Rondônia, 22 de novembro de 2024
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Teorias de conspiração em Jirau, a inércia do MPF, auxílios para quem ganha bem e o decreto de extinção das espécies do Guaporé - Por Ivonete Gomes

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É subestimar a inteligência de qualquer cidadão dizer que as cenas dantescas de violência e vandalismo na Usina de Jirau foram precedidas de uma briga entre um motorista de ônibus e um funcionário. Os acontecimentos noticiados desde a última quarta-feira são tão grotescos que é mais fácil acreditar nas teorias de conspiração que começam a ser levantadas. Uma dessas teorias será investigada por uma comissão de senadores que deve vir a Rondônia nos próximos dias. Ventilou-se pelos rumos do Congresso Nacional a hipótese de que o próprio consórcio teria patrocinado a arruaça para ter certo prejuízo e, desta forma, justificar realinhamento de preços. O tiro teria saído pela culatra quando a situação fugiu ao controle. Como disse, é teoria de conspiração e pode ser até tão absurda quanto acreditar em revolta generalizada por motivo banal como uma briga entre empregados.

Teorias de conspiração

É subestimar a inteligência de qualquer cidadão dizer que as cenas dantescas de violência e vandalismo na Usina de Jirau foram precedidas de uma briga entre um motorista de ônibus e um funcionário. Os acontecimentos noticiados desde a última quarta-feira são tão grotescos que é mais fácil acreditar nas teorias de conspiração que começam a ser levantadas. Uma dessas teorias será investigada por uma comissão de senadores que deve vir a Rondônia nos próximos dias. Ventilou-se pelos rumos do Congresso Nacional a hipótese de que o próprio consórcio teria patrocinado a arruaça para ter certo prejuízo e, desta forma, justificar realinhamento de preços. O tiro teria saído pela culatra quando a situação fugiu ao controle. Como disse, é teoria de conspiração e pode ser até tão absurda quanto acreditar em revolta generalizada por motivo banal como uma briga entre empregados.

Cadê o MPF?

Seja lá qual for o motivo que tenha levado Rondônia mais uma vez aos noticiários nacionais de forma negativa, o Ministério Público Federal tem a obrigação de sair dessa inércia a que se submeteu nos últimos anos e começar a trabalhar. Poderia voltar a ativa cobrando responsabilidade social dos consórcios que executam as obras e das autoridades que aplicaram de forma suspeita as verbas das compensações. A prefeitura de Porto Velho, por exemplo, usou parte do dinheiro para comprar caminhonetes e pagar curso de MBA para a companheirada.

Prenúncio

Sempre foi notório o fato de que Jirau havia se transformado em um barril de pólvora. Havia denúncias de consumo desenfreado de drogas e violência sexual nos canteiros de obras e alojamentos. Semanas atrás a coluna Caleidoscópio levantou a questão. A política do “abafa o caso” praticada pelos dirigentes de Jirau não funcionou desta vez e os futuros desempregados começam a abrir o bico.

O desinformado

Colocar panos quentes em determinadas situações nunca resolveu absolutamente nada. O inexpressivo vice-prefeito de Porto Velho, Emerson Castro (PMDB), disse, referindo-se a imprensa, que alguns formadores de opinião estão desinformando. Disse ele, na manhã desta sexta-feira, que os conflitos haviam cessado em Jirau e que tem a sensação de que algumas pessoas ficariam mais felizes se soubessem que está havendo barbárie. Por volta do meio dia dois homens foram presos por agentes da Força Nacional suspeitos de incendiar alojamentos da empresa Enesa, dentro de Jirau, e a Polícia Civil foi deslocada para Jacy Paraná e Nova Mutum. Vê-se que seria melhor o vice-prefeito parar de twittar e começar a ajudar Roberto Sobrinho na busca de uma solução para os milhares de trabalhares que andam perambulando sem rumo pelas ruas da cidade.

Clima de terror

O clima de insegurança na capital de Rondônia fez alguns comerciantes fecharem as portas com medo de saques. A faculdade São Lucas suspendeu as aulas, a Usina de Santo Antônio suspendeu os trabalhos e o Porto Velho Shopping solicitou apoio da Polícia Militar para reforçar a segurança em todo o prédio.

Venda de colchões

A empresa Camargo e Correia comprou dois mil colchões e distribuiu para os funcionários de Jirau alojados no ginásio do Sesi. Pela manhã o que se via em Porto Velho era um vai e vem de colchões em cima de carros, motos e bicicletas. Os empregados da empresa começaram cedo um leilão de colchões. O preço inicial era de R$ 30, mas tinha gente que na pechincha levava por R$ 15. É de lascar.

Auxílio-moradia aqui e ali

A semana termina com a lastimável notícia de Jirau e acabou abafado o caso do projeto do governo que prevê auxílio-moradia no valor de R$ 4,5 mil para secretários de estado. É tão imoral quanto o auxílio que nossos nobres deputados estaduais recebem. Então, poupem-nos dos discursos hipócritas, retirem vossos gracejos do holerite e não aprovem projeto de tamanha imoralidade. É hora de colocar um ponto final nessa cultura implantada na política brasileira de que quem recebe muito é quem tem direito a benefícios.

Faz-me rir

E nosso governador blogueiro continua com suas contradições. Ao chamar CDS de “maldito”,  anunciou que faria concurso público em 90 dias para acabar com servidores comissionados. Confúcio mudou tanto de idéia que até criou mais 60 cargos em comissão para Secretaria de Meio Ambiente. Depois eu que pego no pé.

Confúcio libera pesca predatória no Vale do Guaporé

Os asseclas incompetentes lotados nos altos cargos da Sedam acabam de colocar na lista de extinção os peixes do Vale do Guaporé. Sem compromisso absolutamente algum com a população de 3 comunidades ribeirinhas e, principalmente, com o meio ambiente, o Governo do senhor Confúcio Moura liberou a pesca predatória na região através da Lei 2.363. O uso de rede está permitido e a cota passou a ser de 400 quilos semanais por pescador. A Ecomeg, Organização Ecológica Comunitária de Conservadores do Rio Guaporé e seus Afluentes, emitiu nota de repúdio informando que existem 300 pescadores profissionais na região, o que implica num total de quase 3 milhões de quilos por temporada. Em dois anos, no máximo, todo o trabalho de prevenção das espécies e educação ambiental da última década terá sido em vão. O doutor não deve saber, até porque os moradores nunca tiveram o prazer de sua presença, mas essas comunidades somam aproximadamente 10 mil famílias e vivem exclusivamente do turismo ecológico.

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