RONDÔNIA: TERRA DE BELAS BANDIDAS?

Quanta injustiça da Procuradoria Geral da República pedir intervenção federal em Rondônia! Só porque as celas são superlotadas, não há ventilação e etc, etc e etc? Que bobagem! O governo de Rondônia, através do inteligentíssimo secretário de Assuntos Penitenciários (agora de Justiça), Gilvan Ferro, já está resolvendo os problemas do sistema no Estado. Foi até destaque na imprensa nacional ao divulgar o resultado do concurso Miss Penitenciária. As rondonienses são, agora, conhecidas como as bandidas mais bonitas do Brasil.

Para a realização do concurso, o secretário da Seapen promete melhorias na casa de detenção mais sociável do Brasil. Serão construídas arquibancadas e uma passarela, cobertas, para que os candidatos possam ter melhor desempenho. O júri contará com a participação de representantes do Ministério Público, Vara de Execuções Penais, Governo do Estado e talvez até da Berta Zuleika.

E como os direitos são iguais no Brasil e os estupradores, homicidas, latrocidas, traficantes e assaltantes também precisam melhorar esse sentimento de consideração e afeição, será lançado em breve o concurso Mister Urso Branco. Vai ser um sucesso. Já dá até para imaginar a disputa entre o Marcão do Nacional, o Monstro da Funerária e o elegante Pastor do Capeta.

Para a realização do concurso, o secretário da Seapen promete melhorias na casa de detenção mais sociável do Brasil. Serão construídas arquibancadas e uma passarela, cobertas, para que os candidatos possam ter melhor desempenho. O júri contará com a participação de representantes do Ministério Público, Vara de Execuções Penais, Governo do Estado e talvez até da Berta Zuleika.

Essa lastimável idéia tem apenas dois pontos negativos, mas são pontos mínimos, pequenininhos, a serem analisados: primeiro o dinheiro dos impostos indo ralo abaixo, segundo e menos importante ainda as famílias das vítimas que perderam de forma violenta e cruel pessoas amadas e agora têm que se deparar com fotos de uma bandida sorrindo, com um buquê de rosas nos braços como se realmente a vida não valesse nada.