QUANDO CONFÚCIO NÃO GOSTA, BESSA MANDA PRENDER - Por Ivonete Gomes
É fato. A Gestapo de Rondônia tem a missão de tirar de circulação aqueles a quem o governo da cooperação julga ser pedra no caminho e, portanto, obstáculo ao plano de governar o estado por mais quatro anos. Entenda-se por Gestapo a polícia comandada pelo secretário de Segurança Pública, Marcelo Bessa, e por adversários todos os que ousam questionar as ações da “brilhante” Operação Apocalipse e/ou divulgam os escândalos sucessivos de corrupção do comandante da tropa, Confúcio Moura. Dar voz a Hermínio Coelho também passou a ser crime na visão do contrariado Bessa.
Desde a deflagração da famigerada operação politiqueira - ilegal em muitos aspectos, já apontou o Ministério Público – a imprensa que não cedeu aos apelos e encantos financeiros do governo vem sofrendo ameaças. Na visão tosca de Marcelo Bessa liberdade de expressão sempre está de mãos dadas com mamatas e benesses. Julgamento típico de quem enxerga nas demais pessoas a imagem do próprio reflexo e não acredita na simples convicção de verdade.
Semanas a fio ouviu-se conversas sobre jornalistas que seriam levados à prisão pelo simples fato de contrariar Marcelo Bessa e seu patrão Confúcio. O Objetivo: calar e ligar todos esses profissionais de comunicação à Assembleia Legislativa, em especial ao presidente daquela casa, Hermínio Coelho, crítico contumaz de Moura. Os jornais Rondoniagora, Tudo Rondônia, Rondoniaovivo, Rondonotícias e Painel Político estariam no topo das prioridades da segurança pública.
Capachos de Marcelo Bessa teriam pedido a um juiz a prisão de alguns jornalistas e busca e apreensão em sedes de jornais. Sabiamente, o magistrado os colocou para correr ante tanta imbecilidade e ausência de indícios. Tudo estava embasado no “ouvi dizer” de interceptações clandestinas do Sistema Guardião. Em tempo: não basta ouvir, tem que saber o que está ouvindo. Um dos presos da Apocalipse, dono de loja de material de construção, conversava ao telefone sobre Itaú. A inteligência interpretou que ele havia dado um golpe no banco, quando na verdade ele falava do cimento que leva o mesmo nome da instituição financeira.
Para manter o plano do chefe e a reeleição de Confúcio (e também obrigar a dilatação do prazo para conclusão do inquérito previsto para o dia 4 de setembro) a Gestapo inventou um “desdobramento da operação apocalipse”. Esta com endereço certo no judiciário. Lá a turma da cooperação encontrou guarida e conseguiu mandado de prisão a quem consideram o elo mais fraco do Rondoniagora, a diretora administrativa Ângela Abreu.
Óbvio que julgando por si, Bessa espera ouvir da executiva - na base não ousamos dizer de quê – que este veículo de comunicação recebe dinheiro ilícito e que seus diretores são corruptos, portanto, sem credibilidade para denunciar as mazelas de Confúcio Moura, seu cunhado, suas irmãs, sua esposa e alguns de seus assessores de primeiro escalão mergulhados em toda sorte de bandalheira. Também espera o senhor Marcelo Bessa, conquistar com esse amigo do judiciário uma ordem de busca e apreensão neste veículo de comunicação.
Ora senhores, para quê esperar? Podem entrar em nossa casa com a devida permissão. Já estão em nossas vidas, ouvindo nossas conversas. Aliás, prender preventivamente uma cidadã de bem para ouvir o que ela de bom grado teria respondido só desnuda a intenção dos senhores de tentar desmoralizar este e outros veículos de comunicação que, ao contrário de algumas emissoras de televisão, não têm fantasmas no governo, não têm contratos de 1 milhão e 400 mil para transmissão do Flor do Maracujá e não têm esposas exercendo cargo de chefe de cerimonial do governo.
Antes tivéssemos aceitado o suborno e os acordos espúrios. Quem sabe assim estaríamos passeando pelo Rio de Janeiro, sossegados, embora, sem nenhuma paz de espírito. Resta-nos a cabeça erguida, a consciência limpa e um bom advogado para futuras indenizações.
A Operação Apocalipse nunca passou de um mero instrumento de reeleição do governador e vingança pessoal de seu secretário que, com sorriso amarelo, foi à posse do novo conselheiro do Tribunal de Contas, cargo negado a ele.
Esse governo de cooperadores não vai parar com esses abusos enquanto não ver na lama o nome de pessoas que buscam, verdadeiramente, combater a corrupção e ela lá, impregnada no Palácio Presidente Vargas.
O RONDONIAGORA tem uma história de 14 anos. É um veículo de credibilidade suficiente para ser fonte de informação em operações como Termópilas e Vórtice. Este jornal prima pela liberdade de expressão e acima de tudo respeita a justiça e o povo deste Estado. O tempo dirá quem são os verdadeiros bandidos sugadores de verbas públicas.
Não vamos nos calar!!!!
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