Os pedidos de cargos ao governador
Seguindo o exemplo do seu guru, Jair Bolsonaro, o governador eleito Marcos Rocha usa as redes sociais para dar seus recados. O estilo é diferente, contudo. Bolsonaro dá seus recados curtos e geralmente pelo twiter. Marcos Rocha prefere textos mais longos no Facebook, que aqui em Rondônia, ao que parece, tem muito mais seguidores. Dá seu recado com clareza, também. Escreveu na quinta, por exemplo, que tem muita gente correndo atrás dele, pedindo cargos e carguinhos. O Coronel, que não é de meias palavras, desabafou, no texto: “Infelizmente, algumas pessoas têm me procurado com outros objetivos, com ideias de cargo. Objetivos não condizentes com aqueles que a população está almejando, que são combate à corrupção e o trabalho voltado para a família. Quando falamos de família, falamos de tudo: da escola, de assistência social, da questão de trabalho, do esporte, da segurança, da saúde, enfim, a família é a base de tudo. É isso que temos feito nesses dias”. Ou seja, O Governador eleito não quer nem papo com aqueles que o rondam atrás de um empreguinho no novo Governo. Ele anunciou também que em breve divulgará os nomes que vão compor a equipe de transição e que “o que queremos, na realidade, é colocar uma equipe técnica que consiga levantar a situação atual do Estado e, juntamente com a equipe do atual governo, encontrar soluções para os problemas que porventura estejam ocorrendo e aqueles que possam ser evitados”.
Agressão a professores: será que o novo Governo conseguirá acabar com essa violência nas salas de aula?
Uma professora, prestes a se aposentar, depois de 36 anos de Magistério e uma vida toda dedicada à educação, em Porto Alegre, acaba sua carreira levando um soco no rosto, dentro da sala de aula. Perdeu pelo menos dois dentes. Apanhou porque não autorizou que uma mulher, mãe de um aluno, entrasse na sala de aula, já que a agressora estava alterada, certamente querendo explicações do porquê do seu amado filhinho não ser tratado como o gênio que ela acha que ele é. A mestre, aos 56 anos de idade, foi apenas mais uma vítima da violência que domina as escolas país afora, depois que se criou uma geração de inimputáveis, mesmo que as vítimas sejam aqueles que deveríamos homenagear todos os dias. Uma semana antes, outra professora, também em escola da Capital gaúcha, essa de 46 anos, 28 de magistério, foi agredida dentro da escola, por um familiar de um estudante, por causas pífias. No Pará, nessa semana, cenas de uma violenta briga entre meninas, na saída de uma escola, acabou com uma delas ferida gravemente na cabeça. Por pouco ninguém morreu. Aqui em Porto Velho, professores já foram ofendidos e agredidos nas suas aulas. Brigas na saída das escolas, incentivadas por colegas, são comuns e postadas nas redes sociais. Isso se repete em todo o país. O que fazer, se a liberalidade geral campeia, apoiada pelos últimos governos, que abriu a possibilidade de que estudantes que não têm educação alguma, que não recebem em casa absolutamente nenhuma orientação de comportamento, devem se portar e respeitar as pessoas, principalmente seus professores?
Há, agora, um filete de luz no fim do túnel. Espera-se que o Ministério da Educação pare de se preocupar com ideologia de gênero e com ensino do sexo para crianças a partir dos seis anos, nas salas de aulas; que pare de investir em livrinhos pornográficos, como se fossem prioridade e que faça valer a máxima de que a escola e seus mestres são sagrados. Tem que criar leis duríssimas, que punam com rigor esses meliantes, sejam maiores ou menores. Tem que bani-los da escola. Se querem ser criminosos, que vão brigar nos presídios. Escola é lugar de gente decente e que quer aprender, para ter uma vida melhor e um futuro promissor. Agredir professores, depredar escolas, achincalhar quem dedica sua vida para preparar o futuro do nosso país; ir às aulas para preparar brigas violentas, são ações que têm que ser tratadas como crime. Temos que tirar do meio estudantil esses que aprenderam apenas a desrespeitar a tudo e a todos, com apoio dos seus pais, que, claro, geralmente são os piores exemplos. Que o novo Governo trate o professor como ele merece e que dê, aos agressores, o tratamento duríssimo que a eles é devido!
