Bolívia mantém fechamento do porto de Guayaramerín
Uma greve geral, decretada em Guayaramerín, bloqueou o acesso de brasileiros à cidade boliviana desde a última quinta-feira. O problema segue sem solução e sem qualquer previsão, afirma o proprietário da Aquavia, Neurofran Costa da Silva, empresa que realiza transporte de pessoas a partir de Guajará-Mirim. Ele estima um prejuízo de R$ 50 mil.
De acordo com o empresário o problema na Bolívia é político. O Governo central cortou os subsídios do óleo diesel para motores geradores de energia e os equipamentos também apresentaram problemas. Houve há alguns dias um racionamento, mas os impasses aumentaram e apenas um hospital funcionava em Guayaramerín. Neurofran conta o comitê cívico da cidade tomou a medida radical, determinando o fechamento do comércio e do porto. “Duas máquinas quebraram e eles aguardam recursos para comprar outras ou recuperá-las”, a situação segue indefinida.
Ainda segundo Neurofran Costa da Silva, como nos últimos anos os bolivianos mais compram do que vendem no comercio bilateral, em alguns dias Guayaramerín pode sofrer com desabastecimento. “Somente ontem eles tomaram a decisão de nos avisar, estamos de mãos atadas e sem saber quando tudo voltará ao normal”, disse.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Guajará-Mirim, Delny Cavalcante Júnior, afirma que apesar de não ter números sobre os prejuízos com os 4 dias de paralisação, avalia que não deve demorar muito o protesto principalmente por que os bolivianos podem ter problemas de abastecimento. Ele explica que a média de vendas para o outro lado oscila em torno de R$ 20 milhões. “É prejuízo para nós e pra eles”.
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