Atletas de Rondônia são selecionados para atuarem em time mineiro na Copa Anhanguera
Os alunos-atletas da Escolinha da Associação Desportiva Capitão (Adec) de Ariquemes, Lucas Assis, 15 anos, e Matheus Valgr, 14, se apresentaram no dia 10 deste mês ao Clube de Futebol Capetinga (MG) após garantirem vaga para participar da Copa Anhanguera, que será disputada nos Estados de Minas Gerais e São Paulo. A Adec é uma organização sem fins lucrativos, mantida por pais de alunos, colaboradores e parcerias públicas e privadas, como o 7º Batalhão da Polícia Militar, que contribui com cerca de 80% dos custos, entre apoio logístico e a estrutura física onde funciona a sede, sob a coordenação do soldado e também instrutor, Ricardo Rodrigues Ugatti. O coordenador explicou que a associação foi oficializada há cinco meses junto à Receita Federal, mas a escolinha existe há vários anos como iniciativa do batalhão.
Lucas e Matheus estudavam na Escola Estadual Anísio Teixeira, e agora vão cursar o 1º e 9º ano, respectivamente, em uma escola próxima ao clube de futebol, pois deverão ficar até dezembro na cidade mineira, que é o tempo de duração da competição.
“A entidade é aberta a todas as crianças e adolescentes, de 6 a 17 anos, de ambos os sexos, sejam eles carentes ou não. Os mais beneficiados com isso são a família, a sociedade, a escola e a própria criança, que recebe acompanhamento conjunto com o objetivo de resgatar valores e a cidadania através do esporte”, disse o soldado Ugatti, explicando que a Escolinha da Adec trabalha com o futebol de campo e de salão. “A modalidade futsal feminino foi aberta recentemente em parceria com a Escola Estadual Anísio Teixeira”, revelou.
Ele observou que prevenir os jovens dos malefícios, prepará-los ao mercado de trabalho e, na medida do possível, à realização de sonhos com o ingresso no mundo do futebol, estão entre os principais objetivos da Adec, que conta com o apoio especial do coronel Alexandre Faria Gonzaga, comandante do 7º BPM.
Sobre o ingresso das crianças na Adec, Ugatti disse que primeiro elas têm que gostar ou sentir-se atraídas pela modalidade do esporte oferecida, posteriormente atender ao pré-requisito de estar devidamente matriculadas em uma instituição de ensino, seja pública ou privada.
Com relação à seleção dos atletas Lucas e Matheus, o coordenador explicou que foi através da participação em competições e excursões estadual e interestadual. “O objetivo e foco destes dois alunos-atletas fizeram com que buscássemos ajuda para a realização do sonho deles de atuar em clubes de grandes centros de futebol em nível nacional, e ambos conseguiram se efetivar no futebol mineiro”, detalhou, acrescentando que vê isso como resultado positivo obtido dentro da expectativa da criança, que se não tem incentivo se desmotiva, e frustrada volta para a zona de risco. “O esporte tem um poder enorme para a formação educacional e resgate da cidadania dos jovens”, reforçou Ugatti.
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