União Brasil: Rondônia não é prioridade e DEM não aceitará vaidades
Em duas análises políticas publicadas no domingo e nesta segunda-feira pelo jornal Folha de S. Paulo e UOL – abaixo publicaremos os links dos textos -, verifica-se um recrudescimento a uma candidatura própria à presidência e um distanciamento de qualquer pauta do bolsonarismo. ACM Neto, um dos idealizadores da fusão, deixou claro que não se aceitará vaidades entre os líderes partidários e muito menos com os virtuais candidatos majoritários nos estados. Ele deu seu próprio exemplo ao explicar que abriu mão da presidência da futura sigla, o União Brasil, para abrir caminho a nova estrutura partidária. E deixou um recado claro em sua entrevista ao UOL:
- “Nosso caminho é não estar ao lado do presidente. Nosso caminho é ter um candidato próprio a presidente. Esse partido não nasce debaixo das asas do governo e não há nenhum interesse de estar fazendo jogo com perspectiva de negociar o que quer que seja com o governo. Os deputados e senadores que são contra o direcionamento do partido poderão deixar a legenda”. Se qualquer político do DEM ou PSL entender que Bolsonaro é a esperança do País e, por isso, não pode ficar de fora do União Brasil, então procure outro caminho, porque o novo partido terá outro nome para presidência.
Nos estados, o União Brasil tem 11 pré-candidatos a governadores, mas as prioridades são Goiás, Mato Grosso, Bahia, Pernambuco e Santa Catarina. Nada se falou sobre Rondônia, onde dois nomes estão confirmados em 2022: Marcos Rocha (PSL) e Marcos Rogério (DEM). O jornal Folha de S. Paulo na edição de domingo apresentou cinco pré-candidatos ao Governo em Rondônia e explicou que os “bolsonaristas raiz”, aqueles eleitos na onda do atual presidente, encontram dificuldades de ingressar em outras legendas porque Jair Bolsonaro não definiu seu futuro partido.
O União Brasil era a legenda ideal para M. Rogério e M. Rocha, mas como ficar na legenda e ter que pedir voto para outro candidato a presidente , contradizendo o discurso que hoje domina a pauta dos dois políticos na defesa intransigente de Bolsonaro? Marcos Rocha diz que deve tudo a Bolsonaro, inclusive fala detalhes de sua relação de amizade íntima com o atual presidente. Já Marcos Rogério defende publicamente o presidente na CPI da Covid, causando até mal estar entre seus aliados em Rondônia.
Pelas últimas conversas, os dois não estão preocupados qual será o futuro candidato a presidente do novo partido. Querem o controle do União Brasil em Rondônia. Marcos Rogério tem um quilate maior, pois está próximo das discussões em Brasília e é senador da República, cargo cobiçado nas entranhas partidárias. Marcos Rocha se vale da amizade com o atual dirigente do PSL, que deve assumir a presidência do futuro partido. Mas, como disse ACM Neto, não há espaço para vaidades e muito menos para coronelismo no União Brasil. Fica quem estiver alinhado com os novos princípios da sigla: um novo projeto para a verdadeira direita do Brasil.
Por fim, a Folha de São Paulo elencou os seguintes candidatos em Rondônia: Ivo Cassol (PP), Marcos Rocha (PSL), Marcos Rogério (DEM), Léo Moraes (Podemos) e Confúcio Moura (MDB). O jornal não lembrou do PT, que tem Ramon Cajuí e Fátima Cleide em seus quadros; PSOL, que sempre lança um candidato; Rede; Cidadania, hoje liderado pelo doutor Vinicius Miguel; e o PSDB, que até agora não foi consultado sobre ser reboque do projeto do senador Marcos Rogério, já que Mariana Carvalho, Ieda Chaves e Hildon Chaves são lideranças que despontam no cenário político para 2022. Veja os links das matérias:
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/10/tabuleiro-para-2022-nos-estados-tem-pt-modesto-centro-turbinado-e-bolsonarismo-indefinido.shtml
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