Recursos do Funcafé para a pesquisa agropecuária quase dobram em 2016
Valor de R$ 10,6 bilhões será usado em projetos para o desenvolvimento do setor
Cerca de R$ 10,6 bilhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) serão destinados à Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa) para 92 projetos do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (PNP&D). A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (11). O recurso é 92% maior do que o do ano passado (R$ 5,5 milhões).
De acordo com o diretor do Departamento de Crédito, Recursos e Riscos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Vitor Ozaki, o PNP&D é maior programa mundial de pesquisa de café. Gera conhecimento e tecnologia para todas as etapas da cadeia produtiva, desde o plantio até o consumidor.
Os projetos visam a sustentabilidade, a diminuição dos custos de produção, a redução dos efeitos das mudanças climáticas na atividade cafeeira e o incentivo a pequenos e grandes produtores, por meio de estudos de viabilidade econômica, social e ambiental.
A inovação de práticas agrícolas, com o aprimoramento de máquinas para colheita e pós-colheita, também está no PNP&D, assim como a realização de pesquisas de mercado para promoção e marketing nos diferentes mercados.
Para reduzir as perdas da cultura por mudanças climáticas, as pesquisas buscam ainda o desenvolvimento de cultivares resistentes a pragas e doenças, adaptadas às diferentes regiões do país.
O programa é coordenado pelo Consórcio Pesquisa Café, que reúne cerca de 50 instituições de ensino, pesquisa e extensão rural localizadas em diversas regiões produtoras do país. Desde sua criação em 1997, já executou cerca de 4.550 planos de pesquisa.
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