Rondônia, 12 de janeiro de 2025
Cidades

ACRE QUER FECHAR FRONTEIRA COM O PERU PARA CONTER HAITIANOS

O secretário de Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, sugeriu ao governador Tião Viana (PT) o fechamento temporário da fronteira com o Peru, no município de Assis Brasil (AC), para impedir a entrada de imigrantes haitianos no Estado. - Enviei uma mensagem sugerindo a medida ao governador porque não podemos submeter esses imigrantes a uma nova tragédia dentro do território brasileiro. Não sei ainda o que decidiu o governador no sentindo de sugerir às autoridades federais o fechamento da fronteira – disse  Mourão.



Mourão disse que, em “atendimento básico austero”, o abrigo montado em Brasiléia tem capacidade para receber apenas 300 haitianos. - Onde esse povo vai dormir? Como vamos espalhar tantos colchões? O quadro está muito propício a uma tragédia, apartir de briga, incêndio ou morte. Não temos outra saída que não seja  fechar temporariamente a fronteira, em Iñapari, no Peru, enquanto esse grupo segue viagem em busca de emprego em outras regiões do País. Depois a gente volta a reabrir a fronteira e a controlar o fluxo de entrada, de acordo com a nossa capacidade de atendimento – acrescentou o secretário.

Caso se confirme o fechamento temporário da fronteira, Mourão reconhece que haverá um represamento de imigrantes no Equador, Peru e até na Bolívia, onde os hatianos costumam ser perseguidos. - A situação é realmente delicada, mas esses países precisam fazer cada um a sua parte sendo solidários com a decisão brasileira.
No final do ano passado, Esdras Hector, haitiano que passou por Brasiléia em 2011, voltou à cidade para conversar sobre a realidade brasileira com cerca de 300 haitianos. - Esdras tentou orientá-los para enfrentar os desafios no Brasil e mudar suas expectativas. Muitos pensam que os salários vão ser comparáveis aos dos EUA – conta o professor Foster Brown, da Universidade Federal do Acre.

A assessoria de imprensa do governador disse que Tião Viana pretende falar com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre a situação dos haitianos, mas que a data de uma audiência ainda não foi confirmada. - A questão não é falta de dinheiro, pois o governo federal tem ajudado. O problema é falta de estrutura para receber e alimentar tantos imigrantes. Brasiléia tem 10 habitantes na zona urbana e não existe espaço para tanta gente. Como vamos servir 3,6 mil refeições por dia, incluindo café, almoço e janta ? – indaga o secretário.

Mourão disse que, em “atendimento básico austero”, o abrigo montado em Brasiléia tem capacidade para receber apenas 300 haitianos. - Onde esse povo vai dormir? Como vamos espalhar tantos colchões? O quadro está muito propício a uma tragédia, apartir de briga, incêndio ou morte. Não temos outra saída que não seja  fechar temporariamente a fronteira, em Iñapari, no Peru, enquanto esse grupo segue viagem em busca de emprego em outras regiões do País. Depois a gente volta a reabrir a fronteira e a controlar o fluxo de entrada, de acordo com a nossa capacidade de atendimento – acrescentou o secretário.

Caso se confirme o fechamento temporário da fronteira, Mourão reconhece que haverá um represamento de imigrantes no Equador, Peru e até na Bolívia, onde os hatianos costumam ser perseguidos. - A situação é realmente delicada, mas esses países precisam fazer cada um a sua parte sendo solidários com a decisão brasileira.
No final do ano passado, Esdras Hector, haitiano que passou por Brasiléia em 2011, voltou à cidade para conversar sobre a realidade brasileira com cerca de 300 haitianos. - Esdras tentou orientá-los para enfrentar os desafios no Brasil e mudar suas expectativas. Muitos pensam que os salários vão ser comparáveis aos dos EUA – conta o professor Foster Brown, da Universidade Federal do Acre.


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