Rondônia, 27 de dezembro de 2024
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Só com a Cegonha!

É duro você se sentir impotente! Não necessariamente no caso das calientes peripécias entrelaçando Vênus e Apolo, mas nas circunstâncias cotidianas que envolvem a pacata vida do Zé Mané comum. Aquela situação controlada exclusivamente por terceiros que, desprovidos de coração, fazem questão de deixar claro o imenso favor a ser feito por suas almas generosas, no intuito de lhe atender num serviço fundamental para a sociedade nos dias atuais (no caso, o famigerado transporte de passageiros). Tudo isso acompanhado de facadas sanguinárias em direção ao seu mirrado e empoeirado bolso.



3. Quem anda voando?

O Brasil possui hoje uma considerável estrutura a ser desenvolvida, a fim de melhorar o seu ainda precário transporte aéreo. Nas terras tupiniquins, há cerca de 2.498 aeroportos de todos os tipos, tamanhos e cores. Desse quantitativo, 34 são classificados como “Internacionais”, ou seja, aptos à recepção de voos oriundos de outros países (inclusive o aeroporto da charmosa Porto Velho). O fato de ser habilitado a receber voos de outras terras não significa a existência deles. Para que tal perspectiva se concretize, há a necessidade de outros detalhes burocráticos, cuja força e prestígio político de sua representação em Brasília costumam ser fundamentais... shi!!!

3. Quem anda voando?

Atualmente, temos 11 empresas aéreas voando de forma regular dentro do país. Falo de empresas com alguma estrutura e capazes de cobrir uma determinada área ou região. Dessas, destacam-se duas pelo tamanho e pela força: TAM e GOL, mas há outras como Avianca, Azul, Passaredo, etc. Não obstante essas opções, o fato concreto é que a cobertura de atendimento desse serviço ainda é deficiente e precisa ser modificada de alguma forma. Em Porto Velho, por exemplo, existem quatro empresas com voos regulares: Tam, Gol, Avianca e Azul. Ao todo, elas mantêm 22 voos de ida e de chegada. As saídas são, prioritariamente, Brasília, onde há a distribuição para outros destinos. Também temos um voo para Manaus e outro para Rio Branco. Mesmo estando em região de fronteira amazônica, não possuímos, sequer, um só voo com destino a países vizinhos, embora o Acre (menor que Rondônia em “quase” todos os aspectos) já possua ligação regular com o Peru. O que a representação política do estado vizinho tem que a nossa não tem?... Shi!!!
 
4. Preço da passagem

Antes que alguém questione o tamanho de nossa ignorância, importante deixar claro que sabemos, basicamente, como funciona o sistema de definição de preços desse serviço. Para quem não se lembra, o serviço funciona mais ou menos assim: um avião com 150 assentos é dividido, por exemplo, em cinco categorias de preços. Assim, temos por custo: 30 assentos de R$ 400,00; outros 30 por R$ 600,00; 30 por R$ 900,00; 30 por R$ 1.500,00 e os últimos 30 por R$ 2.500,00. O valor da passagem vai subindo de acordo com a lotação da aeronave. Por isso, as passagens compradas com muita antecedência são mais baratas...
 
5. Rondônia

No caso de Rondônia, o número de voos é insuficiente para atender nossa região, cujo crescimento vem se definindo substancialmente (voos lotados). É fácil ver isso na conjuntura local, mesmo com o governo de plantão patinando sem parar. Com um número restrito de voos, os preços mais em conta logo se esgotam, e os “Zé Manés”, como você e eu, temos, normalmente, que obter passagens aéreas por preços elevados. Para distâncias semelhantes, pagamos tarifas mais altas do que outras cidades do Brasil. Despendemos recursos maiores do que outras cidades mundo afora e isso é uma enorme dificuldade a ser superada caso queiramos participar das fatias de mercado. A legislação necessita ser revista, e a nossa representação política, cujo gasto com passagem aérea costuma ser zero, precisa se impor e se colocar, qualitativamente, um pouco melhor. SHI!!!!

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