Câmara: outra decepção!
Alguns vereadores de Porto Velho, a maioria sem grandes realizações a mostrar, estão tentando criar um factoide, inventando uma tentativa de cassação do prefeito Hildon Chaves. Tivessem respeito pela comunidade, iriam fazer o papel para o qual foram eleitos: legislar e reivindicar melhorias para os portovelhenses. O problema em muitas Câmaras Municipais é exatamente esse: como não têm trabalho para mostrar, na maioria dos casos e, ainda, sempre de olho na próxima eleição, a maioria dos eleitos atua sem compromisso com seus eleitores, priorizando bobagens e iniciativas pífias, mas que lhes possam dar algum espaço na mídia. É uma decepção, principalmente quando se sabe que estão envolvidos no episódio, alguns edis que, aparentemente, eram diferenciados. Mas a política, além da arte de engolir sapos, também é a arte do engano. Quando se pensa que alguma nova liderança está surgindo, por suas posições sérias e de envolvimento com os interesses maiores da coletividade, lá vem o personagem e aceita entrar em jogadas midiáticas, forçação de barra e criação de factoides. Porto Velho há muito não têm uma Câmara Municipal de qualidade. Esperava-se muito dessa que elegeu políticos aparentemente mais sérios do que a média. Ao que tudo indica, foi outro engano. Agora, vai-se perder tempo com uma besteira que não levará a nada, no final das contas, a não ser atrasar ainda mais essa cidade que precisa mesmo é de trabalho sério e gente decente.
A emoção do novo deputado
Único deputado eleito pelo PSL e certamente um personagem que terá grande importância na política rondoniense, daqui para a frente – até porque teve papel importante na eleição do seu governador, o coronel Marcos Rocha – o deputado eleito Eyder Brasil chegou a se emocionar, tantas homenagens recebeu dos ouvintes do programa Papo de Redação, quando participou dele, nesta semana. O Sargento do Exército que na eleição passada, ao candidatar-se ficou na posição número 65, com baixa votação, dessa vez surpreendeu: fez mais de 9 mil votos, embalado também no fenômeno Bolsonaro, tal qual seu Governador eleito. Durante a conversa com os Dinossauros Everton Leoni, Beni Andrade, Jorge Peixoto e Sérgio Pires, Eyder Brasil falou um pouco da sua trajetória, que incluiu uma lista imensa de serviços prestados à coletividade, incluindo-se aí muitas ações na área social, que poucos conheciam. A partir da sua participação, o número de mensagens ao programa não parou mais. Todas, sem exceção, destacando a grande figura humana do novo deputado, sua seriedade e dedicação aos outros. Nas questões políticas, Eyder anunciou que seu candidato à presidência da Assembleia, na nova legislatura, será o deputado José Lebrão, do MDB, que também tem o apoio do governador Marcos Rocha.
De olho na dona Lilian!
Olho nela! Isso mesmo. Uma mulher começa a surgir, em Ji-Paraná, como um dos prováveis nomes para disputar a Prefeitura daquela cidade, em 2020. Dona Lilian Pires, esposa do agora ex-prefeito Jesualdo Pires, tem sido procurada por lideranças políticas para que aceite ao menos começar a pensar no assunto. Ela se tornou personagem conhecida e muito querida em sua cidade, quando, na condição de primeira dama, liderou inúmeros programas na área sociais, que melhoraram a qualidade de vida de milhares de pessoas. Nas últimas semanas, Lilian Pires foi procurada por líderes de pelo menos dois partidos, a convidada para começar a pensar numa candidatura. Jesualdo Pires, que foi prefeito da cidade por praticamente sete anos e deixou o segundo mandato para disputar uma vaga ao Senado (sozinho, sem dinheiro, sem estrutura, só gastando sola de sapato, fez mais de 185 mil votos e foi o quarto mais votado em Rondônia), não poderá concorrer à Prefeitura, para um novo mandato. Como Dona Lilian tem na cidade grande popularidade – e certamente teria o aval do marido, considerado um dos melhores prefeitos da história de Ji-Paraná – o assunto não foi descartado. A ex-primeira dama está pensando, ouvindo os convites e os insistentes pedidos para se candidate. Ainda não deu o sim, mas é provável que dê, caso continue sendo procurada como tem sido.
