Candeias tem dívidas milionárias e vai demitir servidores, extinguir secretarias e cancelar contratos
Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (28), o prefeito de Candeias do Jamari, Antônio Onofre de Souza (PSB), o Toninho Cerejeiras, apresentou a situação econômica do município e anunciou que irá fazer cortes na folha de pagamento, extinguir secretarias e reduzir gastos em outras situações.
O déficit milionário foi descoberto após a criação da Comissão do Grupo Técnico de Ajuste Fiscal (CGTAF). O relatório apresentado pela gestão do prefeito aponta que o município tem uma dívida de mais de R$ 17 milhões. São despesas que envolvem:
- Contratos já processados em gestões: quase R$ 1,5 milhão;
- Contratos processados na atual gestão: quase R$ 4 milhões;
- INSS vencido (contribuição dos servidores não repassadas ao instituto): mais de R$ 4 milhões;
- INSS a pagar de agosto até dezembro de 2023: mais de R$ 1,4 milhão; e
- Precatórios a pagar: mais de R$ 6 milhões.
A soma total dessas despesas chega a R$ 17.286.335,55.
Segundo o secretário da CGTAF, Marisson Pires Dourado, a receita prevista para o município de agosto até dezembro deste ano é de pouco mais de R$ 36 milhões. No entanto, apenas com gastos da folha de pessoal, a prefeitura precisará tirar desse montante quase R$ 32 milhões.
Os outros pouco mais de R$ 4 milhões que sobrarem, serão distribuídos para as outras despesas, que no caso é a dívida atual do município, ou seja, o dinheiro não é suficiente para cobrir todas as previsões, gerando um déficit de quase R$ 13 milhões.
Ainda de acordo com o secretário da comissão, todas essas ações foram praticadas na antiga gestão.
“Eu demorei muito para entender, mas não me restam dúvidas que o que foi feito com o orçamento do município foi um mecanismo adotado pela antiga gestão. Eles firmaram contratos sendo que a administração pública não tinha condições de pagar”,
Cortes
Para tentar enxugar as despesas, o prefeito, Toninho Cerejeiras, disse que irá realizar cortes em diversas áreas.
A medida inicial deve exonerar diversos servidores comissionados. Além também de cancelar contratos, ainda não processados; conter gastos com: diminuição de aluguéis, suspensão e cancelamento de festividades e também extinguir secretarias.
“Eu vou até cortar algumas secretarias. [Elas] vão se juntar para economizar e fazer o que tem que ser feito, pode aguardar”, disse Toninho Cerejeiras.
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