Rondônia, 17 de novembro de 2024
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Vai Quem Quer e quem ama - Por Ivonete Gomes

Houve quem não conseguisse conter as lágrimas. E foram algumas centenas. Ninguém morreu, mas o coração estava ali preenchido por um imenso vazio. Uma dor incompreendida, fútil e inaceitável para aqueles que nunca se deram a chance de vivenciar tal paixão.


Teve a tristeza, a compreensão, mas também a inaceitável sórdida vibração daqueles decididos a não gostar de Carnaval em hipótese alguma. A maior festa cultural e popular rondoniense foi cancelada e o Madeirão continuou a subir, trazendo desgraça a muitos e incompreensíveis teses de um fenômeno natural.

Naquele momento de desilusão Silvio Santos veio na lembrança. Nosso Zé Katraca passou de jornalista, compositor, carnavalesco e ativista cultural a vidente, e dos bons. Não é quem em 2009 ele previu, escreveu e cantou o desastre ecológico das usinas? “Rondônia que se Furnas”, dizia a marchinha. Sobrou o sabor amargo do peixe podre na mesa dos foliões da banda em 2014.

Teve a tristeza, a compreensão, mas também a inaceitável sórdida vibração daqueles decididos a não gostar de Carnaval em hipótese alguma. A maior festa cultural e popular rondoniense foi cancelada e o Madeirão continuou a subir, trazendo desgraça a muitos e incompreensíveis teses de um fenômeno natural.

Ocorre que, espetacularmente, o “fenômeno” se repete, mas desta vez a festa vai acontecer. Toninho Tavernard vai ver a Banda desfilar ao som de sua bela “Nostalgia de Folião” e Siça vai estar no comando acompanhada do sempre alegre Silvio Santos.

2015 pode vir a ser o ano em que muita gente dará a si mesmo a oportunidade de entender, ver e vivenciar esse movimento cultural que completa 35 anos. Tentar reconhecer no meio da multidão figuras como o Bainha, se alegrar com famílias inteiras acompanhando o trajeto, admirar os bonecos e fantasias, se arrepiar ao som da primeira marchinha, entrar na magia do Carnaval, rir e ser feliz.

Esse ano a banda do general desfila com amor de sobra e, por favor... “não enche meu amor, não enche, já basta o Rio Madeira preocupando com enchente. Não enche meu amor, não enche, o banzeiro bate forte e tira o Carnaval da gente”.

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