Afinal, pode ou não pode?
Duas eleições municipais estão programadas para 9 de dezembro, no Estado. Com seus prefeitos eleitos há dois anos cassados pela Justiça Eleitoral, tanto os eleitores de Pimenta Bueno quanto os de Rolim de Moura irão às urnas novamente, para eleger prefeitos para mandatos tampão. O esquisito nessa história é que tanto a prefeita de Pimenta, Juliana Roque quanto o de Rolim, Luizão do Trento, que perderam seus mandatos, estão aptos, perante a Justiça Eleitoral, para concorrem em dezembro, caso assim desejarem. Seus direitos políticos não foram cassados. O próprio TRE informou, em nota oficial, que não há regra que impeça os candidatos cassados de participarem das eleições suplementares”. Só que acrescenta uma informação preocupante: “a decisão de aceitar ou não a candidatura caberá à Justiça”. Ora, pode ou não pode? Se pode, por que depende de futura decisão da Justiça? Se não pode, não seria lógico dar essa informação? O problema é que a legislação eleitoral parece ser feita, em alguns aspectos, para complicar a vida do eleitor e não facilitá-la. Ou para supervalorizar decisões judiciais que podem ser mais importantes do que a voz das urnas. Enfim, estamos ainda no Brasil, onde um dia, espera-se, a Justiça Eleitoral só existirá em ano de eleição, a cada cinco anos. Mas até lá...
Globo em defesa dos bandidos
Certamente a idiotice ideológica tomou conta da razão. Jornalistas da Globo estão em campanha virulenta contra a decisão, anunciada pelo governador eleito do Rio, Wilson Witzel, de determinar que bandidos que andem armados de fuzil pelas ruas da cidade, sejam abatidos por snipers da Polícia, preparados para essa missão. Preocupados em defender os direitos dos assassinos, bandidos, traficantes e outros marginais, a emissora correu a protestar, inventando inclusive declarações de policiais que teriam se insurgido contra as declarações do governador, sem sequer apresentar um nome ou depoimento de qualquer membro das forças de segurança que não teriam concordado com a decisão. Um dos repórteres chegou a dizer que ouviu de policiais de que eles queriam apenas cumprir a lei e não matar ninguém, o que é um absurdo, na medida em que todos os dias policiais protestam contra a morte violenta de colegas, que não têm como se defender contra os criminosos, que têm armas muito mais potentes e matam por matar. A apresentadora Maria Beltrão chegou à insanidade de dizer que “e se o bandido armado de fuzil não representar um perigo à sociedade?”, como se um canalha, criminoso contumaz, andar pelas ruas com um fuzil jogado às costas, não significasse perigo nenhum às pessoas de bem. Apavorada com a eleição da Jair Bolsonaro, com a perspectiva de termos um novo país e com o risco de perder grande parte da grana publicitária oficial, a Globo se mantém como se ainda fosse dona da opinião pública nacional. Não é mais...
Perguntinha
O que você achou da resposta do presidente eleito Jair Bolsonaro, sobre as críticas do PT a escolha do juiz Sérgio Moro, afirmando que “se o PT não gostou é porque eu fiz a coisa certa?”
Veja Também
O prejuízo do acordo com deságio em precatórios
O valor da independência da OAB para a Justiça e para a Sociedade
Liderança que acolhe e fortalece: O compromisso de Márcio Nogueira com a Advocacia e com as Mulheres