou a dizer em entrevista ao jornalista Maurício Calixto, Rádio Rondônia, que nenhum índio Cinta-Larga tem capacidade de discernimento. “Mesmo tendo carteira de habilitação e carteira de trabalho, nenhum deles conhece como funciona nossa burocracia”, disse o alto membro da corte. Ora, se não conhecer trâmites burocráticos no Brasil é sinônimo de inimputabilidade, teremos 90% ou mais de brasileiros incapazes que podem roubar e matar sem sofrer nenhuma sanção das leis penais vigentes.

Guaporé

Uma comissão de parlamentares vai se reunir no próximo sábado com representantes das comunidades do Vale do Guaporé  para discutir justificativas de revogação da Lei 2.363, que permite a pesca predatória na região. Mais de 10 mil famílias vivem hoje da pesca sustentável e do turismo ecológico. Povos ribeirinho, quilombola e indígena que passaram as últimas décadas aprendendo sobre preservação podem ver as espécies do Guaporé desaparecerem em menos de 2 anos.

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