Perseguir não, mas fechar os olhos também não
Tem certa razão o prefeito eleito de Porto Velho, Mauro Nazif (PSB) em não determinar sérias investigações nas contas de gestão do quase ex-administrador Roberto Sobrinho (PT). Decisão tomada e anunciada oficialmente no dia seguinte a eleição, para alegria dos petistas, que correram para a campanha de Nazif após a declaração de Garçon de que faria o oposto, ainda na campanha eleitoral. No entanto, pode ser perigoso. A enorme votação de Nazif representa que o povo vai fazer exigências. Não poderá o eleito reclamar que não tem recursos, ou foram mal aplicados na gestão anterior.
Para o cidadão o que aconteceu na Emdur se repete em maior ou menor grau em vários órgãos públicos. Como explicar por exemplo, que a empresa de publicidade que fez a campanha eleitoral de Roberto Sobrinho sempre comandou os contratos de publicidade da Prefeitura?
Ao optar por não caçar bruxas, Nazif decide por uma estratégia de trabalho em que prefere mostrar um novo modo de administrar. Mas esse futuro silêncio beneficiará de certo modo apenas o grupo político que deixará a Prefeitura no dia 1º de janeiro. Nazif afirma que interessa a ele o que terá em mãos a partir de 1º de janeiro. Nesse contexto, a determinação de nada fazer sobre o passado, poderia ter dois reflexos: concordar com o absurdo do gerenciamento da cidade ao longo de oito anos e correr atrás do prejuízo. Qualquer que seja a decisão respostas rápidas ao cidadão precisariam ser dadas. Queremos saber por exemplo, porque as empresas descumpridoras de contratos de obras nunca são punidas. Ganham rios de dinheiro e simplesmente somem. Casos como da Avenida Vieira Caula, construção de unidades habitacionais na mesma via e dos viadutos parecem deixar claro que autoridades municipais têm algum benefício em nada fazer. Ou recebem propina, que por tão grande, deixam os empresários atônitos. Não interessaria ao portovelhense saber o que aconteceu?
Para o cidadão o que aconteceu na Emdur se repete em maior ou menor grau em vários órgãos públicos. Como explicar por exemplo, que a empresa de publicidade que fez a campanha eleitoral de Roberto Sobrinho sempre comandou os contratos de publicidade da Prefeitura?
Ao optar por não caçar bruxas, Nazif decide por uma estratégia de trabalho em que prefere mostrar um novo modo de administrar. Mas esse futuro silêncio beneficiará de certo modo apenas o grupo político que deixará a Prefeitura no dia 1º de janeiro.
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