Servidores e Copa
O deputado Hermínio Coelho (PSD) vai apresentar nesta semana, uma indicação parlamentar na Assembleia Legislativa, reivindicando ao Governo Estadual, para que durante os jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo de Futebol, os servidores sejam liberados com três horas de antecedência. A proposta, de acordo com o deputado Hermínio Coelho não deve afetar o caso de serviços essenciais, como nas áreas de saúde e segurança pública. A Copa do Mundo será disputada de 12 de junho a 13 de julho, no Brasil. Ele defendeu se tratar de um evento que certamente envolve a nação brasileira, e pelo fato de ser realizada no território nacional.
DE DAR NOJO
Ainda bem que sei, pelos longos anos de vida, que esse nosso Brasil é mesmo a terra de Macunaíma. Como contribuinte, fiquei contentíssimo ao ver na TV o bom resultado do implante capilar de Renan Calheiros. Afinal, todos nós pagamos compulsoriamente essa empreitada. Já o problema da criação das tais CPIs da Petrobrás ou dos trens, como sempre não vão resultar em nada, já que nossos nobres parlamentares todos têm os respectivos rabos bem presos.
DE DAR NOJO
As manobras do governo petista (com a plena aceitação do PMDB) para melar a CPI da Petrobrás no senado (com letra minúscula mesmo) foi mais uma vergonha nacional promovida por aqueles escolhidos pelo voto do povo, para representá-los e não o fazem. Essa coisa medonha, indecente, pornográfica praticada sem a menor vergonha nos dá a certeza de que não é apenas incompetência de gestão, existe algo de muito grave nas entrelinhas do escândalo, que logo será descoberto em investigações isentas de pressões do governo.
Assim como tenho a impressão de que Rondônia não suportaria mais quatro de um governo desastrado como o que ai está, no nível da República, com esses negócios da “gerentona” como ocorreu com a Petrobrás, também o país caminha célere para o abismo. Se o povo não tomar consciência nas urnas desse ano, vai começar o ano novo vendo o Brasil sendo reduzido para artigo de 1,99.
SENTADOS
Pelo andar da carruagem é melhor esperar sentado a tão anunciada recuperação dos estragos provocados pelas cheias de nossos rios. Principalmente com a publicação do decreto por parte do filosófico governo do PMDB declarando, não dá para saber como os recursos serão gastos nas áreas mais atingidas. Os prefeitos estão fulos com Confúcio por ser preteridos no recebimento direto dos recursos que, imagina-se, serão liberados pelo governo federal sem maior entrave burocrático. Numa terra onde, até hoje, a prefeitura não conseguiu terminar as obras da área de lazer localizada na Guaporé com José Cahula (e ali teve, inclusive, dinheiro doado pelo exterior), que estão mais uma vez paralisadas.
Se não houver uma vigilância serrada sobre os gastos com as obras que motivaram a decretação do estado de calamidade pública certamente correremos o risco da grana ir para o ralo e as obras nunca chegarem ao fim.
É MUITO AZAR
Pelo fato do prefeito Mauro Nazif ter sido ao longo de sua carreira política sempre muito próximo dos petistas (não deve ser coincidência a decisão de não fazer, em nenhum momento, a auditoria nas obras suspeitas de seu antecessor), não é surpresa ver o atual prefeito cometendo os mesmos erros das gestões anteriores. Parece ser este o carma da capital rondoniense. A cidade sempre esteve numa situação caótica e vai piorar muito quando as águas do Madeira baixar.
O transporte público continuará sendo de péssima qualidade, o lixo continuará espalhado por calçadas, recolhidos sem qualquer eficiência. As vão ficar ainda mais esburacadas; as caçambas de entulhos continuaram sendo colocadas perigosamente (e por longo período) nas vias públicas, crianças da rede de ensino municipal continuarão sem receber uniformes e outros materiais prometidos. Nesse ano de eleições os portovelhenses que se cuidem para não pagar um preço ainda mais alto pela má escolha.
FALOU E DISSE
Representantes sindicais de servidores públicos do estado ficaram pasmos com as declarações preconceituosas de Leandro Veloso, procurador do Estado, ao classificar os servidores estaduais como incompetentes, fracos e muito bem remunerados. Esse foi o argumento do representante do governador Confúcio para afirmar que o estado chegou no seu limite e não poderá mais atender nenhuma reivindicação dos servidores.
E pensar que Confúcio vai disputar a reeleição... Deve estar imaginando que não irá precisar mais dos votos dos barnabés. Com certeza Leandro Veloso – ganhando a baba preta reservada para quem está no andar de cima do (rá!rá!rá!rá!) do “governo da cooperação” – deve ter pensado em si quando disse que o servidor estadual é bem remunerado.
QUEBRADEIRA
Diante do quadro nada animador da maioria dos municípios rondonienses – muitos sobrevivendo com os repasses do governo federal, das emendas de parlamentares e das migalhas repassadas pelo estado, foi pequeno o número de prefeitos desincompatibilizados para disputar cargos legislativos nas eleições de outubro. Alguns deixaram seus gabinetes para tentar evitar complicações maiores com a Justiça, acreditando na imunidade parlamentar. Na avaliação de um político rondoniense, não existe mais do que uma dezena de municípios com condições de se tocar a administração sem ficarem todos os dias de pires na mão para honrar compromissos como o pagamento da folha.
ENCONTROU
Sid Orleans, vereador do PT, passou vários dias como cão perdigueiro, “procurando área de terra para reconstrução de distritos dizimados pelas enchentes”. Na verdade esse deveria ser papel reservados aos chefes do Executivo. O vereador tomou a dianteira dessa missão por ter identificado corpo mole do prefeito.
Sid acabou – como disse – encontrando essas “terras” para recolocar os moradores de São Carlos, distrito que praticamente foi varrido do mapa. Sid foi, no passado recente, carne e unha com o ex-prefeito, aquele batizado de Ali Babá, por ter transformado a prefeitura numa espécie de caverna para os “40 ladrões”. Agora vai ganhando destaque como oposição a Nazif. Consta que o vereador vai tentar uma vaga na Assembleia Legislativa.
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