Porto Velho Futebol Glórias do Passado - Por Tadeu Fernandes
O Território do Guaporé foi criado em 13 de setembro de 1943, no governo Getúlio Vargas. Teve como seu primeiro governante Aluízio Ferreira e como sede do governo Porto Velho, município que juntamente com Guajará Mirim formava o novo território, ocupando terras de Mato Grosso e do Amazonas. Como se tratava de Território Federal, vieram para cá centenas de funcionários públicos do Rio de Janeiro e aqui chegando cultivaram suas origens cariocas.
Na época do Território de Rondônia tínhamos bons times de futebol principalmente na Capital, as disputas eram acirradas, havia craques de futebol e eram temidos no torneio da época, denominado Copão da Amazônia, do qual fomos campeões várias vezes. Recebíamos em amistosos as maiores equipes do Brasil. Quantas vezes assisti amistosos com os melhores craques da seleção aqui em Porto Velho, como o jogador Sócrates do Corinthians, que jogou uma partida aqui antes de se apresentar para a copa do mundo. Havia abnegados na administração dos times de futebol, o Moto Club era uma boa agremiação e os jogadores davam muito trabalho nos dérbis contra o nosso Ferroviário, sendo principais jogadores do Moto o Faztudo, Edu e Juarez. No Ferroviário, que tinha como goleiro o Jair Pesseti, hoje trabalhando no Tribunal de Contas do Estado, e ainda, outro bom goleiro que era o Iata, completando o time: Raú Gil, Bil, Pedro, Gélber, Said, Jorge, Ronildo, Hilário, Gilson e Batista.
Daí se explica o porquê dos times de futebol terem o nome de clubes do Rio de Janeiro. Assim é que em Porto Velho foi fundado o Flamengo, o Botafogo, o Ferroviário tem as cores do Fluminense, sendo que todos ainda em atividade. O próprio estádio de futebol da capital, construído num passado bastante distante, tem o nome de Aluízio Ferreira, nosso primeiro governante.
Na época do Território de Rondônia tínhamos bons times de futebol principalmente na Capital, as disputas eram acirradas, havia craques de futebol e eram temidos no torneio da época, denominado Copão da Amazônia, do qual fomos campeões várias vezes. Recebíamos em amistosos as maiores equipes do Brasil. Quantas vezes assisti amistosos com os melhores craques da seleção aqui em Porto Velho, como o jogador Sócrates do Corinthians, que jogou uma partida aqui antes de se apresentar para a copa do mundo. Havia abnegados na administração dos times de futebol, o Moto Club era uma boa agremiação e os jogadores davam muito trabalho nos dérbis contra o nosso Ferroviário, sendo principais jogadores do Moto o Faztudo, Edu e Juarez. No Ferroviário, que tinha como goleiro o Jair Pesseti, hoje trabalhando no Tribunal de Contas do Estado, e ainda, outro bom goleiro que era o Iata, completando o time: Raú Gil, Bil, Pedro, Gélber, Said, Jorge, Ronildo, Hilário, Gilson e Batista.
O estádio vivia cheio graças às boas equipes que eram bem montadas, havia muita raça e dedicação por parte dos jogadores, o capitão Albino do Nascimento fazia de tudo para formar um bom time, muitas vezes usava seus próprios recursos financeiros. Tive o prazer de ser seu vice-presidente, assim como foram e tiveram importância nas conquistas do Ferroviário o Canoza e Horácio Guedes. Outros abnegados esportistas contribuíram para que fôssemos campeões várias vezes do Estado e no Copão da Amazônia. Em uma ocasião fomos até Macapá para disputar com o time do Trem e lá fomos campeões do Copão da Amazônia. Quase toda a população se envolvia nas disputas e nosso futebol e conquistas passavam algumas vezes no Jornal Nacional. O tempo foi passando e a esperança era que nosso futebol crescesse ainda mais, o que não aconteceu. As pessoas ligadas foram se afastando e o que vemos hoje é o futebol da capital sem nenhum time de expressão.
Tanto que tivemos o Fantástico da Rede Globo exibindo, jocosamente, uma matéria jornalista mostrando o nosso glorioso Cruzeiro Futebol Clube de tantas glórias, representado pelo glorioso e aguerrido Loló, que dedicou toda a sua vida ao esporte sacrificando até a sua família, prestes a ser o pior time do Brasil, ultrapassando Íbis que foi decantado como o pior time do país penta-campeão. Não merecemos tamanho vexame e abandono do principal esporte do Brasil, chega de humilhação. A cidade de Paranavaí/PR, onde passei parte de minha vida tem um estádio de futebol para 25 mil pessoas, com uma população de 80 mil, enquanto Porto Velho, com quase 500 mil habitantes tem o seu estádio Aluisio Ferreira no abandono. Muitos foram os que prometeram fazer um novo estádio e tudo ficou como está, uma praça de esporte ultrapassada e que não atende os anseios dos times que aqui se formam e dos torcedores.
É chegado o momento de levarmos o assunto a sério e termos um estádio a nossa altura. Só assim poderemos ultrapassar outros patamares na área esportiva, tendo as futuras gerações um representante da capital para torcerem. Basta dizer que Rio Branco/AC, que tem uma população menor que Porto Velho, possui um monumental campo de futebol e está pleiteando ser uma das sedes da copa do mundo.
É o momento dos esportistas, dos políticos e do nosso amigo Heitor, presidente da Federação de Porto Velho, iniciar meios para que não sejamos ridicularizados. Ao contrário, no futuro haveremos de comemorar grandes conquistas em uma das séries do campeonato brasileiro. Para isso uma dúzia de Albinos Nascimento seriam o suficiente.
