Rondônia, 27 de novembro de 2024
Cidades

Agentes fazem protesto em Ouro Preto; visitas a presos estão suspensas

Agentes penitenciários e socioeducadores lotados na Casa de Detenção de Ouro Preto do Oeste cruzaram os braços a partir das 8 horas desta quinta-feira e, seguindo orientação do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Singeperon) decidiram pela paralisação, mesmo diante da decisão cautelar a favor do governo do Estado decretando a suspensão da greve, expedida na tarde de quarta pelo desembargador Eurico Montenegro Júnior.

O que mais preocupa as autoridades é a possibilidade de a greve desencadear motins nas unidades do sistema prisional de Rondônia a partir desta sexta, quando os apenados terão o direito de receber a visita de seus familiares, mas o benefício estará suspenso em razão da paralisação. Em Cuiabá (MT), na semana passada, a paralisação dos agentes penitenciários mato-grossenses provocou a suspensão de visitas, e na tarde da sexta-feira mulheres de presos bloquearam a BR-364, e de dentro do presídio detentos ordenaram atentados à bala e ataques e destruição de ônibus na cidade.  

Como é feriado em Ouro Preto o clima é pacifico. A unidade prisional está com apenas 30% das atividades básicas. Os agentes em greve permanecem na frente da Casa de Detenção e garantem que permitirão apenas a entrada da alimentação, em caso de emergência médica e de Alvará de Soltura. Os agentes em greve se queixam que aplicaram a eles a lei da ‘mordaça’ e além de terem decretado a greve que ainda nem tinha iniciado, também foram proibidos de conceder entrevista.

Outro grevista que pediu sigilo do seu nome cobrou o PCCR da categoria, alegou que as promessas vêm sendo postergadas e que o governo não atende sequer com a concessão de direitos já conquistados. “O nosso auxílio alimentação é de R$ 160, no Detran é de R$ 800, no judiciário é de R$ 1.200. Nós ganhamos o direito de receber R$ 360 e até hoje não incorporaram a gratificação”. Em Ouro Preto em torno de 180 detentos estão custodiados à Casa de Detenção.

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