Rondônia, 23 de dezembro de 2024
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Sem tempo para retrocesso

É inequívoco o legado da atual diretoria da seccional de Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contribuindo para a valorização da classe e conquistando respeito no Conselho Federal através de seus representantes. As críticas existirão e são bem-vindas para construção de um modelo eficaz de gestão.

Não se pode permitir, no entanto, o egocentrismo como motriz de um projeto capaz de manchar a instituição. Está bem viva na memória de muitos advogados o “jogo baixo” liderado por forças estranhas ao processo sucessório passado. A OAB é muito maior. O corolário de suas ações representa a defesa da sociedade, atacada ferozmente pelas mazelas da corrupção.

A OAB não é um poder, mas funciona como uma mediadora para proteger o Estado de Direito e os direitos fundamentais do cidadão. É inadmissível influências externas às suas ações. É salutar defender essa postura independente, mas harmônica com todas as instituições. Há 40 anos, expoentes como Fouad Darwich Zacharias, José Mário Alves da Silva, Odacir Soares Rodrigues, Francisco Geraldo Balbi Filho e Pedro Origa – membros da primeira diretoria – tinham em mente o papel grandioso da Ordem para a população e seu comprometimento com os advogados rondonienses.
Na atual diretoria, Rondônia conseguiu destacar-se no Conselho Federal da Ordem com serviço de grande relevância para o País através de seus conselheiros Elton Assis, Elton Fulber e Breno de Paula. Elton é ouvidor nacional e Breno de Paula o presidente da Comissão de Direito Tributário Nacional. Ambos têm se destacado em suas funções, recebendo elogios públicos do colegiado e de seu presidente, Cláudio Lamachia.

Com um número expressivo em seus quadros, a OAB de Rondônia não pode cair no retrocesso, trazendo a sua órbita velhas práticas e intromissão de organismos estranhos. No processo sucessório que se avizinha, o debate positivo deverá ser priorizado como também a busca de inovações para qualificar e melhorar o trabalho de todos os advogados. Que vençam as melhores ideias, o trabalho já apresentado e a verdadeira vontade de realizar e não os projetos individuais e que atendem a interesses fora dos quadros da Ordem.

* Gérson Costa é jornalista

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