VEREADORA RODA A BAIANA APÓS PEDIDO DE INFORMAÇÕES DO MP

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RODOU A BAIANA
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RODOU A BAIANA

Ao receber, pela terceira vez, um oficio do Ministério Publico, pedindo informações sobre uma assessora, a vereadora Eliane da Emater (PV) resolveu radicalizar: enviou uma árvore genealógica de sua família ao promotor que havia feito o pedido. A idéia de reagir à suspeita de que pratica nepotismo com tamanha ironia, deve aumentar ainda mais a temperatura (já escaldante)  entre o parlamento e o MP em Vilhena. Eliane, no entanto, diz que não vê nenhuma provocação no gesto: para ela, revelar em documento sua ascendência foi o jeito mais simples de explicar que a moça investigada é sua parente, sim, mas a léguas de distância, e pode, portanto, continuar no cargo sem que isso configure nepotismo.

AGORA VAI!

Há anos ensaiando encarar a disputa pela Prefeitura de Vilhena e sempre refugando na Hora H, o empresário Jaime Bagattoli (PR) garantiu a este escrevinhador que no ano que vem não tem conversa: bota seu bloco na rua, “duela a quien duela”. Dono de um império que vai de transportadora a fazendas, o agora decidido candidato escolheu a pior hora para ficar valente: a peleja do ano que vem promete ser a mais dura da história da cidade. Mas o que é R$ 1 milhãozinho (preço mínimo estimado da campanha) para quem tá montado no “cascaio”, né?

PIADA PRONTA

Contratado após a turbulenta demissão do técnico Edu Lima, o novo treinador do VEC já chega inspirando patacoadas. Por causa da origem do comandante, que já dirigiu duas equipes da cidade de Pelotas (RS), aquela que, segundo o ex-presidente Lula, é um “pólo exportador de viados”, Armando Desessards caiu na boca da torcida. Comentário de um gaudério fanático pelo escrete vilhenense: “Agora vamos mudar o mascote do time: sai o Lobo do Cerrado e entra uma gazela saltitante...”. Com menos classe, um outro torcedor mala já prevê: “Esse time só vai tomar de quatro, mas com certeza também vai dar de quatro...”. Francamente, pessoal...

TÁ DIFÍCIL

Com pouco mais de um mês no cargo, o secretário regional de Governo no Cone Sul, Ronaldo Alevato (PMDB), começa a desconfiar que entrou numa roubada ao trocar o mandato na Câmara pela Pasta mais bichada da administração Confúcio Moura (PMDB). Sem estrutura para bater um prego numa parede, o parlamentar licenciado admitiu a este colunista que, se nada mudar, devolve o posto e volta à paz do Legislativo vilhenense.

VOOU PENA

Duas semanas atrás, um distraído garoto de programa da cidade (que trabalha num bar para disfarçar) mostrou a dois esfuziantes rapazes (que pelo jeitão devem ser são-paulinos) o cheque recebido de um cliente casado, que é funcionário da área de ensino. Deu azar: os alegres bambis eram amigos da esposa traída e correram para avisar à mulher sobre a escorregada do figurão. Não contentes, ambos os X-9 toparam acompanhar à enfezada dama corneada à casa do profissional do sexo. Foi aquele barraco, mas ninguém chamou a polícia para não tornar insuportável uma situação que era “apenas” escandalosa.

RENDIÇÃO

Olha que coincidência: dois dias após esta coluna revelar as agruras do deputado Rubens Moreira Mendes para arrancar recursos do Governo Federal estando na oposição, o parlamentar embicou em direção à base de apoio da presidenta Dilma Rousseff (PT). Nesta semana, Moreira anunciou sua saída do raivoso PPS para assumir a presidência do recém-fundado PSD, que é bem mais mansinho. Agora é soltar o verbo (a favor) e liberar a verba.

VAI NESSA, ZÉ!

A debandada do deputado pode ser a salvação do prefeito Zé Rover, que estava encantilado no PP, temendo ser patrolado pelos aliados do senador Ivo Cassol, que só falta desenhar para que o mandatário perceba a preferência dele (Cassol) pelo deputado Luizinho Goebel (PV) como candidato a prefeito no ano que vem. Indo para uma sigla nova, reza a lei que Rover não corre o risco de perder o cargo por infidelidade partidária. Moreira, que é chegadão do vilhenense acuado, deve lhe dar abrigo nessa hora de sufoco.

ESTRESSADO

O autor deste espaço tem a maior consideração pelo ex-presidente da Câmara de Vilhena, Carmozino Taxista (PDSC). Filho de sitiantes, negro e humilde, o parlamentar exerceu tão bem seu primeiro mandato que, no ano passado, concorrendo à segunda temporada no Parlamento, bateu recorde de votos por aqui. Mas, sinceramente, tentar sair no tapa com jornalista, em local público (como aconteceu com um colega nesta semana), por não gostar do que o rapaz escreve é coisa de brucutu. Tá nervoso? Vai pescar, Carmozino...

O MODO CERTO

É natural que políticos em geral se irritem com a imprensa, principalmente quando esta não vive de favores, mas a truculência é a reação menos inteligente para corrigir eventuais abusos. Para isso existe a justiça. Tentar devolver possíveis ofensas no muque pode causar danos à imagem e aos dentes. Se bem que, no caso do afro-vereador, o risco de ficar banguela era mínimo: o repórter ameaçado não chega a ser nenhum Mike Tyson...

O VIL METAL

Homem temente a Deus, fiel da Assembléia de Deus, o ex-deputado Ezequiel Neiva (PPS) está mostrando seu lado materialista longe do poder. Assim como qualquer cidadão ambicioso, o cerejeirense quer colocar seu burro na sombra investindo numa atividade tão incerta quanto tentadora: ele tomou o rumo da Guiana Francesa onde tenta bamburrar num garimpo de ouro na colônia que faz divisa com o Brasil. Que Deus o ajude!
 

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DEPUTADO ENCARA ESTRADA DE CHÃO EM MOTOTAXI

Mais uma do ex-deputado Eduardo Valverde (PT), falecido a pouco tempo num violento acidente de carro quando saída da cidade de Ji-Paraná.

Na campanha de 2006, concorrendo à reeleição, o parlamentar petista marcou um comício na cidade de Cujubim. Como o evento seria realizado à noite, Valverde pediu aos companheiros que fossem na frente, para organizar os detalhes.

No dia do comício, a petezada armou o palanque e várias lideranças comunitárias discursaram. O tempo foi passando e nada do deputado chegar. Bateu o desespero, mas  quando o locutor já estava decidido a encerrar o acontecimento, Valverde encostou no local, na garupa de um mototáxi.

Sempre agitado, o candidato explicou aos companheiros que seu carro havia quebrado em Ariquemes, e o único jeito de não faltar ao compromisso era ir daquele jeito, percorrendo os mais de 100 quilômetros de estrada de chão grudado no condutor para não cair. Um aliado entregou um guardanapo ao petista e ele quis saber o que significava aquilo. Resposta:

- É pra limpar a cara, que tá cheia de poeira. Você tá parecendo um tatu... Ou quer discursar desse jeito mesmo?