Que continuem comemorando conquistas de times cariocas e soltando seus fogos, mas também que tenhamos prazer e ufanismo em defender as cores dos nossos próprios times de futebol. É momento de reflexão e de início de uma nova jornada com grandes vitórias e conquistas, condizentes com o tamanho de nossa terra e do seu povo.
O autor é advogado.
Na época do Território de Rondônia tínhamos bons times de futebol principalmente na Capital, as disputas eram acirradas, havia craques de futebol e eram temidos no torneio da época, denominado Copão da Amazônia, do qual fomos campeões várias vezes. Recebíamos em amistosos as maiores equipes do Brasil. Quantas vezes assisti amistosos com os melhores craques da seleção aqui em Porto Velho, como o jogador Sócrates do Corinthians, que jogou uma partida aqui antes de se apresentar para a copa do mundo. Havia abnegados na administração dos times de futebol, o Moto Club era uma boa agremiação e os jogadores davam muito trabalho nos dérbis contra o nosso Ferroviário, sendo principais jogadores do Moto o Faztudo, Edu e Juarez. No Ferroviário, que tinha como goleiro o Jair Pesseti, hoje trabalhando no Tribunal de Contas do Estado, e ainda, outro bom goleiro que era o Iata, completando o time: Raú Gil, Bil, Pedro, Gélber, Said, Jorge, Ronildo, Hilário, Gilson e Batista.
Daí se explica o porquê dos times de futebol terem o nome de clubes do Rio de Janeiro. Assim é que em Porto Velho foi fundado o Flamengo, o Botafogo, o Ferroviário tem as cores do Fluminense, sendo que todos ainda em atividade. O próprio estádio de futebol da capital, construído num passado bastante distante, tem o nome de Aluízio Ferreira, nosso primeiro governante.
Na época do Território de Rondônia tínhamos bons times de futebol principalmente na Capital, as disputas eram acirradas, havia craques de futebol e eram temidos no torneio da época, denominado Copão da Amazônia, do qual fomos campeões várias vezes. Recebíamos em amistosos as maiores equipes do Brasil. Quantas vezes assisti amistosos com os melhores craques da seleção aqui em Porto Velho, como o jogador Sócrates do Corinthians, que jogou uma partida aqui antes de se apresentar para a copa do mundo. Havia abnegados na administração dos times de futebol, o Moto Club era uma boa agremiação e os jogadores davam muito trabalho nos dérbis contra o nosso Ferroviário, sendo principais jogadores do Moto o Faztudo, Edu e Juarez. No Ferroviário, que tinha como goleiro o Jair Pesseti, hoje trabalhando no Tribunal de Contas do Estado, e ainda, outro bom goleiro que era o Iata, completando o time: Raú Gil, Bil, Pedro, Gélber, Said, Jorge, Ronildo, Hilário, Gilson e Batista.
O estádio vivia cheio graças às boas equipes que eram bem montadas, havia muita raça e dedicação por parte dos jogadores, o capitão Albino do Nascimento fazia de tudo para formar um bom time, muitas vezes usava seus próprios recursos financeiros. Tive o prazer de ser seu vice-presidente, assim como foram e tiveram importância nas conquistas do Ferroviário o Canoza e Horácio Guedes. Outros abnegados esportistas contribuíram para que fôssemos campeões várias vezes do Estado e no Copão da Amazônia. Em uma ocasião fomos até Macapá para disputar com o time do Trem e lá fomos campeões do Copão da Amazônia. Quase toda a população se envolvia nas disputas e nosso futebol e conquistas passavam algumas vezes no Jornal Nacional. O tempo foi passando e a esperança era que nosso futebol crescesse ainda mais, o que não aconteceu. As pessoas ligadas foram se afastando e o que vemos hoje é o futebol da capital sem nenhum time de expressão.
Tanto que tivemos o Fantástico da Rede Globo exibindo, jocosamente, uma matéria jornalista mostrando o nosso glorioso Cruzeiro Futebol Clube de tantas glórias, representado pelo glorioso e aguerrido Loló, que dedicou toda a sua vida ao esporte sacrificando até a sua família, prestes a ser o pior time do Brasil, ultrapassando Íbis que foi decantado como o pior time do país penta-campeão. Não merecemos tamanho vexame e abandono do principal esporte do Brasil, chega de humilhação. A cidade de Paranavaí/PR, onde passei parte de minha vida tem um estádio de futebol para 25 mil pessoas, com uma população de 80 mil, enquanto Porto Velho, com quase 500 mil habitantes tem o seu estádio Aluisio Ferreira no abandono. Muitos foram os que prometeram fazer um novo estádio e tudo ficou como está, uma praça de esporte ultrapassada e que não atende os anseios dos times que aqui se formam e dos torcedores.
É chegado o momento de levarmos o assunto a sério e termos um estádio a nossa altura. Só assim poderemos ultrapassar outros patamares na área esportiva, tendo as futuras gerações um representante da capital para torcerem. Basta dizer que Rio Branco/AC, que tem uma população menor que Porto Velho, possui um monumental campo de futebol e está pleiteando ser uma das sedes da copa do mundo.
É o momento dos esportistas, dos políticos e do nosso amigo Heitor, presidente da Federação de Porto Velho, iniciar meios para que não sejamos ridicularizados. Ao contrário, no futuro haveremos de comemorar grandes conquistas em uma das séries do campeonato brasileiro. Para isso uma dúzia de Albinos Nascimento seriam o suficiente.
Que continuem comemorando conquistas de times cariocas e soltando seus fogos, mas também que tenhamos prazer e ufanismo em defender as cores dos nossos próprios times de futebol. É momento de reflexão e de início de uma nova jornada com grandes vitórias e conquistas, condizentes com o tamanho de nossa terra e do seu povo.
O autor é advogado.
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